Não é apenas no Brasil que as mídias sociais incomodam os que estão na guerra pelo poder. Na Europa e nos Estados Unidos, há neste momento uma briga de gigantes: de um lado o bilionário George Soros, e de outro, o igualmente bilionário Mark Zuckerberg.
Nesta terça-feira (18), Soros, famoso por doar dinheiro a causas progressistas, publicou uma carta no jornal britânico Financial Times, na qual defende que os dois principais executivos da plataforma – o seu fundador, Mark Zuckerberg, e a executiva-chefe de operações, Sheryl Sandberg – deixem seus cargos.
No texto, ele justifica o pedido pela recusa do Facebook em excluir publicidade política da rede social o que, em sua opinião, “ajuda Donald Trump a se reeleger”.
Soros, que também faz doações ao Partido Democrata, argumenta ainda que há indícios de estar sendo negociado “um acordo de assistência mútua entre Trump e o Facebook”.
“Mark Zuckerberg e Shery Sandberg devem ser removidos do controle do Facebook. Nem preciso dizer que apoio uma regulamentação do governo sobre as plataformas de redes sociais”, escreveu.
Segundo a BBC, o texto de George Soros é uma resposta ao artigo de Zuckerberg, publicado na véspera no mesmo jornal, em que defende uma “boa” regulamentação para as redes sociais.
Para ele, a curto prazo a boa regulamentação pode prejudicar os negócios do Facebook, mas depois será melhor para todos.
“Há problemas que precisam ser resolvidos e que afetam nossa indústria como um todo. Se não criarmos padrões que as pessoas considerem legítimos, elas não confiarão nas instituições ou na tecnologia”, escreveu Zuckerberg.
O CEO do Facebook também acredita que a regulamentação externa do conteúdo nocivo na internet seja diferente das regras governamentais para a imprensa e para o setor de telecomunicações.