Os emails publicados de Anthony Fauci, a maior autoridade de saúde dos EUA, são apenas o fio da meada para abrir o leque das investigações sobre a origem da covid-19. E cresce a repercussão na imprensa internacional a tese de que o vírus escapou do Laboratório de Virologia de Wuhan.
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A revista americana Vanity Fair, famosa no universo da moda e das celebridades, publicou nesta quinta-feira (3) uma reportagem bombástica sobre os bastidores da comunidade científica global desde os primeiros dias do surto de coronavírus e a luta que muitos travaram para descobrir a origem.
A publicação foi resultado de meses de investigação. Está recheada de documentos e informações exclusivas sobre a movimentação do governo americano e cientistas quando estourou a pandemia.
Tuck Carlson, âncora da Fox News, durante o seu programa na quinta-feira (3), disse que “os cientistas chineses concluíram 15 meses atrás que o coronavírus provavelmente escapou de um laboratório de Wuhan.”
Segundo ele, essa teoria “plausível” tem enfrentado principalmente o silêncio, enquanto alguns a rotulam de racista e “teoria da conspiração”. Carlson também criticou os “idiotas sorridentes” que recentemente mudaram seus pontos de vista sobre o assunto.
Além de citar a publicação da Vanity Fair, o apresentador elencou uma série de evidências de publicações americanas importantes, como o Washington Post e o BuzzFeed, que divulgaram emails “esclarecedores entre Anthony Fauci e outros altos funcionários”.
O Washington Post publicou um relatório de inteligência dos EUA, que detalhou como três pesquisadores do laboratório ficaram doentes em novembro de 2019, com sintomas consistentes de covid e foram hospitalizados.
“A teoria do vazamento do laboratório, ao que parece, nunca foi maluca. Provavelmente sempre foi verdade”, afirmou o âncora.
“Então, por que eles mentiram para nós sobre isso por tanto tempo? A Vanity Fair responde a essa pergunta com muitos detalhes. Você deveria ler”, afirmou Carlson.
De fato, a reportagem é leitura obrigatória para quem se interessa pela pandemia que paralisou o mundo, infectou mais de 172 milhões de pessoas e matou outras 3,7 milhões.
Na visão de Carlson, “muitos cientistas e pesquisadores são viciados em financiamentos. Se o público entendesse como eles se comportaram de forma imprudente, colocando o mundo inteiro em perigo com seus pequenos experimentos estranhos em laboratórios na China, o dinheiro pode secar”.
A matéria da Vanity Fair atribui a rápida eliminação da teoria do vazamento de laboratório de Wuhan a um artigo publicado pelo prestigiado jornal científico The Lancet.
É que em fevereiro de 2020, quando surgiu a pandemia, o jornal publicou uma carta de 27 importantes cientistas de saúde pública, rejeitando a hipótese de que o vírus havia escapado do laboratório de Wuhan.
“Estamos juntos para condenar veementemente as teorias da conspiração, sugerindo que a covid-19 não tem uma origem natural”, diz um dos trechos da carta.
Segundo a revista, a carta foi organizada por Peter Daszcak, um zoólogo britânico à frente da EcoHealth Alliance, uma organização sem fins lucrativos, que forneceu verbas dos Estados Unidos para o laboratório de Wuhan.
Esses mesmos fundos supostamente pagaram pelas chamadas pesquisas “ganho de função”, que tornam vírus mais transmissíveis e letais, feitas em morcegos no laboratório chinês.
Daszcak agradeceu a Fauci por rejeitar a teoria, em e-mail de abril de 2020 (publicado na mídia).
Para Carlson, “a coisa toda era uma fraude, mas funcionou. Todos confiam no The Lancet. O próprio Fauci citou a carta de Daszcak como prova de que o vírus não foi causado pela pesquisa que ele estava financiando.”