Não é a Amazônia que está ardendo em fogo, como divulgaram algumas ONGs ambientalistas em campanha internacional, mas a Califórnia, que bate recordes de calor e de incêndios florestais devastadores.
Este domingo (6) foi o dia mais quente na história contemporânea do estado norte-americano. A temperatura chegou perto de 50º em Los Angeles.
Diversas cidades, como San Francisco, também registraram recordes de calor jamais observados em setembro, com máximas que variaram entre 40º e 50º.
“São marcas jamais vistas em um século, talvez séculos ou até em um milênio”, disse a meteorologia da rede CBS.
Os avisos de calor intenso e bandeira vermelha vão continuar em vigor em todo o estado na próxima semana, porque as altas temperaturas permanecem, assim como o risco de incêndios fora de controle.
O incêndio mais grave começou na noite de sexta-feira (4) na Floresta Nacional Sierra, área central do estado, e se alastrou rapidamente na manhã deste domingo.
Cerca de mil pessoas ficaram ilhadas perto do reservatório Mammoth Pool, enquanto as chamas cruzavam o rio San Joaquin.
Pessoas sendo resgatadas em helicóptero militar |
Segundo a Associated Press, 200 pessoas foram resgatadas do local por helicópteros militares. Duas ficaram gravemente feridas.
A Guarda Aérea Nacional da Califórnia diz que esta foi a maior evacuação aérea por causa de incêndio na história recente.
Este incêndio inundou o estado com fumaça, brasas e partículas finas, que se tornaram sistemas climáticos movidos a fogo e que lembram explosões à distância, como se fossem de vulcão.
O fenômeno produziu vários tornados de fogo, segundo captou o radar Doppler.
Desde o dia 15 de agosto, mais de 1 milhão de hectares foram queimados no estado, que registrou 900 novos incêndios, matou oito pessoas e destruiu 3,3 mil estruturas.