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Atualizado 01/03, às 18h27     


  A American Airlines vai suspender todos os voos para Milão até 24 de abril. A decisão foi tomada neste sábado (29), depois que o Departamento de Estado dos EUA elevou o nível de risco para a Itália por conta do coronavírus.

    A Delta Airlines também suspendeu seus voos para Milão neste domingo (01), inclusive o que já estava programado para esta segunda-feira.    


 O primeiro voo foi cancelado, no aeroporto JFK, em Nova York, neste sábado (29), quando os passageiros da American Airlines já começavam o embarque, surpreendendo a todos, segundo o jornal La Reppublica.


    Eles foram encaminhados pela companhia aérea americana a um hotel e embarcariam posteriormente pela Alitalia. Segundo relato de alguns passageiros, “a tripulação tem medo”.


     A Itália já tem mais de 1,5 mil infectados, 34 mortes e 83 pessoas recuperadas. As escolas da Lombardia (região com maior número de casos), Emilia Romagna e Veneto ficarão fechadas até dia 8 de março.


     O país, que recebe 56 milhões de turistas por ano, teme um colapso em sua economia. O fato é que 90% das viagens para a Lombardia foram canceladas por falta de demanda, situação que não deve se alterar a curto prazo. 


    Os Estados Unidos classificam a região no norte da Itália no  nível 4 (alerta máximo) e as demais no nível 3.

      Os Estados Unidos registram a primeira morte por coronavírus. A pessoa estava em Washington. O governador do estado, Jay Inslee, confirmou a notícia divulgada neste sábado (29). “É um dia triste”, disse.  


     Segundo a imprensa americana, o paciente era uma das duas pessoas que foram tratadas por doenças respiratórias graves e tiveram resultado positivo para o Codi-19. Não tinham histórico de viagem à China. O segundo paciente foi isolado. 


   Os EUA têm 62 casos diagnosticados, a maioria de pessoas repatriadas do navio Diamond Princess, em quarentena no Japão.


   “Não há motivo para pânico. Temos lidado com essa questão com muito profissionalismo”, disse o presidente Donald Trump. Admitiu, no entanto, que outros casos podem surgir. 


    Ele impôs restrições para viagens ao Itália, à Itália e à Coreia do Sul. Estuda também restringir a fronteira com o México, onde há três casos.


    Trump disse também que o governo americano já tem 25 milhões de máscaras para serem distribuídas à população em caso de necessidade. 

      Está com medo de viajar por conta da epidemia de coronavírus?  Você não é o único. Milhares de pessoas ao redor do mundo sentem o mesmo. Por isso, o mercado começa a se adaptar a essa situação.


   O Hurb, uma das pioneiras e maiores agências online do país, decidiu isentar todos os seus clientes de pagar qualquer custo ou taxa adicional, caso queiram cancelar ou uma alterar uma reserva para regiões mais críticas.


   A decisão foi tomada nesta sexta-feira (28) diante do crescimento do surto, preocupando clientes que estão com viagens marcadas para os próximos meses a destinos onde há casos confirmados da doença.

    “Sabemos como uma viagem é importante. Não queremos que esse momento seja envolto por preocupação e que o cliente se sinta pressionado a viajar mesmo com receio”, diz a diretora de operações, Karyna Accioly.

    Ela informou que a empresa está absorvendo todos os prejuízos com transporte aéreo, hospedagem e outros serviços terceirizados.


    “O ideal seria que todo o mercado de turismo adotasse essa postura, mas não temos autonomia nas empresas parceiras que realizam os serviços contratados”, afirma.


     Assim, o Hurb mobiliza todo o seu time de operações para que sejam possíveis realocações, alterações e cancelamento sem ônus para o cliente, acrescenta.


    Quem optar por mudar a data de sua reserva, há a possibilidade de alterações sem custos para check in a partir de agosto de 2020. 


   O cliente pode ainda transformar o valor da sua compra em créditos para compras no site ou ser reembolsado no cartão de crédito.


CONSUMIDOR
    Embora não exista uma regulamentação específica para esse tipo de situação, o Procon-SP diz que as empresas devem encontrar uma solução para beneficiar o consumidor.
   
     E aconselha os que não estiverem conseguindo a negociar com a empresa de viagens que procurem o Procon.


     O Hurb dá o exemplo!
  

     Nesta quarta-feira (26), o país registrou 400 casos de pessoas infectadas e 12 mortes. A maioria das vítimas fatais já apresentava problemas de saúde. Outros casos foram registrados na Aústria e na Croácia, países próximos à Itália.


    O governador da Lombardia, Attilio Fontana, optou por isolar-se depois que um de seus colaboradores muito próximos apresentou resultados positivos do Codi-19. Fontana não tem o vírus, mas tomou a medida por precaução. A região, no norte da Itália, é o epicentro do surto.  


    De uma hora para a outra, a rotina de 11 cidades da região virou do avesso. Elas foram colocadas em quarentena por no mínimo duas semanas, afetando a vida de cerca de 50 mil pessoas. 


     Oficiais do Exército italiano montam guarda nas saídas da chamada “zona vermelha”. As estradas estão desertas. Ninguém entra. Ninguém sai. Só se houver permissão. Quem tentar quebrar as regras, pode pegar até três meses de prisão, informa a agência Reuters.


     
  DEPUTADOS RECLUSOS  


  Os deputados do Parlamento Europeu, que visitaram recentemente as quatro regiões italianas consideradas de risco (Lombardia, Piemonte, Emilia Romagna e Vêneto) foram orientados para permanecer em quarentena por 14 dias.


 FAKE NEWS


    O Ministério Público investiga o áudio falso, divulgado no último sábado, alertando a população para estocar comida porque Milão entraria em quarentena.


    A notícia provocou corrida aos supermercados, que ficaram com prateleiras vazias. Segundo a imprensa italiana, quem espalhar fake news que perturbem a ordem pública corre o risco de ser preso por três meses.  
   

      O coronavírus está “viajando” o mundo, apesar dos esforços dos países em conter a propagação. Nesta sexta-feira (21), a Itália registrou a primeira morte causada pela doença. 


     É a segunda morte na Europa (a outra ocorreu na França). A vítima foi um senhor de 78 anos, que vivia em Pádua (foto), na região de Veneto, no norte do país.


     A Ansa (agência italiana de notícias) diz que há 15 casos confirmados de Covid-19 (nome do novo coronavírus) no norte da Lombardia e outros dois em Veneto.
   
     Por isso, 250 pessoas foram colocadas em quarentena obrigatória e dez cidades limítrofes foram isoladas, afetando 47,5 mil habitantes.


      Os 42 torneios esportivos das mais diversas modalidades foram cancelados neste fim de semana.


     O governo regional forçou o fechamento dos locais públicos, pedindo aos moradores que não deixem suas casas nas próximas horas. 


     Na Coreia do Sul, os diagnósticos aceleraram em apenas 24 horas e o país decretou estado de emergência. No país, morreram duas pessoas. 


     O que preocupa a Organização Mundial de Saúde (OMC) é o aumento das mortes no Irã (bem distante da China continental, o epicentro da doença). No Líbano, já surgiu um caso e em Israel, também. 


    O coronavírus já infectou mais de 75,5 mil pessoas ao redor do mundo, causando mais de 2 mil mortes.