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   O clima é de muita tensão nos Estados Unidos e seus aliados. Um ataque suicida a bomba matou pelo menos 60 pessoas fora do aeroporto de Cabul e deixou dezenas de feridos, nesta quinta-feira (26), Ele está sendo atribuído ao grupo terrorista ISIS.

  As informações dão conta de que 11 fuzileiros navais dos EUA e um médico da Marinha estão entre as vítimas fatais. O Wall Street Journal diz que 60 pessoas morreram.

  São as primeiras vidas americanas perdidas desde o desastroso esforço de evacuação de Biden para o Afeganistão para retirar suas tropas, que começou em 14 de agosto. 

  O presidente Joe Biden ainda não se pronunciou publicamente sobre as mortes e não tem previsão de fazer qualquer tipo de declaração ou discurso. 

  Os republicanos, que já o estavam criticando por ter “dado às costas” aos cidadãos e ao país, agora dizem que “o sangue dos mortos está em suas mãos”.

  Houve duas explosões na área externa do aeroporto, onde milhares de pessoas aguardavam a chance de deixar o Afeganistão.

  O clima de terror já começou na madrugada, quando por volta das 3h30 (horário local) os EUA emitiram alerta aos seus cidadãos para não irem ao aeroporto, enquanto as multidões deveriam se dispersar diante de um “ataque iminente”.

  Cerca de 50 minutos depois, uma bomba foi detonada em frente ao Baron Hotel, próximo ao aeroporto, e que tem hospedado jornalistas ocidentais e servido como um posto intermediário de evacuação.

  Uma segunda bomba foi detonada em um ponto de acesso controlado pelos britânicos no aeroporto. O Talibã confirma que houve várias mortes e autoridades atribuem os atentados ao grupo terrorista ISIS-K.

   O Talibã condena os ataques terroristas e, por meio de seu porta-voz, diz que está prestando muita atenção à segurança. 

  As reuniões de Biden foram canceladas imediatamente após o ataque.

  Segundo o Daily Mail, Noruega, Polônia, Holanda e Canadá pararam de evacuar cidadãos. O Departamento de Estado está dizendo aos americanos presos no Afeganistão para ficarem em suas casas, enquanto a Grã-Bretanha pede aos cidadãos presos para fugir até a fronteira com o Paquistão, junto com milhares de refugiados afegãos.

  A crise do Afeganistão está se transformando em um pesadelo para os americanos e aliados. Os europeus estão furiosos com Joe Biden. Muitos opositores e militares também.

  O Talibã deu prazo máximo até 31 de agosto para que sejam evacuados todos os cidadãos de lá, com ameaças concretas.

  O grupo disse que haveria consequências, caso fosse estendido o prazo, já que ninguém mais teria permissão para sair.

  O primeiro-ministro britânico disse ainda que o Reino Unido continuará a conduzir transportes aéreos do país “até o último momento”.

   “A condição número um que estabelecemos é que eles tenham que garantir o caminho certo até 31 de agosto e passagem segura para aqueles que quiserem sair”, afirmou.

  Ele defende que os países do G7 têm “grande influência’ sobre o Talibã pelas ameaças de sanções comerciais e que o financiamento para o país só seria futuramente disponibilizado se atender às expectativas do Ocidente.

    Os franceses são incansáveis na luta por sua liberdade: neste fim de semana milhares de pessoas saíram às ruas contra o passaporte sanitário exigido pelo governo Macron. É a sexta semana consecutiva de marchas.

  Segundo o Ministério do Interior, cerca de 175 mil pessoas se manifestaram no sábado. No final de semana passado, foram 215 mil, aliás, a média de cidadãos que há mais de um mês exibem nas ruas o seu total descontentamento com a medida.

  Cerca de 200 manifestações ocorreram em Paris e em outras cidades do país. 

  E essas manifestações tendem a ganhar mais adesão visto que muitos franceses estão retornando das suas férias de verão nos próximos dias.

  Em outros países, há protestos semelhantes à medida que o controle sanitário está se tornando praticamente global.

   O ex-presidente Donald Trump fará neste sábado (21) o que seus apoiadores já estão chamando de ‘o maior comício pós-presidência’.

  O evento será na York Family Farms, em Cullman, no Alabama, a partir das 19h (horário local). Ele foi organizado pelo Partido Republicano do Estado, que sempre foi uma base eleitoral forte do ex-presidente.

  Segundo a TV a cabo Newsmax, “Trump vai expor o desastre do presidente Biden no Afeganistão”, com acusações contundentes. 

  A emissora transmitirá o comício ao vivo para cerca de 100 milhões de lares nos Estados Unidos.

  A expectativa dos organizadores é que 50 mil apoiadores de Trump deverão prestigiar o evento, que será ao ar livre por conta da pandemia de coronavírus.

  A crise no Afeganistão tem dado muita visibilidade a Trump, com aparições diárias na mídia.

  Enquanto isso, pesquisas apontam queda de 7 pontos percentuais na popularidade de Joe Biden, que tem sido criticado por democratas pela maneira como as tropas americanas deixaram o Afeganistão, entregando o país às mãos do Talibã.

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    Mais um desdobramento da crise do Afeganistão para o governo americano: os membros da resistência contra o Talibã no país fizeram um pedido urgente ao presidente Joe Biden:

  “Apoie a nossa luta ou arrisque o país se tornar uma base para ataques aos Estados Unidos”. 

  Eles pediram “armas e munições para continuar a luta contra o terrorismo internacional”, disse um dos líderes ao jornal Daily Mail. 

  E mandaram um enviado a Washington, que deve chegar na próxima semana. 

  Os rebeldes estão escondidos em um vale remoto do Afeganistão, com quatro helicópteros, centenas de caças e alguns veículos blindados.

  O movimento é liderado por Ahmad Massoud (foto), de 32 anos, filho de Ahmad Shah Masood, o mais respeitado de todos os combatentes da resistência afegã.

  Depois de liderar a luta contra a ocupação soviética na década de 1980 e de lutar contra a ascensão do Talibã, ele foi assassinado pela Al Qaeda dias antes dos ataques de 11 de setembro.

Agora seu filho está construindo uma nova rebelião no vale de Panjshir, cerca de 160 quilômetros ao norte da capital, Cabul.

  Eles esperam se unir a grupos menores em todo o país para enfrentar o Talebã.

    O índice de aprovação do presidente Joe Biden caiu 7 pontos percentuais e atingiu seu nível mais baixo (46%) desde que ele assumiu o cargo em janeiro de 2021.

   Os números são de uma pesquisa Reuters-Ipsos realizada na segunda-feira e estão diretamente relacionados com a queda do governo afegão e a retomada do poder pelo Talibã.

  A pesquisa realizada nacionalmente mostra que 46% dos adultos americanos aprovam o desempenho de Biden no cargo, o mais baixo registrado nas pesquisas semanais, iniciadas em janeiro. Na sexta-feira, esse índice era de 53%. 

  A popularidade de Biden despencou com a tomada do poder no Afeganistão pelo grupo extremista Telebã, que no último domingo chegou à capital Cabul, provocando uma fuga em massa de milhares de civis e aliados militares.

  A ação colocou um ponto final nos 20 anos de presença militar dos EUA, que custou cerca de US$ 1 trilhão dos contribuintes e milhares de vidas americanas. 

  Uma segunda pesquisa espontânea da Reuters-Ipsos, realizada também na segunda-feira, revelou que menos da metade dos americanos gostaram da maneira como Biden dirigiu os esforços militares e diplomáticos dos EUA no Afeganistão este ano.

  Ele foi classificado como o pior em relação aos outros três presidentes que comandaram a guerra mais longa dos Estados Unidos, diz a Reuters.

 

   O ex-presidente republicano dos EUA George Bush disse que ele e a ex-primeira dama Lara Bush sentem “profunda tristeza” pelos eventos que estão ocorrendo no Afeganistão.

  Ele afirmou ainda que ambos “sentem pesar pelo povo afegão que tanto sofreu e pelos americanos e aliados da Otan que tanto se sacrificaram”.

  Bush já havia criticado, em julho, a retirada planejada das tropas americanas e da OTAN no país. À época, ele alertou que os civis seriam deixados para serem “massacrados” pelo “brutal” Talibã e que mulheres e meninas enfrentariam “danos indiscritíveis”.

  Foi durante o seu governo, após o ataques de 11 de setembro ao World Trade Center, em Nova York, que foram enviadas tropas ao Afeganistão, na primeira investida americana contra os extremistas islâmicos.  

   Para Bush, as Forças Armadas dos EUA serão capazes de executar um plano eficaz de evacuação dos refugiados americanos e afegãos.