BELEZA COM CONTEÚDO

                                                                                          Fotos Henrique Padilha/Divulgação

  De cabelos lisos, olhar lânguido e curvas na medida certa. É assim que Camila Pitanga vai surgir na campanha de inverno da Arezzo. Sob o comando do diretor criativo Giovanni Bianco, a atriz é a estrela da primeira campanha para a marca. Ela foi fotografada por Gui Paganini em um cenário inspirado nas casas dos anos 1950.

 

A atuação de Camila surpreendeu o diretor Giovanni Bianco (foto). “Trabalhamos várias vezes juntos, mas desta vez pedi verdadeiras acrobacias para Camila. Ela é maravilhosa. Além da beleza, tem talento e conteúdo”, diz ele, que adorou o resultado.

A campanha entra no ar em todo o país em março, simultaneamente à estreia de Babilônia, a nova novela das 21h da Globo, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, em que a atriz também será a protagonista.
 

DUBAI COM OLHOS DE PÁSSARO

POR
SIMONE GALIB
   

  Dubai, a cidade futurista, louca por
tecnologia e muito endinheirada, saiu na frente mais uma vez: acaba de lançar o
primeiro tour online interativo do mundo. O site permite explorar cada canto da
cidade e de um jeito inusitado no universo virtual. A sensação é que você está
realmente caminhando pelas ruas ou acompanhando uma corrida com aqueles carrões
típicos dos xeques do petróleo ou de motocicleta. E o que é melhor: as cenas
podem ser vistas de diversos ângulos, velocidades e tamanhos.
Desenvolvido ao longo de 18 meses e utilizando
1.298 peças de vídeos panorâmicos e fotos, Dubai 360 já é considerado o tour de
mais alta qualidade do mundo. Ele usa exclusivamente fotos panorâmicas 360°,
completamente interativas e imersivas, timelapse e conteúdo em vídeo. 

 

O tour interativo feito em alta definição e fotos de 360 graus

  O projeto é ousado, como tudo nessa cidade do
golfo Pérsico. Foram usadas 500 mil fotografias individuais para criar
as imagens estáticas e timelapse. E mais de 8 milhões de megapixels de imagens
– sem contar com os vídeos! Um
helicóptero foi fabricado por encomenda especialmente para o projeto. 
Assim,
você pode “surfar” pela cidade dos Emirados Árabes de um jeito muito exclusivo.
Com conteúdo filmado do topo do maior edifício do mundo, o Burj Khalifa, a
ideia é que você olhe Dubai com os olhos de um pássaro, que avista a Sheikh
Zayed Road e toda a costa.
 

Fazza3 Sheik Hamdan, príncipe de Dubai

De lá, basta um clique para aterrissar na luxuosa
Royal Suíte do hotel Burj Al Arab, explorando a área interna coberta de ouro ou
os seus opulentos quartos, que têm vista de perder o fôlego. Uma visita ao aquário
do Dubai Mall, por exemplo, oferece um mergulho ao fundo do mar e logo depois o
leva a pegar  “uma carona” no metrô da
cidade.
 

Formato em olho de peixe, que com um clique ganha movimento


  O projeto Dubai 360 foi criado por profissionais equipados com produtos de mídia, DSLR e câmera de vídeo de última geração. Usando helicópteros e pousando nos topos dos prédios, os profissionais clicaram lugares e paisagens de acessos inacreditáveis. Para registrar tudo, 830 metros foi o ponto mais alto da filmagem, ou seja, no último piso do Burj Khalifa.
 A equipe também
criou uma interface personalizada para o site, que permite interagir com os
marcos de Dubai sob diferentes tipos de ângulos, como o de forma retilínea, o little
planet
e o olho de peixe. As pessoas podem também compartilhar os highlights da
cidade pelas mídias sociais, como Facebook, Twitter, Google Plus e email.
 “Não importa se você
mora lá ou se está planejando uma visita. Através do site, pode descobrir
coisas e lugares especiais a cada dia. Desde a área cultural da Bastakiya até
os hotéis mais luxuosos ou o aeroporto, o projeto tem algo de exclusivo para
cada um, oferecendo um jeito divertido de explorar a cidade”, afirma Ismaeil Al
Hashmi, diretor gerente da Dubai Film Productions. Ele diz ainda que o Dubai
360 é a ilustração de tudo o que a cidade representa.
 

Há informações e ferramentas para compartilhar

O site, que tem versões em árabe e em inglês, traz ainda informações sobre cada lugar do tour, além de falar sobre hotéis, cultura, passeios. Dubai360.com é um tour dinâmico e as imagens continuarão a ser atualizadas para capturar a metrópole que não para de crescer.

De fato, esse projeto mostra como as cidades
podem ser exploradas a partir de agora. Eu fiz o tour hi tech – e adorei!
 Ficou
curioso? É só clicar em
www.Dubai360.com

 E
boa viagem! 

VOO 5 ESTRELAS




  Com o euro mais estável,
é hora de aproveitar as boas promoções para a Europa, garantindo passagens mais
baratas para viajar até meados do ano. Melhor ainda se voar em uma empresa aérea
super top, como a Singapore Airlines.
A empresa asiática oferece
o trecho São Paulo-Barcelona com preços a partir de
US$ 788 (ida e volta, sem taxas de embarque incluídas). Mas fique de olho nas datas: os bilhetes podem
ser comprados até
15 de fevereiro e o embarque realizado até 13 de junho.13 de junho.
Esse valor é para as
saídas dos aeroportos de Guarulhos, Curitiba, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.
Já os voos de outras cidades brasileiras exigem um acréscimo de US$ 160. O
pagamento pode ser feito em até cinco vezes sem juro, no cartão de crédito, nas
compras feitas em agências de viagens. Essa tarifa só não será válida para
viagens entre 7 e 14 de fevereiro.

Business class: espaço ideal para trabalhar durante o voo

A necessaire da primeira classe tem produtos da marca Salvatore Ferragamo



Considerada uma das mais
luxuosas e premiadas internacionalmente, e com um serviço de bordo impecável,
especialmente na First Class e Businnes, a companhia faz a rota São Paulo-Barcelona-Cingapura
três vezes por semana. A nova classe econômica é também mais espaçosa com um ótimo serviço de bordo.

A nova classe econômica da companhia asiática: mais espaço

 Fundada em 1947, a companhia asiática opera em 106 destinos e 37 países.
Vale a pena a experiência!
Quer saber mais? Dá uma
espiada no site
http://www.singaporeair.com

O QUE EU VOU LEVAR NA MALA?

  

Você sabe arrumar a
mala ou é daquele tipo que fica indeciso até a última hora, tira e põe peças,
leva roupas para as quatro estações, que não serão usadas, dezenas de bolsas e
sapatos, faz malabarismos para fechá-la e depois transita com ela “estourando”
pelos aeroportos? Ou pertence àquela linha mais cool, viajando com uma pequena
bagagem para não ter transtorno e depois se arrepende de tudo o que deixou de
levar e que fez a maior falta durante a viagem?

  Independente da
categoria em que se inclua, saiba que arrumar a mala de viagem é quase uma
arte, que exige prática, sentido de organização, bom senso e bom gosto. Mesmo os mais habituados a viajar costumam ter
dúvidas, especialmente se o roteiro inclui países da Europa, da Ásia, como o
Japão, da América do Norte e do Oriente Médio, com culturas, hábitos e
temperaturas muito diferentes das nossas. No inverno, é preciso ficar ainda
mais atento. E este ano ele está rigoroso, com nevascas históricas, especialmente
nos Estados Unidos.
  Além do volume das roupas, que ocupam mais muito
espaço, há a questão do peso. Nos voos internacionais, você pode levar duas
malas de 32 kg cada, além de uma bagagem de mão, com peso médio de 5 kg. Mas
entre conexões da Europa ou Estados Unidos, muitas companhias só autorizam 23
kg por mala. E o excesso de peso custa caro. Sem contar com o que vamos
comprando pelo caminho e que deverá ser devidamente acomodado.
   

Para não ter problemas, listo aqui algumas dicas
que podem facilitar – e muito – a sua vida. Elas são resultado de minha própria
experiência ao longo de centenas de viagens mundo afora nos últimos anos, seja
a trabalho ou de férias. Sofri bastante até a aprender a não carregar tanto
peso, fazendo a conjugação certa entre o útil, o bonito, o fashion e o essencial. E ainda
deixando um espaço para aqueles supérfluos que a gente adora e os mimos que
inevitavelmente vamos comprar em cada escala.

 

 MALA DE INVERNO

 

CASACOS Leve no máximo dois:
um mantô de lã escuro (fora da mala) para chegar lá, que pode ser acomodado em
sua bagagem de mão ou no próprio avião, e dentro da mala outro impermeável (de
preferência com capuz e forrado), que aquece e isola o vento. O mantô escuro
(marrom, azul marinho ou preto), além de sujar menos, é mais fácil de combinar
com outras roupas e botas.


 Já o casaco impermeável pode ser em tons pastel,
cinza e até mesmo branco, para dar um pouco mais de leveza, além de oferecer
outras opções na produção do look. Um blazer ou uma jaqueta de couro estilosa,
casaquinhos e malhas coloridas tipo pulôver também são ótimos para usar no interior
dos ambientes, pois todos têm calefação. Alguns até são quentes demais,
mantendo a temperatura em torno de 27º. E até os bares ao ar livre das cidades europeias colocam aquecedores ao redor e embaixo das mesas, ficando sempre lotados.
 

CALÇAS COMPRIDAS
As do tipo montaria, além de mais confortáveis e práticas, fazem menor volume
na mala e ficam perfeitas com meias grossas de lã por baixo. Costumo levar uma
de cada cor. Outra peça fundamental é a segunda pele –tanto a calça quanto a blusa. Ambas isolam muito bem o frio. O ideal é
comprá-las no próprio destino porque são adaptadas ao inverno local. Há ainda as meias térmicas.

No Brasil,
elas também podem ser encontradas em casas de artigos esportivos, lojas de grife e pelos sites de e-commerce – há vários deles. Um jeans confortável, que pode ser usado com meias de lã ou a
segunda pele, e uma roupa de ginástica também são peças-chave.



VESTIDOS – Eles são raramente usados no dia a dia, principalmente
durante os passeios ao ar livre e jantares. Mas se você tiver algum compromisso
mais formal para a noite, como uma festa ou um concerto, leve um modelo de
outono-inverno brasileiro, que pode ser usado com meias de fio 40 a 60, caindo
bem com sapatos tipo mocassim e botas. Você também pode substituir o vestido por um terninho clássico. Não esqueça que o casaco longo, ou na altura dos joelhos, será o
seu uniforme básico, independente da roupa que estiver usando por baixo.

ACESSÓRIOS –  Eles fazem toda
a diferença e são os grandes coringas da bagagem. Use e abuse de echarpes,
lenços, cachecóis ou pashiminas, leve pelo menos dois pares de luvas (uma delas
que deixe os dedos de fora), gorros de lã, boinas ou chapéus de feltro. É imprescindível
manter a cabeça coberta. Além de deixá-la aquecida e proteger a orelha, também
evita o ressecamento do cabelo.
  




Não encha a mala de sapatos. O ideal é levar
duas botas (uma com salto alto ou médio, porém confortável, e outra baixa, forrada de lã e impermeável por fora),
uma sapatilha para usar em ambientes internos ou no avião e um tênis para
fitness. Não esqueça ainda de um bom hidratante para corpo, rosto e lábios. E
de um maiô, porque a maioria dos bons hotéis têm piscinas deliciosamente
aquecidas e spas. Não exagere nas bijuterias, porque elas ficam praticamente invisíveis debaixo de tanta roupa. Dois pares de brinco, um colar e dois anéis são
suficientes.


Vale lembrar que se você for para a Rússia ou Canadá, por
exemplo, onde os termômetros podem chegar a até 20º negativos, o ideal é comprar
os casacos, calças e acessórios lá mesmo, porque são mais adequados. Nem
precisa levar duas malas. Ou então carregue uma vazia dentro da outra para ter
mais espaço na volta. O mesmo vale para as estações de esqui.


  Os homens vão precisar de um casaco longo, outro
impermeável, blusas e calças de segunda pele ou calças de malha para usar por
baixo, moletons e meias grossos, além de pulôveres com ou sem manga, calças de
lã ou até mesmo as impermeáveis. Gorros, malhas, cachecóis e luvas também fazem
parte do vestuário masculino.

MALA DE OUTONO

   

Ao contrário do Brasil, as estações no
Hemisfério Norte são bem definidas. No outono, as temperaturas para eles são
mais amenas, mas nós sentimos frio, especialmente à noite, pela sensação térmica
causada pelo vento. Além disso, chove e há mais umidade. Por isso, leve sempre
um casaco impermeável, pelo menos um blazer mais encorpado e uma boa capa de
gabardine que, além de ser útil, sempre dará um toque de classe ao seu look.
Ponha na mala ainda uma calça de alfaiataria, um jeans, dois vestidos mais
leves, que podem ser usados com a capa, meias calças, sapatilhas e sapatos tipo
boot, que são confortáveis.

Camisas, camisetes, camisetas de manga longa e
curta, um casaquinho ou tricôs são perfeitos –tanto para o dia quanto para a
noite. Não esqueça das roupas de ginástica, do maiô ou biquíni. Por precaução,
você pode também levar uma bermuda ou uma saia para um dia mais ensolarado.
Echarpes, lenços e pashiminas, sempre! Vale, agora, investir nas bijuterias
porque elas dão um up no visual. A mala de primavera é bem parecida, com a
diferença de que você pode levar peças um pouco mais leves, porque os dias
são ensolarados e as noites um pouco mais frias. Jaquetas ou casacos de couro funcionam muito bem.

MALA DE VERÃO

 

 O verão europeu
costuma ser tórrido, com dias muito longos e cheios de sol – mas nós já estamos
acostumados a altas temperaturas, não? Portanto, faça a mala como se estivesse
indo para uma ilha do Caribe ou para uma cidade do Nordeste brasileiro. Mas não
abuse dos shorts muito cavados nem dos mini biquínis made in Brazil, porque
você não estará desfilando em Ipanema, no calçadão de Copacabana ou na praia de
Boa Viagem. As europeias usam roupas leves, como bermudas e vestidos, mas são bem mais formais. E as francesas, especialmente, muito elegantes. 

  Invista nos vestidos, nas saias (longas ou acima do joelho),
bermudas, blusinhas e camisetas. E aposte ainda na moda beach, como saídas,túnicas,
cangas, calças mais esvoaçantes e chapéu para eventuais passeios de barco,
praia ou piscina do hotel. Pashiminas e echarpes ou até mesmo casaquinhos e um
blazer mais leve são fundamentais na mala, porque o ar condicionado é muito
forte nos ambientes internos. Além do mais, podem ser usados com os vestidos e
saias. Rasteirinhas, sapatilhas e sandálias mais fashion devem fazer parte da
bagagem.
   

A mala masculina também pede muitas bermudas,
camisetas, jeans, sungas, um moletom mais leve, bonés, um blazer, duas ou três camisas
de manga longa e até mesmo um terno de verão para compromissos mais formais.

 

Seja qual for a
estação ou o país, tenha sempre em mãos os seus remédios usuais,
principalmente os que exijam receita médica. E, claro, as maquiagens não podem faltar nunca, mesmo que você fizer aquela linha mais básica. Rímel, lápis e batom na bolsa. E outra necessaire recheada na mala que vai ser despachada. O seu perfume predileto também é fundamental.  


NO ORIENTE MÉDIO

 

 Se você for para os Emirados Árabes – Dubai é a
cidade mais famosa e está na moda-, para o Marrocos, Jordânia, Egito ou
qualquer outro país muçulmano, lembre-se  sempre de respeitar a cultura e a religião
locais. Não precisa usar véu nem sair de burca, mas evite roupas cavadas,
decotadas ou muito curtas, mesmo no verão. As mulheres muçulmanas não mostram
os braços, nem as pernas e a maioria cobre a cabeça. No inverno, a mala é
semelhante à dos países europeus, porque o frio é rigoroso e neva.



 Mas na
primavera-verão, os turistas costumam usar bermudas e roupas mais leves. Porém,
ser discreto ali é uma questão de ética e educação. Um truque é usar nossos
vestidinhos de verão, ou túnicas, com calças fuseau e blusas leves de meia
manga ou manga comprida por baixo. Leve também algumas echarpes (com certeza,
vai trazer muitas outras de lá), porque elas fecham os decotes e podem ser
usadas como véu, caso você queira visitar uma mesquita, onde as mulheres só
entram com a cabeça coberta, mesmo que sejam turistas. Eles costumam até
emprestar capas para as visitantes estrangeiras que estejam com os braços ou
pernas à mostra. Não pague mico.
 E boa viagem!

O ‘MUSO’ DO HUMOR

   Quando decidimos fazer o perfil de Fábio Porchat em dezembro, para a última edição do ano de Viagens S/A, sabíamos que estávamos investindo no personagem certo: ele é, sem dúvida, uma das grandes apostas do humor brasileiro. E iria bombar ainda mais em 2015. Não deu outra. O ano mal começou e Fábio deu o que falar nesta semana com a debochada vinheta feita pelo Porta dos Fundos para a FOX, satirizando a Globeleza e o Carnaval das outras emissoras. Virou o “muso” do canal pago e da internet. Com o corpo nu, pintado, de fio dental e fazendo caras e bocas, Fábio em apenas dois dias teve mais de 4 milhões de page views, arrancando gargalhadas dos telespectadores e internautas. O vídeo também está sendo um dos mais compartilhados e comentados nas mídias sociais. É hilário e muito divertido! 











  Considerado hoje um dos nomes mais bem conceituados
do novo humor brasileiro, o rapaz é versátil e multimídia: atua na TV, no teatro, no cinema e na internet. Aos
31 anos, Porchat, que ora surge com ar de moço bem comportado, ora safado, mas
sempre extremamente carismático, é puro deboche e também uma verdadeira máquina
de conteúdo, que funciona a mil por hora. Ele não para: escreve, domina os palcos, faz stand up, dirige, atua no cinema e tem uma das maiores audiências
da internet com o Porta dos Fundos, canal
do Youtube que já ultrapassou 1,5 bilhão de acessos e agora também está na TV
paga, e faz muita gente rolar de rir – dentro e até mesmo fora do Brasil.
  
 Em meados de dezembro, entre
um rápido intervalo das filmagens do longa O
Meu Passado me Condena 2
, em Portugal, Porchat aceitou dar a entrevista e fez um balanço geral da
carreira. “Foi um período de consolidação do Porta dos Fundos e de trabalho em todas as mídias. Como adoro
trabalhar, 2014 foi um ótimo ano.”
  
 Workaholic assumido, Fábio Porchat é disciplinado, mas confessa que nem
ele mesmo sabe como consegue administrar com êxito tantos projetos diferentes,
se divertir e principalmente viajar, aliás, um dos seus principais hobbies, depois do humor. “Acho que é
porque gosto muito de fazer o que eu faço e para mim não é trabalho, é lazer.
  
  A
vida pessoal se mistura à profissional. Minha namorada [a argentina Juli
Videla, figurinista do Porta dos Fundos]
trabalha comigo, meus melhores amigos também. Até minha mãe trabalha comigo…”,
diz ele. Apesar da rotina cheia de adrenalina, ele encontra tempo para manter a
boa forma (está magérrimo) que conseguiu depois de participar do quadro Medida Certa, do Fantástico. Fábio emagreceu cerca de 20 quilos e perdeu 19 cm de
abdômen. Ele diz que corre quatro vezes por semana e se alimenta de forma
saudável.

ATRÁS DAS CÂMERAS

  

 Apesar da pouca idade, o ator começou cedo, atrás das câmeras e, claro,
já totalmente envolvido com o humor. O seu primeiro trabalho na TV foi em 2006
como redator do Zorra Total, da Rede
Globo, onde ficou por quatro anos. Em 2008, entrou em cena pela primeira vez,
apresentando o programa De Perto Ninguém
é Normal
, no canal GNT. Também na Globo, foi redator, em 2009, do programa Os Caras de Pau, estrelado por Marcius
Melhem e Leandro Hassum. No ano seguinte, criou o quadro Exagerados, no Fantástico,
em que foi ator e redator. Ainda em 2009, escreveu e também atuou em Junto & Misturado,
ao lado de Gregorio
Duvivier, Bruno Mazzeo e  Fabíula Nascimento, entre outros. Em 2011, Fábio
passou a escrever e a participar do programa
Esquenta, de Regina Casé.
  

Fabio Porchat na peça Meu Passado me Condena, que está em cartaz na temporada paulista

  
  Em 2012 Porchat estreou na série do canal pago Multishow Meu
Passado me Condena
. Nela, ele e a atriz Miá Mello interpretam um
casal em viagem de lua de mel que começa a relembrar as histórias dos
respectivos “exs”.  O que deveria ser romance se transforma em uma grande
e divertida discussão da relação, a chamada DR.
  
 A série também agradou e teve
continuidade: a segunda temporada foi ao ar no canal em outubro de 2013. Ainda
em 2012, integrou o elenco de A Grande Família, clássico do humor da TV aberta no Brasil. Ao
lado de Tatá Werneck, Fábio estreou em julho último em Tudo pela Audiência, programa de
auditório do Multishow que parodia atrações
de famosos programas populares da TV. A segunda temporada está prevista para ser
exibida no primeiro semestre de 2015.

SUCESSO NA WEB

  
Apesar de tantas e tão variadas frentes de trabalho, foi na Internet que
Fábio Porchat e sua trupe experimentaram o sabor da boa audiência. Da parceria
com os amigos Antonio Tabet (Kibe Loco), o ator Gregório Duvivier, o diretor
Ian SBF e João Vicente surgiu a produtora Porta dos Fundos, que tem um portal
humorístico homônimo, veiculado exclusivamente online desde agosto de 2012. Virou
fenômeno na rede e conquistou o prêmio APCA de melhor programa de humor naquele
mesmo ano. O programa surgiu porque a televisão rejeitou o formato, alegando
que esse tipo de humor não era popular e não teria ibope. Na internet, eles
podiam gerenciar tudo do jeito que bem entendessem.

  

  Deu certo. Em dois anos, o Porta dos Fundos ultrapassou a marca de
mais de 1,5 bilhão de espectadores no Brasil e no mundo. Este ano assinaram com
o canal pago FOX para veiculação dos vídeos já consagrados na internet, que
estrearam em outubro. A ideia era atingir outro tipo de público, objetivo que
foi alcançado, porque muitos que não conheciam o site foram apresentados ao seu
conteúdo. 


 O programa na FOX vai continuar em 2015, agora com material inédito.
Fábio Porchat diz que ele foi o mais importante em sua carreira nos últimos
anos – e olha que não fez pouca coisa. “Tudo que envolve o Porta dos Fundos foi muito marcante.” Para o ator, a importância da
internet é gigante e há muito ainda o que ser explorado nesse segmento.
   
  Sim, trabalhar é a grande diversão de Fábio Porchat. Mas ele quer mais.
Muito mais. O projeto dos seus sonhos agora é ter o seu próprio programa na TV
aberta. Até surgiram especulações de que estaria negociando com o SBT, mas diz
que não assinou nenhum contrato. Para ele, o humor vive um bom momento. “Acho
que essa nova geração é muito talentosa e autoral. Escreve o que é fundamental
e atua em todas as mídias. O brasileiro sempre foi muito bem humorado e
debochado. Ainda bem!”, diz. Também acredita que este ano será difícil
economicamente para o país. “Mas eu acredito no Brasil, apesar do Brasil e por
causa do Brasil.”
   
  E dá o seu recado: “Riam, se divirtam e não se preocupem
com coisas, como piadas, mas sim com o Sarney, com o Garotinho no Banco do
Brasil…”, debocha um dos mais talentosos nomes do humor brasileiro. Ele tem
razão!

DOS PALCOS À TELONA

  

  

  Drama, comédia, monólogo ou longa-metragem? Fábio Porchat faz de tudo um
pouco. Sua experiência com o teatro começou em 2007, quando integrou o primeiro
grupo de stand up comedy do país, o
Comédia em Pé. Desde 2009, viaja o Brasil com o solo de stand-up Fora
do Normal
, que também levou a Portugal, ao Japão e retorna em cartaz
na segunda quinzena de janeiro, em São Paulo. Também este ano dirigiu seu
primeiro monólogo dramático, Os Bons
Serviços
.
 O cinema também faz parte do vasto currículo
multimídia do ator. Ele interpretou o traficante Dono do Morro no longa Totalmente Inocentes, uma comédia que
satirizava os favela movies, em 2012.
No ano seguinte, foi a vez de Vai que Dá
Certo
, com roteiro assinado por ele e Maurício Farias, diretor do longa,
atuando com feras do humor e da dramaturgia, como Lucio Mauro Filho, Bruno
Mazzeo e Danton Mello, entre outros. O filme foi visto por quase 3 milhões de
espectadores. Na sequência, veio Meu Passado me Condena, o Filme. Rodado
em um cruzeiro, ultrapassou um público de 3 milhões, conquistando a segunda
maior bilheteria nacional em 2013. Este ano foi a vez de Entre Abelhas, uma tragicomédia também escrita por ele. Para este ano,
há muitos projetos, como o primeiro longa do
Porta dos Fundos
. E ele já começou a fazer folia. Bora…que é quase Carnaval!


AS ANDANÇAS PELO MUNDO


 
Fábio Porchat costuma dizer que trabalha para poder viajar, um dos seus
principais hobbies. Seja a passeio ou a trabalho, ele está sempre em trânsito.
Gosta de conhecer lugares inusitados, fora dos roteiros convencionais. Aqui, os
destinos que mais o marcaram.

FERNANDO DE NORONHA – “Fui
recentemente e fiquei impressionado como o arquipélago é lindo. Superou minhas
expectativas.”

MARRAKECH
– 
“Essa cidade do Marrocos
me encantou pelas cores, cheiros, diferentes tipos de coisas.”

PORTUGAL – “Esse país
é um caso à parte, um lugar em que moraria, feliz da vida.”

MAASAI
MARA
– “O Parque Nacional, no Quênia, é o lugar dos sonhos. O safári que eu
fiz na reserva foi a melhor viagem da minha vida. Muito transformador.”


DUBROVNIK
– “
A cidade medieval da Croácia é simplesmente
espetacular.”

_______________________________________________________
Matéria também publicada na edição 33 de Viagens S/A

1001 AVENTURAS NA PATAGÔNIA ARGENTINA

     TEXTO E FOTOS SIMONE GALIB

  Existe um santuário muito perto do Brasil, um lugar onde a
natureza é milenar, exuberante e intocada, que já foi mar, habitado por
dinossauros e hoje tem pais
agem semidesértica, mas com cenários distintos: há praias,
rochas vulcânicas, bosques ancestrais, parques nacionais, montanhas e até glaciais. São cenários de perder o fôlego…
   É uma terra de grandes aventuras, de culturas miscigenadas, com farta
gastronomia, e de vivências inesquecíveis junto a animais que só vemos em cativeiros,
mas ali estão livres, bem cuidados, se reproduzem naturalmente e são cercados
de carinho por uma população que demonstra muita consciência ambiental,
preserva sua história, fauna e flora.
  Mas, afinal onde fica esse paraíso, que
os europeus amam, mas muitos dos brasileiros conhecem apenas de nome e ainda não
cruzaram suas estradas, absolutamente tranquilas e seguras, seja na primavera,
no outono, no inverno ou no verão? Eu mesma já o havia sobrevoado a região e imaginei, na época, que estava sobre um árido deserto tamanha a sua extensão. Mal podia imaginar que os 10 mil metros de altitude escondiam um dos mais incríveis tesouros da natureza…  
    A porta de entrada é a província de Chubut, na Patagônia Argentina. Mais
precisamente a cidade de Trelew, onde aterrissamos em um aeroporto
internacional sem saber ao certo tudo o que nos espera. O que vem depois? Uma
surpresa atrás da outra. Aliás, uma surpresa melhor do que a outra,
especialmente para aqueles que buscam roteiros diferenciados, onde a natureza
faz a festa. Há quilômetros e mais quilômetros de grandes descobertas. Mas não
tenha pressa: a região precisa ser desfrutada com tempo, porque as distâncias
entre suas principais atrações são longas, e muito espírito de aventura.
Adrenalina e paisagens únicas são o que não faltam por ali.
  

 TRELEW: PONTO DE PARTIDA


  Localizada no vale do rio Chubut, Trelew é uma
cidade tranquila, plana, cheia de praças, tem um movimentado cassino, bons
restaurantes e é emoldurada pela paisagem do fértil rio, que continua dando
vida à região. Ela foi fundada por volta de 1886 quando os colonos galeses
buscavam transportar seus produtos agropecuários até o Golfo Novo. Seu nome
significa, na língua galesa, Pueblo de Luis em homenagem a Lewis Jones, um dos
fundadores da cidade. A presença da cultura galesa continua forte na região.


   Há
vilarejos, como Gaiman (a15 km), que mantêm suas casas de pedras, telhados em
chapas de ferro e paredes coloridas, além de ruas sem asfalto, preservando a arquitetura de seus
ancestrais, as festas britânicas, a música celta, os deliciosos pães e tortas
caseiros, além do tradicional chá da tarde galês, um ritual que merece ser
vivenciado. Não deixe de experimentar a torta galesa, uma invenção argentina, feita à base de creme.
  O mais tradicional endereço é a Casa de Té Galés, a primeira da
região, aberta há 21 anos e que foi a primeira da região. Totalmente reformada, tem um ambiente acolhedor e mesa muito farta.
  

   A casa ganhou mais popularidade quando foi visitada pela
princesa Diana, em 1995 – uma homenagem da princesa de Gales à colônia, dois
anos antes de sua morte. Instalada em um bem cuidado jardim, a casa de chá tem
capacidade para 300 pessoas e abre diariamente, das 14h às 20h, O chá completo
custa 120 pesos (cerca de R$ 40,00). E vem com mesa farta.

Com decoração britânica e quadros de Lady
Di espalhados por todo o ambiente, é um dos melhores – e mais apetitosos
programas da cidade. Aliás, em Gaiman há
até um círculo de pedras, inspirado em Stonehenge e nos antigos druidas, onde os galeses realizam seus festivais típicos. A língua também é ensinada nas escolas locais às crianças. Os colonos galeses afirmam que “a educação é o pão da alma.” Gaiman é um pedacinho muito peculiar do País de Gales na América do Sul.


DINOSSAUROS E OUTROS BICHOS 



   Trelew também é um
importante polo de negócios e principalmente de pesquisas super avançadas na
área de paleontologia.  É ali que está o
MEF, o Museu Palentológico Egídio Feruglio, considerado um dos maiores museus
das Américas e que hoje, entre outras atividades, se empenha na restauração dos
ossos do maior dinossauro do mundo, descoberto recentemente na região.

 Vale
conhecer toda a história da fauna, da flora e dos dinossauros que habitaram a
Patagônia há cerca de 35 milhões de anos. Ainda no quesito história, há também
o bosque petrificado Florentino Ameghino (a 100 km de Trelew), onde estão
vestígios geológicos de uma região, que tinha mar e rios. Hoje, podemos até
tocar em troncos de árvores gigantes que foram fossilizados ao longo de 60
milhões de anos.




TERRA DE PINGUINS

   



  É hora de interagir com a incrível fauna
local. E a primeira escala é Punta Tombo, a 110 km ao sul de Trelew, uma área
natural protegida, única na região de rochas vulcânicas, que abriga a maior
colônia de pinguins de Magalhães do continente. É importante entrar no Centro
Tombo, onde podemos nos familiarizar sobre o que vamos ver bem de pertinho um
pouco mais adiante, ou seja, a vida na terra e no mar da fauna da região
patagônica. Tome um café ou almoce no restaurante local, que tem uma incrível
vista panorâmica para o mar.


   Os
pinguins de Magalhães são aves marinhas, que não voam, têm uma grande
capacidade de mergulho (parecem um torpedo no mar), isolamento térmico e
impermeabilidade à água e, a partir de setembro, migram da costa sul do Rio de
Janeiro para se reproduzirem na Patagônia, onde ficam até o final de abril,
quando regressam ao Brasil.



   Em novembro, começa o período de incubação, que
dura em média 40 dias, e em janeiro nascem os filhotes. Durante a quarentena,
os casais (monogâmicos apenas por temporada) se abrigam em ninhos, criados
pelos machos, na terra ou sob pequenos arbustos para se proteger dos predadores
(em geral aves maiores, como a gaivota). Em Punta Tombo, vivem entre 200 mil e
400 mil casais de pinguins, que têm dois filhotes por ovo. No verão (janeiro e
fevereiro), a colônia chega a abrigar até 950 mil pares. Na reserva, eles convivem com guanacos (uma espécie de camelo patagônico), ovelhas, leão marinho, gatos selvagens e lebres europeias.
  


 



  O melhor desse passeio é que ele é feito a pé,
por meio de trilhas interativas, construídas em madeira, que garantem a
privacidade dos “moradores ilustres” do local, mas não os afastam totalmente de
nós. Acostumados à presença dos visitantes, os pinguins são muito dóceis e,
claro, já estão acostumados com os flashes: alguns fazem até pose para fotos.
Outros
até atravessam as trilhas e ficam muito próximos aos turistas, mas não podem
ser tocados.

  

     
   No final dessa incrível caminhada, forrada de ninhos, chegamos à
praia com direito a um mirante para desfrutar da paisagem com pinguins à beira
do mar azul turquesa ou simplesmente caminhando pela areia. Quem vai à reserva
no verão, pode ver os casais de pinguins junto aos filhotes – um presente da
natureza!


 FUNDO DO MAR

  
  



Seguindo para o norte de Chubut, sempre pela
Rota 3 – a segunda maior estrada da Argentina, que vai de Buenos Aires até a
Terra do Fogo – chegamos a Puerto Madryn (67 km de Trelew), a capital do
mergulho e a cidade mais turística da província. É o balneário preferido dos
argentinos durante o verão, com aeroporto, hotéis de quatro e cinco estrelas,
uma orla agradável e bom comércio local. Mas, o melhor de lá é o fundo do mar,
especialmente o mergulho de snorkel com os leões marinhos, acompanhado de
instrutores profissionais, que dão toda a assistência mesmo àqueles que nunca
mergulharam.

  A exemplo dos pinguins,
eles estão em seu habitat natural, são mansos e fazem belas acrobacias debaixo
d´água. Várias empresas oferecem o passeio, que dura uma hora e meia. Quem
participa da experiência volta à tona extasiado. Para os mergulhadores mais
tarimbados, há naufrágios, cavernas, fendas nas rochas e recifes. A variada
fauna marinha pode ser vista em águas rasas, limpas e transparentes, ou nas
profundezas de até 45 metros.

PENÍNSULA VALDÉZ

  


   Visitar
a Patagônia Argentina equivale a fazer um grande safári, só que em cenários
muito diferenciados. Há momentos em que nos sentimos praticamente no deserto, percorrendo
quilômetros e mais quilômetros de estrada, respirando o ar seco, mas a paisagem
vai mudando radicalmente à medida que nos deslocamos por Chubut. Em alguns
pontos da estrada, é possível avistar flamingos, muitas aves e ovelhas.  A província abriga cerca de 260 espécies de
aves (25% de todo o país).

  O cenário ganha outros ares quando chegamos à Península
Valdés, que tem ruas de pedra e muitas ovelhas. Aliás, a lã de ovelha é a principal atividade econômica local Patrimônio mundial da Unesco desde 1999, a península, com uma
superfície de 4 mil km², tem muitas baías, belas praias e golfos. Mas, antes ainda temos mais um encontro com pinguins e uma pausa para experimentar o cordeiro patagônico assado na brasa, prato típico da região.

   

  Fazemos uma rápida escala na Reserva São Lorenzo, um empreendimento privado, que abriga cerca de 300 mil pinguins e 2,3 mil ovelhas, que produzem 10 mil quilos de lã por ano. É possível fazer uma caminhada monitorada por 20 minutos na reserva e depois há pausa para um delicioso almoço no restaurante local. O cordeiro assado na hora vem acompanhado por um bom vinho.


ENCONTRO COM AS BALEIAS

  

       Mas é em
Puerto Pirámides – uma baía pequena, habitada por apenas 500 pessoas e que tem
um dos morros com a forma natural de uma pirâmide, daí a origem do seu nome – onde
vivenciamos uma das experiências mais incríveis: avistar de muito perto as
baleias da espécie franco-austral, que interagem com seus “bebês”, a poucos
metros do barco. Até 1,5 mil baleias transitam pela península ao longo do ano e
de junho até a segunda semana de dezembro são os melhores meses para vê-las,
porque ficam ali para alimentar suas crias. Depois, retornam à Antártida.
  


   Elas são muito
inteligentes, sensíveis e amistosas. Mas há também todo um cuidado para não
prejudicá-las em seu habitat natural:  apenas
seis embarcações fazem o passeio, de uma hora e meia, monitorado por guias
especializados. Os barcos ficam a 50 metros de distância, com o motor quase
desligado. De repente, surgem com suas
enormes caudas ou até mesmo passam sob o barco.

    Durante o percurso também
podemos ver os lobos marinhos que ficam em uma plataforma, aproveitando o sol
do final de tarde. Para aqueles que querem mais emoção, há o Yellow Submarine, o único do mundo onde podemos ver as baleias franco-austral debaixo
d´água. Ele tem 40 janelas e você fica
praticamente cara a cara com elas. A Southern Spirit Cruises oferece os dois
tipos de passeios. É pura adrenalina!    



SUBINDO AS
MONTANHAS

   O mar vai ficando distante. Estamos novamente
em um novo – e surpreendente – cenário patagônico.  Seguimos em direção a Esquel (a 602 km de
Trelew), uma cidade jovem, com 40 mil habitantes, a 550 metros a nível do mar,
mas considerada a maior da cordilheira de Chubut e foi no passado muito
disputada por chilenos e argentinos (fica a apenas 62 km do Chile e a 300 km da
famosa Bariloche). 
  No inverno, é um movimentado
centro de esqui e snowboard. A apenas 12 km está o complexo La Hoya, com neve
abundante e de boa qualidade, além de pistas, gastronomia e escola de esqui. A
temporada começa no final de junho e vai até meados de outubro. Mas durante
todo o ano também é possível desfrutar de suas incríveis vistas panorâmicas e
de uma natureza exuberante.
   Tingida de branco no inverno, Esquel é
deliciosamente colorida nas outras estações. Com paisagem típica de uma cidade
de montanhas, emoldurada pelos picos ainda nevados da Cordilheira dos Andes, tem
uma temperatura agradável na primavera (durante o dia sol até 20h, céu azul e
noites ainda geladas) e programas bucólicos, como o passeio no trem a vapor La
Trochita, um expresso patagônico que está em atividade há 60 anos. Há uma
paisagem mais linda do que a outra.

  

  No final do roteiro, podemos visitar o
Museu Nahuel Pan, que preserva o patrimônio da originária comunidade Mapuche e
a Casa das Artesãs, onde são vendidos produtos feitos pela população rural.
Ainda em Esquel, um bom programa para a noite é degustar os cinco tipos de
cervejas artesanais produzidas pela Cerveceria Heiskel (cerveceriaheiskel@gmail.com) e acompanhadas por uma boa mesa de frios.




   FLORES E VINHOS






   Para quem gosta de paisagens inusitadas e principalmente de flores, vale uma escala no
campo de tulipas em Trevelin, a 25 km de Esquel, cultivado por um casal, que
comercializa os bulbos em toda a Argentina. A plantação é feita entre abril e
agosto. Em outubro, nascem tulipas de todas as cores – o tapete colorido é uma festa para os sentidos. E passar um tempo ali é como se você entrasse em um cenário mágico, tendo ao fundo os picos nevados dos Andes em contraste com os tons fortes da primavera. Lá não são vendidas as tulipas, apenas cultivadas. O campo abre diariamente das 8 às 18h. O ingresso custa $ 40 (cerca de R$ 14) por pessoa. 

  Ainda em Trevelin, reserve uma tarde para conhecer
Nat y Fall (a 200 km da 
cidade) – um bosque com cascatas, que deságuam em
lagoas cristalinas. O parque é super bem conservado, com vários mirantes para que as quedas d´água possam ser observadas dos mais diversos ângulos. Passeio bucólico para um final de tarde. Sim, porque na primavera o sol se põe em torno das 20h.







  Seguindo pela Rota 69, próximo ao parque Nat Y Fal, há um jovem vinhedo de 4 hectares – considerado o mais austral que há no planeta. Ele existe há apenas cinco anos e já tem 6 mil pés da uva Borgonha pinot noir, que começam a dar suas primeiras folhas. Embora o vinhedo seja ainda “bebê”, o lugar é lindo. Tem um lago, onde nascem 500 trutas por ano. Os visitantes podem pescar e preparar sua própria refeição. Ali tudo é orgânico e tem também um espaço para motorhome, bastante utilizado por europeus.  

  

PAR

PARQUE NACIONAL LOS ALERCES 





  
   Quando achamos que conhecemos
praticamente tudo em Esquel, eis que surge uma das melhores experiências desse
miscigenado roteiro em plena primavera patagônica: o 
Parque Nacional Los Alerces (a 24 km de Travelin), um dos mais importantes da Argentina pela sua
extensão (área de 263 mil hectares) e 14 lagos – um mais lindo do que o outro.
Para descobrir uma parte desse pequeno paraíso preservado (até mesmo fumar é
proibido ali), é preciso caminhar em trilhas pela floresta. Uma enorme placa alerta para a presença de pumas na região e ensina os visitantes como devem agir caso os animais apareçam no meio do caminho. Mas o guia está junto e vai na frente, abrindo alas. Todos relaxam um pouco. Além do mais, vamos atravessando o bosque entrecortado por lagos cristalinos. Há até uma pequena praia de água doce que mais parece um cartão postal.







  Fazemos essa pequena escala antes de chegar a Puerto
Chucao, um  pequeno caís, de onde pegamos
um confortável barco, que navega pelo lago Menedez, com 350 metros de
profundidade e cujo pano de fundo é o glacial Torrecillas – uma paisagem de
sonhos. 

   



   
   





  Uma das muitas paisagens do Parque Nacional Los Alerces                           foto/Divulgação                                                              





     O barco atraca e, depois de
caminharmos cerca de 2 km, conseguimos alcançar a antiga floresta de cipreste
(também conhecido como alerce-da-patagônia), com árvores de 3 mil anos, que
atingem até 70 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Entre uma trilha e
outra, passamos por cachoeiras e lagoas; observamos enormes árvores de louro,
além de plantas e flores nativas. A natureza é tão fantástica ali que nem sentimos a caminhada em uma trilha estreita. A vegetação é exuberante e preservada com muita consciência ambiental.







Glacial Torrecillas                                                                                          foto Divulgação



     Desnecessário dizer que saímos dessa floresta
ancestral, com a imagem do belo glacial Torrecillas gravada na memória e totalmente revigorados, abastecidos mesmo, por uma natureza tão mágica.

  Sim, a Patagônia Argentina é um destino muito
especial…!

  


DIÁRIO DE BORDO



VOOS

A melhor maneira de se chegar à Patagônia
Argentina é via Buenos Aires. A Aerolíneas Argentinas oferece voos, partindo de
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e,
a partir de 3 de janeiro, também de Salvador. Da capital paulista, são cinco
frequências diárias, das quais três fazem conexão imediata para Trelew (duas
pelo
Aeroparque Jorge Newbery,
localizado dentro da cidade de Buenos Aires)
 e outra pelo Aeroporto
Internacional de Ezeiza
, a 35 km centro. Também a partir de Buenos
Aires, a companhia disponibiliza duas conexões diárias para Esquel, pelo
Aeroparque.
 www.aerolineas.com.ar



MOEDA E COMPRAS

É melhor comprar pesos argentinos no Brasil em vez de levar
dólares. Embora a moeda americana seja aceita pela maioria dos
estabelecimentos, há muita oscilação de câmbio no mercado paralelo argentino em
função da alta inflação no país. Muitos lugares também aceitam o real. Embora a
moeda brasileira esteja mais valorizada ($ 1 peso = R$ 0,30), os preços no país
estão nas alturas, ou seja, nada muito diferentes do Brasil. Vale a pena comprar os chocolates artesanais, especialmente em Esquel, chás e geleias típicas da região.




ROTEIROS

As distâncias na Patagônia Argentina são muito longas, por
isso os pacotes de viagens podem dar mais mobilidade e segurança ao turista.
Várias agências no Brasil, como a New Age (ww
w.newage.tur.br/nov)  e Venturas (www.venturas.com.br)  vendem o destino, incluindo os principais
passeios.  Se preferir viajar por conta
própria, alugar um carro ou contratar um receptivo local é muito importante.



TARIFAS DE ALGUNS PASSEIOS

Mergulho com snorkel em Puerto Madryn (foto) – cerca de R$ 370 por
pessoa.



Observação das baleias – R$ 210,00 (barco comum) e R$ 420,00
(Yellow Submarine) por pessoa (reservas@southernspirit.com.ar).
Esses preços são da alta temporada, que vai de 1º de
setembro a 15 de dezembro.


Bosque Petrificado Fiorentino Ameghino – 80 pesos por pessoa
(R$ 27,00), com guia (www.bosquepetrificado.wordpress.com)


BAGAGEM E TEMPERATURA

Leve roupas e sapatos confortáveis e principalmente casacos
impermeáveis, echarpes, luvas e gorros para os passeios nas reservas e de
barco. Mesmo na primavera as temperaturas são ainda baixas, dependendo da
região, e o vento úmido aumenta a sensação térmica de frio. Na Península
Valdés, Punta Tombo e vale do rio Chubut, os termômetros, no verão, atingem
mínima de 14º e máxima de 36º; no inverno, de 1º a 15º. Já nas cidades da
Cordilheira dos Andes, como Esquel, no verão a mínima é de 14º e máxima, de
34º; no inverno, 2 graus negativos e 14º.



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SIMONE GALIB viajou a convite do Ministério de Turismo de Chubut. 

Conteúdo também publicado na revista Viagens S/A

LA DOLCE VITA

Vista de Sorrento ao pôr do sol, na Costa Amalfitana, Itália

A paisagem cheia de cores e flores vista do hotel Caruso
Luzes do amanhecer em Positano
Pensou
num local romântico, cheio de charme, onde podemos sonhar acordados? Acertou se
a resposta for a Costa Amalfitana,
uma das regiões mais bonitas da Itália. O mar azul pontilhado de barcos, os
pequenos vilarejos debruçados sobre penhascos e as estradinhas cinematográficas
dão o toque de classe no cenário. As cidades são repletas de muitas atrações e
belas paisagens. Sem contar com o glamour de Capri. 
Agora, imagine esse programa
feito de forma personalizada, com total privacidade, serviços cinco estrelas e
assistência de um guia em tempo integral. Essa é a proposta da operadora de
turismo Cieli di Toscana. A pedido de seus clientes, o empresário brasileiro
Valdelírio Soares, um turista exigente, criador da empresa e grande conhecedor
do país há mais de duas décadas, decidiu ampliar os horizontes na Itália,
oferecendo roteiros de luxo, em que seus viajantes são protagonistas de
incríveis vivências. 
O programa inclui o conversível BMW4, para percorrer as dois incríveis estradas
Nesse programa, a empresa translada cada casal desde o
aeroporto de Roma até Ravello, onde lhes entrega uma BMW Z4, conversível de
luxo, para percorrer uma das
estradas mais cênicas da Europa, contornando penhascos entre cidades milenares. O
carro vem com GPS programado em
português e com os principais endereços da região. Para percorrer a costa e os
entornos de Capri, a empresa oferece um passeio a bordo de iates de luxo,
exclusivo para seus passageiros.
O belo e requintado Hotel Caruso

Jantar ao ar livre no Hotel Caruso


 A hospedagem será em hotéis luxuosos com apartamentos de vista paro o mar. O
roteiro vai ser realizado na primavera italiana, entre os dias 17 e 24 de maio
de 2015. Ele está limitado a apenas dez casais, que viajam com total
independência um do outro, fazendo suas próprias escolhas e em seu próprio
tempo. Por isso é bom se programar. O preço desse sonho? 12.180 euros por casal, sem aéreo. Parece coisa de
cinema!
info@cieliditoscana.it

CLÁSSICO DA HOTELARIA DE SP, MAKSOUD SE REINVENTA

O Café Brasserie Belavista, que ainda funciona 24 horas, com cardápio completo     fotos Divulgação  
POR SIMONE GALIB

  Quem vive, viveu ou passou por São Paulo nas três últimas
décadas, com certeza se hospedou, participou de almoços, de jantares, de
congressos ou eventos de negócios, degustou um chá da tarde servido com
requinte, tomou um drink no bar do lobby, sob um teto de vidro transparente,
esticou a noite no Café Brasserie Bela Vista, que funciona 24 horas, frequentou
o 150 Nightclub, assistiu a shows internacionais inesquecíveis, foi a grandes
festas black tie, casamentos ou até mesmo passou a lua de mel no Maksoud Plaza,
um hotel que se perpetuou por muito tempo como símbolo do lifestyle e ponto de
encontro do hi society na capital,
tornando-se um clássico da hotelaria do país, especialmente nos anos 1980. 
 Pioneiro
na implantação de conceitos asiáticos, até então desconhecidos pelos
brasileiros, como vários restaurantes de culinária distinta (hoje a grande
tendência mundial), na contratação de chefs europeus, em exibir obras de arte
na decoração e oferecer um serviço cinco estrelas, que não deixava nada a
desejar ao das grandes redes internacionais, o hotel recebeu hóspedes ilustres,
entre políticos, banqueiros, membros da realeza e grandes celebridades do
showbiz, que marcaram a memória de muitos brasileiros.
  Inaugurado em 1979, por Henry Maksoud, engenheiro civil e
eletricista, além de empresário (foi dono da revista Visão e da empresa de engenharia Hidroservice), o hotel, de 25
andares e 416 apartamentos, completa em dezembro 35 anos de atividades
ininterruptas, passando por diversas fases, algumas crises e muitas reformas ao
longo dos últimos tempos. 
A Abadia Beneditina ocupava o terreno de 12 mil m² , onde foi construído o hotel

 Mas, antes de
se transformar no ícone da hotelaria de luxo de São Paulo, o terreno de 12 mil
m², na alameda Campinas, a uma quadra da avenida Paulista, principal centro
financeiro da capital, era ocupado pela Abadia Beneditina, onde viviam freiras
enclausuradas. O empresário, que faleceu aos 85 anos, em abril último, vítima
de parada cardíaca, comprou o terreno em 1976, depois de muita negociação e uma
relação de amizade com a irmandade. “Antes de meu avô falecer, a madre Tereza
conseguiu permissão para deixar a clausura e vir almoçar com ele aqui no hotel”,
conta Henry Maksoud Neto, hoje no comando do Grupo Maksoud Plaza.
 

Henry Maksoud Neto, que hoje comanda o grupo

Aliás, familiaridade
com o local que administra ele tem de sobra. Maksoud Neto, 39 anos, passou boa
parte de sua infância e adolescência no hotel, onde começou trabalhar aos 15
anos. Ao lado do avô, foi ganhando experiência nas mais diversas áreas, como
controle, marketing, cozinha, sistemas e recursos humanos. Graduado em economia
pela Universidade Mackenzie, em 2001, ele se tornou diretor de operações e
assumiu este ano a presidência. Hoje, seu grande desafio é consolidar a nova
fase do Maksoud, basicamente focado no viajante de negócios, mas sem abrir mão
da excelência de serviços, que sempre foi a marca registrada do cinco estrelas.


NOVOS TEMPOS

  Nos últimos 35 anos,
o mundo mudou, o Brasil idem, as cadeias hoteleiras internacionais aqui se
instalaram e o conceito de luxo no setor, principalmente no universo
corporativo, também hoje é outro. “As pessoas não buscam o luxo pelo luxo. O
homem de negócios é prático, rápido e objetivo. Não quer champanhe gelada a
90º, mas um quarto confortável, com um bom banheiro e serviços muito eficientes”,
afirma. Como desde o início de sua história o hotel sempre realizou congressos,
hoje se solidificou como especialista em grandes eventos, especialmente os congressos
médicos. Há também uma fidelidade de clientes (70% dos hóspedes são executivos)
e do staff – 40% dos funcionários, por exemplo, trabalham há mais de dez anos
na casa. Os apartamentos oferecem room service dia e noite e têm sensor de
presença, ou seja, a camareira sabe quando o hóspede está ou não no quarto,
para preservar sua privacidade. “Se alguém quiser falar com o gerente geral à
meia-noite, ele fala. Sou barriga no balcão, atendo 24 horas e respondo
pessoalmente a todas as reclamações”, diz Henry Maksoud Neto. O tradicional
hotel também não cobra taxa de serviços na hospedagem, nem em seus
restaurantes.
 Por ser um empreendimento
familiar, sem os recursos das grandes redes internacionais, o Maksoud Plaza
precisou se adaptar às novas exigências do mercado, aos poucos, e a estratégia
adotada foram as reformas, que ali são constantes. “Não tenho dinheiro. Então,
o tempo todo preciso fazer melhorias”, conta. E uma das mudanças mais
importantes dos últimos anos foi a ampliação do heliponto, em 2011, o único homologado
na região da avenida Paulista, com capacidade de cinco toneladas, acesso
exclusivo ao hotel e que também pode ser utilizado pelos não hóspedes para
embarque e desembarque rápidos, mediante o pagamento de uma taxa.
  Não por acaso, o
clássico da hotelaria de São Paulo é considerado um dos espaços mais disputados
e funcionais para a realização de encontros corporativos de empresas e
associações de vários setores da economia. 
Tem uma área de 5 mil m² exclusiva para eventos, com 38 salas. O velho
teatro-auditório, onde tanta gente importante subiu ao seu palco, hoje é um
local de palestras, videoconferências e concertos do Cultura Artística. Para
eventos mais exclusivos, com um número restrito de participantes, os
empresários podem utilizar ainda o Skyline Lounge Club, no 22º andar, com uma
vista de São Paulo de perder o fôlego.

GASTRONOMIA, CULTURA
E ARTE



  O visionário Henry
Maksoud inaugurou o seu grande hotel, há mais de 30 anos, com o conceito que o
setor seguiria no século 21, ou seja, reuniu em um só espaço gastronomia de
alta qualidade, cultura, lazer e excelência de serviços. E os seus quatro
restaurantes até hoje funcionam a pleno vapor. O La Cuisine du Soleil, por
exemplo, serve um menu dos quatro continentes. O Café Brasserie Bela Vista – um
dos poucos 24 horas àquela época e tão frequentado pelos paulistanos – continua
com seu cardápio completo, dia e noite. Para a happy hour há o Batidas &
Petiscos Bar, com vasta carta de uísques e cachaças. E, por fim, o Amaryllis,
na entrada do hotel, é um dos bares mais movimentados – tanto para quem quer
trabalhar ou simplesmente tomar um café, acompanhado de um delicioso
brigadeiro, aliás, um dos clássicos da casa. E, por falar em tradição, o hotel
ainda serve o chá da tarde, como nos velhos e bons tempos.
 

Obra de arte no lobby, a marca registrada do hotel

Como Henry Maksoud,
além de empresário, era um grande apreciador de obras de arte, foi adquirindo
ao longo da vida um bom acervo, que pode ser visto ainda hoje por todo o hotel.
No lobby, há uma das maiores obras de concreto armada, assinada pela artista
plástica ítalo-brasileira Maria Bonomi. Com 4,2 metros de altura, ela surgiu de
um pedido do próprio Henry à artista, que a batizou de Arrozal de Benguet, uma referência às plantações de arroz das
Filipinas.  A ousada obra, que impactou a
crítica especializada e a própria hotelaria nos anos 1970, completa 35 anos
também em dezembro. O lobby ainda abriga outra mega escultura de alumínio, de
autoria do artista japonês Yutaka Toyota, pendendo do teto, do 22º andar até o
2º, iluminada naturalmente pela cobertura de vidro transparente, que até hoje é
a identidade desse lendário hotel, o trintão mais charmoso de São Paulo!

 CHÃO DE
ESTRELAS
A suíte presidencial Trianon, que hospedou grandes celebridades
O Maksoud Plaza entrou para a história do país ao receber
personalidades internacionais de grosso calibre. Por sua suíte presidencial
Trianon, cuja diária hoje está em cerca de R$ 10 mil, passaram Frank Sinatra, Rolling
Stones, Julio Iglesias, o ator Anthony Quinn, Sammy Davis
  Jr., a primeira ministra britânica Margaret
Thatcher, conhecida como Dama de Ferro, e o príncipe Albert de Mônaco, entre
tantas outras estrelas. A Bela Vista, por exemplo, com uma visão estonteante da
região da Paulista, era conhecida como “a suíte de ACM” por ser a preferida do
político baiano Antônio Carlos Magalhães. Aliás, o ano de 1981 foi glorioso
para o hotel por ter sido o palco dos quatro últimos shows de Sinatra no
Brasil.
Outro momento marcante aconteceu em 1992, quando Axl Rose,
vocalista da banda Guns N´Roses) atirou da janela de sua suíte uma cadeira por
sentir-se irritado com os jornalistas que o aguardavam do lado de fora. Em
1999, o hotel também serviu de cenário para a novela Torre de Babel, da Globo. Henry Maksoud Neto diz que  “sofre até hoje” por não ter conhecido
Sinatra, seu grande ídolo. “Tenho paixão por ele.” À época, ele tinha 5 anos de
idade.
Os tempos mudaram, o glamour ficou para trás, muitas dessas
estrelas que ali estiveram também já faleceram, mas o Maksoud continua sua
trajetória na hotelaria cinco estrelas. Maksoud Neto diz que quer reativar o
famoso teatro, mantendo uma programação constante. Por isso, busca peças que
estejam interessadas em se apresentar ali. O executivo afirma estar ainda a
procura de lojas temáticas que queiram se instalar nos amplos espaços do hotel.
 A vida no lendário
prédio da Alameda Campinas continua a pleno vapor!

O cantor Frank Sinatra, que fez seus últimos quatro shows no Brasil e se apresentou no hotel


Reportagem publicada na edição de outubro da Viagens S/A






MARCAS DO TEMPO

O Pocket Watch 3 Days Oro Rosso, edição limitada                                                      fotos Divulgação                                                    

 Os loucos por relógios
vão adorar. Depois de passar por Paris, Milão, Madri, Hong Kong e Cingapura, a
instalação 
The Face of the Timecriada pela Officine Panerai, chega a
São Paulo, em outubro, para mostrar as peças exclusivas da tradicional fabricante italiana de alta relojoaria. O Shopping JK Iguatemi, onde está também a boutique da marca, vai sediar a mostra da Panerai, que se destaca pela originalidade do design italiano
aliado a excelência da manufatura suíça, aliás, o melhor dos dois mundos. 
  Os visitantes terão oportunidade de conhecer modelos inéditos e peças
exclusivas, como o Pocket Watch 3 Days Oro Rosso, em ouro vermelho, de edição
limitada de apenas 50 unidades para todo o mundo; o Radiomir 1940 3 Days, que
faz parte da coleção histórica, ou o inusitado Luminor 1950 Chrono Monopulsante
Left-Handed 8 Days Titanio, uma versão inédita para canhotos. Tudo acompanhado
por um mestre relojoeiro!
 O nome da exibição remete ao design marcante das caixas e mostradores dos relógios Panerai, que os tornaram inconfundíveis no ranking das casas relojoeiras e que permanecem originais desde 1938. A marca tem uma estética elegante, que conjuga expressão de funcionalidade e simplicidade.
 

A instalação, que já rodou o mundo, chega a São Paulo em outubro

  O projeto da instalação é também uma obra de design. Nela, os visitantes percorrerão um circuito em uma descontraída imersão pela história da marca, por meio de imagens e da exibição de relógios de edições exclusivas, como os históricos Radiomir, de 1936, e Luminor, criado em 1950, ambos produzidos para a Marinha Real Italiana e mantidos em segredo militar por décadas. Só surgiram oficialmente no mercado no início dos anos 1990, tornando-se rapidamente ícones da alta relojoaria.

Relógios criados na década de 30
 

  Diferente de outras marcas da alta relojoaria, a Officine Panerai é italiana. Une o clássico design à refinada técnica da manufatura suíça – sua fábrica fica em Neuchâtel, na Suíça, onde a marca desenvolve e produz seus próprios calibres. Hoje, tem 64 boutiques no mundo, incluindo sua primeira e única no Brasil, inaugurada em julho de 2012, no Shopping JK Iguatemi, projetada em clássico estilo italiano e inspirada no universo náutico.


EXPOSIÇÃO: THE FACE OF TIME – OFFICINE PANERAI
Shopping JK Iguatemi – Piso Térreo
Av. Juscelino Kubitscheck, 2.041 – São Paulo
De 9 a 29 de outubro de 2014
De segunda a sábado, das 10h às 22h e domingo, das 14h às 20h
ENTRADA: gratuita
  

OS PRAZERES DA FRANÇA

   Unir arte, moda, design e gastronomia é uma das tendências
internacionais mais fortes, presente nos melhores hotéis do mundo e
agora também nas grandes lojas de departamento. A Galeries Lafayette, uma das
mais famosas da França e que reúne todos os elementos do savoir-vivre francês, acaba de estrear na Maison, seu prédio dedicado
à decoração e bem-estar, espaços voltados à gastronomia, aliás, uma arte que os
franceses dominam como poucos. O novo espaço foi batizado de Lafayette Maison et
Gourmet.
  Além de produtos para casa e bem-estar – maravilhosos, por
sinal – podemos encontrar neste templo de consumo, com cinco pisos, vinhos e
outras bebidas, uma mercearia e novos estandes com produtos gastronômicos para
degustação no local ou para viagem. Os gourmets vão, literalmente, enlouquecer.
Cada andar tem uma decoração específica, para atrair não
apenas o paladar, mas todos os sentidos. No subsolo, o projeto lembra uma
aldeia com seus açougues, casas de frios e mercearias, cujo conceito é L´Art de Faire son Marché (a arte de
fazer a sua feira).    Ao chegar ao térreo, apague da mente seus eventuais
conflitos com a balança. Sim, porque ali está a L´Árt de Déguster (a arte da degustação), que reúne alguns dos
melhores nomes da gastronomia étnica e francesa (olha que não são poucos),
assim como dos maiores chocolatiers.
Hummm!

ARTE E CULINÁRIA

  Gosta de cozinhar? Então, suba ao primeiro andar e conheça o
ambiente
L´Art de Cuisiner (a arte de
cozinhar), com uma cozinha móvel no piso exclusivo de vinhos e bebidas alcoólicas.
No segundo, você pode agendar uma aula com o estrelado chef Alain Ducasse e
também será instalado ali o espaço
L´Art
de Recevoir
(a arte de receber). No terceiro piso, focado em moda para a
casa, haverá o
L´Art de se Ressourcer
(a arte de relaxar). Aliás, algo estratégico imprescindível depois desse
verdadeiro tour pelo universo de grandes objetos de desejo. Afinal, ninguém é
de ferro!

TRÈS CHIC

Com 120 anos de tradição, a Galeries Lafayette foi
inaugurada em 1894 no Boulevard Haussmann. Hoje, é sinônimo de estilo parisiense
e de muita elegância à francesa. Primeira loja de departamentos da Europa, que
ocupa 70 mil m² em três edifícios, recebe atualmente cerca de 100 mil
visitantes por dia, sendo o segundo lugar mais visitado de Paris depois do
Museu do Louvre. Não por acaso seu slogan é La
ModeVit Plus Fort
(a moda vive mais forte).
Só para se ter uma leve ideia, dedica 15 mil m² à moda, com
3,5 mil marcas, das mais acessíveis às grifes mais desejadas do mundo fashion, como
Louis Vuitton, Chanel, Prada, Gucci, Burberry, Balenciaga, MiuMiu, M.A.C,
Lancôme, Dior e Sisley. A todos os clientes, oferece serviços sob medida de
alta qualidade, que inclui personal shoppers e atendentes que falam português.
Tem ainda salões privativos, entrega de compras no hotel e orientação no
serviço de reembolso de impostos (12%). É ou não para enlouquecer?