Mês: setembro 2020

  A Disney deve demitir cerca de 28 mil funcionários nos Estados Unidos porque os fechamentos prolongados e comparecimento limitado de visitantes afetaram os negócios dos parques temáticos.


  O anúncio foi feito em uma carta aos funcionários nesta terça-feira (29) por Josh D’Amaro, chefe dos parques da Disney, que listou uma série de decisões difíceis tomadas pelo grupo em função da pandemia.


O número de funcionários despedidos representa cerca de 25% da força de trabalho doméstica dos resorts da Disney.


 Embora a empresa tenha conseguido operar seus parques na Flórida, Paris, Xangai, Japão e Hong Kong com capacidade limitada, a California Adventure e a Disneyland permaneceram fechadas em Anaheim desde a primavera.


Antes da pandemia, os parques da Disney na Califórnia e na Flórida empregavam cerca de 110 mil pessoas. Com os cortes em ambos resorts, esse número será reduzido para cerca de 82 mil.


 A Disney disse que cortou despesas, suspendeu projetos e modificou operações, mas todas essas medidas não foram suficientes para cobrir os prejuízos causados pelas restrições, como distanciamento social e número reduzido de visitantes nos parques ao longo da pandemia.

 A mais recente decisão do primeiro ministro britânico, Boris Johnson, é um assunto que interessa ao Brasil: ele ordenou aos diplomatas que lancem nova campanha contra o “expansionismo” chinês.


  Isso porque o país foi acusado de pressionar a ilha de Barbados, no Caribe, para destituir a rainha Elizabeth como sua chefe de estado. 
   
  A ilha se inclui na lista de inúmeros países que estão no programa Beltt and Road Initiative, da China. Funciona assim: Pequim empresta dinheiro aos países mais pobres para ajudar a financiar projetos de infraestrutura, como portos e linhas ferroviárias. 
  
  Caso o país não consiga saldar suas dívidas, a China assume o controle do projeto concluído. E Boris Johnson teme que os prejuízos causados pela pandemia tornem os países ainda mais vulneráveis à dominação.


  Ele defende que a China seja mais “transparente” em suas negociações financeiras com outros países.

  Barbados, que conquistou a independência em 1966, anunciou que se tornaria uma república em 2021.


  A inteligência dos EUA alertou o Reino Unido que a ilha foi pressionada pelos chineses para cortar seus ‘laços coloniais’.


 O presidente conservador do Comitê de Relações Exteriores, Tom Tugendhat, em artigo no Daily Mail deste domingo (27), diz que o caso da ilha caribenha mostra como os chineses estão “amarrando novas nações em sua própria ordem imperial ao implantar a diplomacia da dívida”.


  Ele escreve ainda que “os países estão tomando empréstimos de bancos estatais chineses, apostando que podem pagá-los antes do vencimento da cláusula padrão”.


  Segundo o jornal britânico, as dívidas de alguns países mais pobres com a China respondem por quase um terço do seu PIB. O Camboja, por exemplo, deve 29,5%. O Brasil também faz parte dessa lista. 

Brasil está entre os países que devem ao dragão vermelho   Foto Reprodução/Daily Mail

 A nova iniciativa de Johnson marca uma mudança brusca de política em relação aos governos anteriores. Na gestão de Theresa May, seu chanceler Philip Hammond pressionou a Grã-Bretanha a endossar totalmente a iniciativa de investimento global da China.

  “A China está tentando o que os soviéticos não conseguiram com guerrilheiros e revolucionários: reescrever o sistema operacional global. E eles estão tendo sucesso. A cooperação internacional do comércio à tecnologia é organizada”, escreveu Tom Tugendhat.

  E ele acrescenta:

  “Estamos sob a sombra de um novo trono. A China está procurando replicar seu próprio sistema repressivo de comando e controle interno em escala global. Assim como suas 34 províncias (35 com Taiwan) devem obedecer às regras do secretário geral do Partido Comunista, os novos postos avançados ‘coloniais’ também devem votar conforme as instruções.”

   É ou não assustador?
  

  As pessoas não aguentam mais lockdown: neste sábado cerca de 15 mil manifestantes foram às ruas de Londres para protestar contra regras mais rígidas impostas pelo governo para tentar conter a segunda onda de coronavírus no Reino Unido. 


  Portando cartazes que diziam We do not consent (Nós não consentimos) e “Nós vamos vencer”, alguns manifestantes abandonaram suas máscaras e desrespeitaram a distância social. Houve confronto com a polícia metropolitana. 


  Alguns chegaram a empurrar os policiais enquanto eles tentavam circular em meio à multidão. 


  A Scotland Yard disse que “a violação colocou as pessoas em risco de transmitir o vírus”.


  A reação é em decorrente da decisão do governo de colocar cerca de 18 milhões de britânicos (um quarto da população) sob restrições mais rígidas até as 18h deste domingo.


  Isso porque o Reino Unido anunciou o recorde de 6.874 novos casos nas últimas 24 horas.
 
  Segundo a imprensa britânica, na cidade galesa de Llanelli as famílias devem ser proibidas de entrar nas casas e jardins uma das outras a partir das 18h deste sábado. Outras cidades devem também adotar as mesmas medidas.

  A Grã-Bretanha registrou neste sábado 24 mortes, três delas no País de Gales e uma na Irlanda do Norte.  

  E o país foi avisado que esse número pode aumentar para 100 mortes por dia nas próximas semanas.

  A situação está tensa nos EUA: o governo de Oregon decretou estado de emergência em Portland neste fim de semana em razão dos riscos de violência.


  O motivo é que haverá neste sábado (26) uma manifestação dos Proud Boys, considerados de “supremacia branca”.


 Líderes do movimento dizem ter convocado o ato para “acabar com o terrorismo doméstico” na maior cidade de Oregon, que há quatro meses enfrenta manifestações quase diárias contra a violência policial e o racismo. 


 O Proud Boys é um grupo exclusivamente masculino, que se auto define como “uma organização fraternal contra o racismo e o politicamente correto”.


  A governadora Kate Brown disse estar “extremamente preocupada”:

  “Não vamos tolerar nenhum tipo de violência neste fim de semana. Aqueles que alimentam as chamas da violência, aqueles que vêm a Portland em busca de uma luta serão responsabilizados ‘, disse Brown, informa a Fox News.

  O presidente do Proud Boys, Enrique Tarrio, afirmou que “eles serão pacíficos a menos que sejam provocados. O que não toleramos é a violência contra os participantes.”


  O embate vai muito além de manifestações dos grupos e entra nas discussões das eleições presidenciais em novembro.


  Para o presidente Donald Trump, Portland é uma das várias cidades lideradas pelos democratas consideradas por ele como “jurisdições anarquistas”.


  Já o adversário democrata Joe Biden diz que “a retórica de Trump está alimentando a violência”.