O assunto do dia são os looks das celebridades exibidos no Red Carpet durante a entrega do Oscar neste domingo (22). É impressionante o poder de bala da indústria da alta costura, porque os comentários, tanto na mídia impressa quanto na digital, sobre os filmes são infinitamente menores do que as avaliações sobre as marcas que as celebridades. Quem quer saber de cinema? Vence a indústria do luxo, porque a disputa hoje é sobre os melhores e piores vestidos, sapatos, acessórios, publicados exaustivamente pela imprensa internacional e, claro, repercutidos aqui no Brasil. É o ego em alta potência na passarela mais cobiçada do mundo, a fogueiras das vaidades sendo acompanhada por milhares de pessoas ao redor do mundo. É o ápice de Hollywood!
Em tempos de tanta pobreza de conteúdo da indústria do cinema e de indicacoes polemicas, de fato o melhor da festa são as roupas das atrizes e convidados, porque a cerimônia de entrega do Oscar exige paciência e perseverança de quem está do outro lado da tela. As piadas são sem graça e os discursos, repletos de clichês, com raras exceções. E, como debochou muito bem o colunista José Simão em seu blog, durante a transmissão, “ganha um Oscar quem assistir a cerimônia até o final”. Eu perdi o troféu…
Mas, entre tantos comentários, opiniões e avaliações, o que mais me chamou a atenção foi o vestido usado pela atriz Lupita Nyong’o: o mais criativo e impactante. Adoro pérolas. E o melhor é que o modelo teve talento brasileiro envolvido em sua criação. Ele foi customizado pelo fera Francisco Costa, diretor criativo da Calvin Klein. Foram usadas 6 mil pérolas naturais, que roubaram a cena e deram um brilho especial à atriz. E olha que cintilavam (ou pelo menos tentavam…) estrelas por ali.
Francisco Costa disse à Vogue americana que “o mais importante aspecto do Red Carpet é mostrar o verdadeiro espírito da mulher, que deve ser complementado com sua essência natural e personalidade.” Acertou em cheio!