O MUNDO ESTÁ DE OLHO NAS ELEIÇÕES 2018: MENOS BAIXARIA, POR FAVOR!

   

    Quem nessa reta final da campanha presidencial não está com os nervos à flor da pele e interagindo (contra ou a favor de um dos dois candidatos) nas redes sociais? Pois saiba que toda essa atenção não é um comportamento apenas dos brasileiros.


    Vários países acompanham atentamente os bastidores da nossa política, onde não falta adrenalina. Estive na Argentina na semana passada e a pergunta que mais me fizeram foi sobre as eleições e as inúmeras informações (muitas delas falsas) que estão sendo compartilhadas mundo afora.


   Um executivo interrompeu um almoço de negócios, em um hotel cinco estrelas, para saber se era mesmo verdade que Jair Bolsonaro iria perseguir e matar os gays brasileiros, além de fechar o cerco contra as mulheres.


   A temperatura subiu entre os participantes do almoço porque uns eram favoráveis a Bolsonaro e outros a Haddad. A conversa acabou em ideologia de gênero e criou-se um certo clima à mesa.


  Uma amiga, que estava em Mônaco, na Riviera Francesa, também me contou que o assunto recorrente no principado foram as eleições. Todos querendo saber se o Brasil será novamente uma ditadura e quem será o novo presidente do país. 


   Difícil explicar esse quadro para os estrangeiros. Eles estão lendo tantas notícias – algumas surreais –  que não sabem em quem acreditar. Se nós, que conhecemos tão bem este país, ficamos em dúvida, os gringos piram.

  Porém, os argentinos sabem exatamente o que estamos passando, porque viveram situação semelhante, embora nada se compare ao que vem acontecendo aqui nos últimos anos. A ex-presidente Cristina Kirchner está sendo investigada por corrupção e o atual presidente, Mauricio Macri (de centro direita), ainda não conseguiu colocar o país em ordem. Os argentinos enfrentam uma inflação de 42% ao ano. E o que é pior: o país continua polarizado entre os defensores de ambos. Ele foi eleito em 2015.

  O Brasil vive uma crise moral, econômica e política sem precedentes. Há inúmeros políticos na cadeia. A Lava-Jato é sucesso internacional por ter desvendado o maior processo de corrupção na história do capitalismo. E no último domingo, dia 21 de outubro, as ruas das principais cidades brasileiras foram tomadas por multidões vestidas de verde e amarelo em apoio a Bolsonaro.


  As mídias sociais mudaram completamente as regras do jogo e estão tendo um papel decisivo na corrida presidencial. Com a mesma velocidade com que se propaga uma notícia falsa, ela é desmentida. O que é verdade? O que é mentira? Ninguém sabe mais. E muitos estão entrando com processos criminais por calúnia e difamação. Nessa reta final, as acusações extrapolam a política e entram no campo pessoal. 


   Os destaques desta terça-feira, dia 23, foram as declarações de Fernando Haddad, do PT, de que o general Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, teria torturado o cantor Geraldo Azevedo durante a ditadura. Horas depois, descobriu-se que o general tinha apenas 16 anos na época. O cantor pediu desculpas ao general que, por sua vez, gravou um vídeo dizendo que vai processar os dois.


  No final da tarde, outra notícia mobilizou a internet: vazou um suposto vídeo do candidato ao governo de São Paulo, João Doria, em uma (também suposta) orgia com cinco mulheres. Doria gravou um vídeo ao lado da mulher, a artista plástica Bia Dória, desmentindo a informação.


   O Brasil precisa disso?
  
   É claro que não. Essa baixaria virtual e verbal atiça a curiosidade do mundo, provoca discussões inúteis entre as pessoas e expõe ainda mais as mazelas de um país movido ao ódio. 


  Os brasileiros devem expressar suas opiniões nas urnas – e não sair disparando fake news pelas mídias sociais, especialmente aquelas que tentam atingir as famílias e a honra das pessoas. E os candidatos também precisam ter em mente que todas suas declarações podem ser utilizadas de forma indevida. Então, pensem no peso de suas palavras. E falem com moderação.


 Não serão essas atitudes extremistas que irão virar o jogo. O Brasil que a gente quer é livre, leve, solto e mais bem educado!


#eleições2018 
        




  

MULHERES VIAJAM CADA VEZ MAIS SOZINHAS! PARA ONDE ELAS VÃO?

 

     Falta de companhia ou desejo de liberdade total? O fato é que viajar sozinha é uma tendência cada vez mais forte entre as mulheres ao redor do mundo. Pelo menos foi o que constatou a companhia Bristih Airways, que fez um estudo global sobre as viagens independentes.



  O gatilho para a realização da pesquisa foi dado pela própria tripulação da British, que observou um número cada vez maior de passageiras embarcando sozinhas. Daí, a empresa aérea quis descobrir as rotas mais procuradas por elas, aproveitando o estudo para traçar um perfil daquelas que preferem ficar em sua própria companhia por alguns dias.


  Foram avaliadas mulheres no Reino Unido, Estados Unidos, França, Índia, Alemanha, Itália, Brasil e China. Segundo o estudo, mais de 50% das brasileiras já viajaram  sozinhas e outras 56% pretendem fazer um roteiro sem acompanhante no prazo de um a seis meses. 


  Mas, por que essa tendência ganha cada vez mais força? Mais de 60% das brasileiras preferem viajar sozinhas pela independência e liberdade de montar o próprio roteiro. Outras 50% apostam na possibilidade de conhecer novas pessoas e ter experiências únicas. 


  A pesquisa revelou outros dados interessantes: as mais aventureiras do mundo são as italianas: 63% das mulheres, entre 18 e 65 anos, já exploraram outro país. As alemãs aparecem em 2º lugar (60%). Já as americanas (16%) são as menos inclinadas a viajar a outro país sem companhia.


  Enquanto isso, as chinesas são as mais interessadas em viagens de longa distância: cerca de 50% delas já voaram mais de 11 horas para curtir uma experiência internacional. Na China, mais mulheres do que homens viajaram mais de 10 vezes sozinhas ao exterior. Já entre as brasileiras esse número cai para 14%. 


PARA ONDE ELAS VÃO? 

 

  A pesquisa revelou ainda que 67% das mulheres que viajam sozinhas preferem o seu próprio país. Já as indianas são as que mais circulam entre os continentes: 37% viajam sozinhas para a Europa e 33% exploram os Emirados Árabes e o Oriente Médio. As brasileiras preferem a América Central e América do Sul (46%); Estados Unidos e Canadá (42%) e Europa (36%).


  Dubai, Emirados Árabes e Oriente Médio são os destinos menos explorados por mulheres que viajam sem acompanhantes (cerca de 10%). As brasileiras não arriscam voos solos no Sudeste Asiático, Ásia Oriental, África e África do Sul.  


NEM TUDO É O QUE PARECE NAS MÍDIAS SOCIAIS: CUIDADO COM A ILUSÃO!

     Quem trabalha com comunicação, sabe: a fase está difícil, uma verdadeira bagunça. As chamas da fogueira das vaidades, que sempre existiram, agora são compartilhadas em tempo real. As notícias falsas crescem feito ervas daninhas. O que é verdade? O que é mentira? Essa imagem é real? Hoje, jornalistas e formadores de opinião gastam muito mais tempo checando o que é fake do que produzindo news.


  As mídias sociais deram poder e voz a milhares de “especialistas”, que entendem de tudo e tudo comentam, sem a mínima noção de como as palavras têm poder. Sim, poder de construir, de destruir, de desinformar, de causar intrigas, de provocar rompimentos. As palavras impressas são eternas. E hoje existem os sites de busca que perpetuam a sua vida pessoal e profissional online.


 É a era do ódio, da divisão, do plágio, da inveja e do selfie (eu). Estamos todos expostos a um tribunal virtual que trabalha 24 horas, incansavelmente. Tudo é motivo de polêmica, de debates, de xingamentos, de palavras duras… Que chato é este mundo opinativo e tão compartilhado!


  O curioso é que as redes sociais surgiram com o propósito de unir as pessoas, facilitando a comunicação entre elas. Agora, o efeito é o inverso. Além de exterminarem com a conversação olho no olho – membros de uma família se comunicam por whatsapp em suas próprias casas – elas provocam brigas, solidão, disputas, cobiça, rompimentos e um volume gigantesco de informações totalmente desnecessárias.


   Já perceberam que passamos o dia inteiro lendo bobagens pelo celular? E quanto mais bizarra a pseudo notícia, mais ela viraliza, atingindo milhares de visualizações? Mas, não conseguimos deixar de ler. E o que é pior: as besteiras se multiplicam à velocidade da luz nos grupos da web. Estamos ficando cada vez mais desinformados, desequilibrados e iludidos.


  A vida tipo conto de fadas do Instagram trouxe a ideia de que você pode ser famoso sem muito esforço. Basta ter milhares de seguidores, que receberá convites para shows, restaurantes, eventos ou testará produtos. E quem não tem, compra-os para mostrar ao mercado que é um influencer (a palavra da moda). É um universo fútil, um mundo de fantasias muito perigoso. Não se trata da informação real. A pessoa está ganhando para divulgar aquele produto.


  Essa superficialidade faz com que muita gente se esqueça de que é preciso ter conteúdo para ser um formador de opinião, ou um influenciador. É preciso ter cultura, bagagem pessoal, ou seja, estudos e experiência para ser reconhecido. Ninguém fica famoso por mostrar seu rostinho, ou corpo malhado, na internet. E, caso fique, essa fama sem nenhuma base passa tão rápido quanto a velocidade de um post na sua timeline.


  Na vida real (muito diferente da virtual), as pessoas querem ter exemplos interessantes, aprender com quem sabe mais do que elas; querem saber quais foram os trabalhos mais relevantes daquele que faz sucesso no instagram. O que ele fez para conquistar fama, prestígio, reconhecimento? Qual o seu legado? Não dá para escrever os capítulos de sua história com base na história do outro.


  Nem sempre os seus méritos terão muitos likes ou suas conquistas serão compartilhadas. O dia a dia não tem aquele pôr do sol fantástico do instagram nem o mar azul turquesa das Ilhas Maldivas. O seu relacionamento também pode não traduzir as declarações de amor virtuais que você posta constantemente… afinal, casais realmente felizes não se expõem. Então, por que mentir, manipulando fotos, vídeos e seguidores?


 Aquele que tenta copiar a vida do outro, sem ter feito o mínimo esforço para conseguir tudo o que ele conquistou, pode criar um perfil nas redes sociais, comprar ou ganhar milhares de seguidores, que nada vai acontecer. Não há sustentação. O que é falso, insignificante, não se estabelece. No mundo dos negócios, no cotidiano não virtual, a palavra credibilidade ainda é uma senha poderosa. E precisamos, sim, de algum talento para nos sobressair…


  Esses são os tempos em que vivemos. A tecnologia modificou tudo, principalmente as nossas vidas e valores. Então, muitas vezes a gente se pergunta: como transitar nessa fogueira de vaidades sem se chamuscar? Como ser verdadeiro em um universo tão fútil e, muitas vezes, bizarro?


 Cada um encontra a sua fórmula. O importante é lidar com a sua própria verdade. Seja o que você é em essência e não o que gostaria de ser. Não cobice o trabalho ou a posição do outro, não seja camuflado na vida real e muito menos na virtual. Jogue limpo com as pessoas do seu círculo de convivência. Seja ético. O fake tem vida curta! As pessoas percebem. Podem não comentar nada, mas sabem com quem estão lidando. E, em vez de admiração, você perde o respeito. 

  Se você, realmente, tem algo importante para compartilhar, siga adiante. Se faz um trabalho interessante, divulgue-o o máximo que puder. Caso contrário, não caia na ilusão de acreditar que os seus perfis nas redes sociais, que as suas fotos na praia, no restaurante ou nos eventos sociais vão alavancar a sua vida pessoal ou a sua carreira.


  Ao contrário, elas apenas mostrarão o quanto você está precisando cuidar de sua autoestima. É melhor procurar um terapeuta antes do próximo post! 
   

SÃO PAULO TERÁ ‘RESTAURANTE SEM COMIDA’. VEM CONHECER!

  Dá para imaginar um restaurante sem comida? Pois essa experiência poderá ser vivida nesta quinta (30 de agosto) e na sexta (31) em São Paulo. E olha que, além de inusitada, a causa é nobre.


 Calma que a gente explica. Vai funcionar assim: você traz as sobras de comida da sua geladeira e o chef David Hertz prepara pratos deliciosos e criativos…


  A história toda faz parte de uma campanha para estimular e conscientizar a população sobre o desperdício de alimentos. A iniciativa é da Hellmann´s, em parceria com o Programa Mundial de Alimentos da ONU, o Fruta Imperfeita e o Instituto Flor Gentil.


  Segundo a ONU, o Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo. E essa ação criativa da marca contra o desperdício foi planejada depois dos resultados de uma pesquisa global feita pela Unilever sobre o tema.


  Nela, 61% dos brasileiros assumem descartar alimentos em perfeito estado. Entre os mais desperdiçados estão os perecíveis: saladas (74%), vegetais (73%) e frutas (73%).


 O Restaurante sem Comida vai funcionar durante dois dias. A entrada? Sobras de comida. Para participar, basta entrar no site e se cadastrar.

  As 50 melhores respostas à frase “Qual a sua receita secreta com  Hellmann´s para evitar o desperdício de alimentos em sua casa?” receberão, em casa, uma bolsa personalizada, que deverá ser utilizada para levar os alimentos até o restaurante.


  A outra novidade é que no lugar da conta, os participantes vão receber a receita que o chef usou, evitando que a comida fosse parar no lixo. E muitas vezes a gente pode aproveitar 100% do alimento, incluindo cascas, talos e folhas das frutas e vegetais com grande valor nutritivo. Basta uma pitadinha de inspiração.


 CONSUMO CONSCIENTE


  Os outros parceiros da campanha também fazem um trabalho muito interessante: o Fruta Imperfeita tem serviço de delivery de cestas de frutas e legumes imperfeitos, no formato ou na cor, mas todos saborosos e frescos. 
 Você pode receber em casa os alimentos por um custo até 30% menor em relação ao preço regular. E em dois anos, a empresa já vendeu mais de 500 toneladas de alimentos com aparência imperfeita. Hoje, são entregues cerca de 1,5 mil cestas por semana. 


  Já o Instituto Flor Gentil recebe as flores que seriam jogadas fora e as utiliza em novos arranjos que enfeitam casas de repouso, instituições assistenciais e de pessoas de baixa renda. O trabalho é realizado com a mão de obra de 3,2 mil simpatizantes ao projeto. Desde 2010 já foram entregues mais de 95 mil arranjos.


  São pequenas atitudes que fazem toda a diferença nesse mundo tão desigual!


SERVIÇO

RESTAURANTE SEM COMIDA
Rua Surubim, 159 – SP
#comidatemvalor, @hellmannsbr




ANIMADO COM A COPA OU DESANIMADO COM O BRASIL?

   Dizem que os brasileiros não estão nem aí com a Copa, que começa nesta quinta-feira, 14 de junho, na Rússia. Dizem também que o futebol “não é mais o ópio do povo” e que hoje há outras pautas mais urgentes na agenda mental da nação. Será? Tenho lá as minhas dúvidas. Aliás, tenho certeza de que a história não é bem assim.


  O brasileiro continua adorando futebol, sim. E, em tempos de Copa do Mundo exerce como nunca o seu “patriotismo”: não sente vergonha de hastear a bandeira na janela, pinta as ruas de verde e amarelo, vai trabalhar com a camisa da seleção brasileira… Como torcedor, parece estar liberado para defender a pátria. Futebol não tem partido, certo? E a Copa é uma grande jogada de marketing em tempos de vacas magras!


  Esse eventual “desânimo” não está relacionado à atual crise moral, política e econômica que tomou conta do país e sem previsão de ser vencida a curto prazo. Tem muito mais a ver com a vergonha internacional que foi a derrota para a Alemanha no quintal de casa, em 2014. Quem consegue esquecer aquela goleada histórica?


  O torcedor se sentiu “traído” e a dor da traição custa a ser superada. Ela se torna uma chaga no coração. É com esse sentimento – o de parceiro traído, enganado, iludido – que muitos brasileiros aguardam a estreia do maior campeonato de futebol do mundo. Muitos também sentem medo de serem traídos outra vez.


   Mas, espera até a seleção começar a jogar, fazer gols e eventualmente ganhar a partida que o orgulho nacional vai brotar das fontes murmurantes e os festeiros sairão às ruas para comemorar – vestidos de verde e amarelo e sem medo de serem chamados de “coxinhas”.


   A parcela mais consciente da população sabe que não há motivo algum para sentir orgulho deste país, nem mesmo no esporte, porque a grande perda não foram os 7 x1 contra a Alemanha. E ainda estamos muito longe, enquanto Nação, de vencer a nossa mais difícil partida: o jogo contra corrupção.


  Não se iluda, torcedor. Enquanto você estiver nos bares ou na casa de amigos assistindo aos jogos da Copa, os bandidos dos times nacionais mais diversos também continuarão em campo – e em diversas posições.


  Alguns desviando dinheiro em contratos super faturados; outros tentando obstruir a Justiça (especialmente a Lava-Jato e os juízes de primeira instância) para sair da cadeia; e outros ainda sendo soltos por alguns ministros da mais alta Corte… enquanto a galera grita gol vestida de verde e amarelo.


  Nada contra torcer para a seleção na Copa – faz parte das raízes nacionais. Mas, a nossa grande torcida deve ser para recuperarmos a dignidade moral que nos foi roubada de forma tão descarada.


  É manter um olho grudado na TV e o outro no noticiário político e no desenrolar dos processos contra a corrupção. É vestir verde e amarelo sempre que precisar defender o país de interesses escusos e de políticos que legislam somente em causa própria.


  A nossa mais difícil partida não será disputada na Rússia, galera!


   


   

O QUE LEVA UMA MULHER A CAIR NO GOLPE DO AMOR ONLINE?

   Sexta-feira, 4 de maio de 2018: ouço logo cedo no rádio que a polícia de São Paulo havia deflagrado a Operação Don Juan, com 11 mandados de prisão contra nigerianos e duas brasileiras, que aplicavam golpes contra as mulheres na internet. O assunto foi destaque durante o dia em algumas emissoras de TV.


    Nem precisei acompanhar o noticiário para conhecer profundamente os detalhes da atuação dessa quadrilha, que ganha milhões de dólares (e de reais) abordando mulheres nas redes sociais e sites de relacionamento no mundo inteiro. As brasileiras estão entre os seus maiores alvos. E muitas já perderam um bom dinheiro!  


   Desde 2011 investigo esses casos e interagi com muitos, que se passam por viúvos ricos e solitários, militares, pais de filhos criados sem mãe e, por isso, estão dispostos a largar tudo para viver uma “nova história” ao lado da “alma gêmea” que acabaram de “pescar” na rede. A maioria me pediu dinheiro. Alguns mais, outros menos. Mas, todos foram devidamente desmascarados e alguns até mesmo denunciados à polícia.   


    Esse trabalho começou em 2011. Nem havia ainda os sites de relacionamento ou aplicativos de namoro, como o Tinder. Com o avanço da tecnologia, a popularização dos smartphones, chamadas de vídeo e dos aplicativos de namoro, o caminho foi aberto para os estelionatários, que agem em equipe e passam praticamente 24 horas online, revezando-se em turnos.


  De início, tinham mais dificuldade em conversar com as brasileiras pela barreira da língua (a maioria deles fala inglês). Mas, com os tradutores online, a operação ficou bem mais fácil.


  Para completar, vieram para cá imigrantes da África e de outros países que dominam bem o inglês e outros idiomas. Como aprenderam o português, alguns viraram intérpretes dos demais membros da quadrilha espalhados pelo mundo.  


    Fiz aqui no blog vários posts, alertando as mulheres para não acreditarem nas falsas promessas de casamento, nas mensagens românticas (passam as mesmas para todas), nas poesias copiadas de livros e na lábia destes homens, que já ganharam muito dinheiro com o golpe. Um deles me contou que não iria desistir até que conseguisse seu primeiro milhão de dólares.

O viúvo britânico, que se apresentava como alto executivo em perfil falso do Facebook



  O post Cuidado com o golpe dos viúvos na internet, publicado em 2015, é até hoje o mais lido do blog. Nele, conto em detalhes como esses homens atuam, com base em um caso verídico sobre um “viúvo britânico” que me pediu dinheiro.  


    Eles fazem um estudo detalhado das vítimas por meio de seus perfis na internet e o seu alvo predileto são as mulheres mais velhas, que trabalham, morem em casa própria e tenham certa estabilidade financeira. São hábeis farejadores de carência. Ou seja: se percebem que ela está há muito tempo sozinha, ou se diz em busca de um parceiro, o ataque é inevitável.


Eles estão em busca de um grande amor – e do seu dinheiro


  Usam vários perfis falsos no Facebook e até no Linkedin. Nos sites de relacionamento, muitos colocam em seus perfis que moram em cidades brasileiras, embora não falem sequer uma palavra em português.


  A maioria se apresenta como militares em postos de alto comando do Exército americano, ou em bases dos EUA no Oriente Médio, e também como executivos, especialmente na área de petróleo. 

 

Fotos do perfil do falso militar, que se apresentou como Mark John




  Todos contam histórias trágicas de vida – perderam as esposas em acidentes ou vítimas de câncer, ficaram com filhos para criar e dizem ser muito religiosos. São tão ousados que roubam as fotos verdadeiras desses militares ou altos executivos com suas famílias e as colocam em seus perfis fake. Eu conversei durante duas semanas com um falso militar. Leia os detalhes dessa história aqui


    Fiquei feliz com a prisão de alguns membros, isso pode dar uma intimidada na quadrilha. Mesmo porque eles usaram as fotos de um general do Exército dos EUA para criar perfis falsos nas mídias sociais e o FBI procurava o tal nigeriano, que estava agindo no Brasil.


  Eu cheguei a conversar com um americano, que se dizia do alto comando do Exército e procurava uma esposa aqui. Ele dizia estar em uma missão militar na Síria. Fingindo acreditar na sua história, mantivemos contato por 2 semanas, até ele contar que havia mandado todos os seus pertences para o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, mas a carga só podia ser liberada mediante o pagamento de uma taxa – cerca de US$ 3 mil, que eu deveria bancar, é claro!  


    É triste saber que, apesar de tantas informações disponíveis, seja na internet ou em várias reportagens nas TVs, as mulheres (muitas delas maduras e inteligentes) continuam caindo na conversa desses homens, que têm um comportamento absolutamente previsível e muito parecido. Basta ficar atenta! 




7 dicas para não cair no golpe dos apaixonados online    
  Soube hoje que uma das vítimas vendeu um apartamento e depositou R$ 600 mil na conta de um destes estelionatários. O que leva uma mulher a confiar cegamente em uma pessoa que só viu por meio de fotos falsas ou com a qual apenas conversa na internet? Sim, porque uma das primeiras promessas é que ele chegará aqui, eles se casarão e serão felizes para sempre em uma bela casa.


  O que leva uma mulher a acreditar que um homem bem sucedido vai largar tudo para manter um romance com ela num país estrangeiro, sendo que ele pode ter a mulher que quiser em seu próprio país? Mulheres, não há paixão à primeira vista na internet. E príncipes encantados não existem – nem mesmo na vida real!


  
  

STARBUCKS FECHA LOJAS PARA TREINAMENTO CONTRA O PRECONCEITO RACIAL

  A rede Starbucks anunciou que vai fechar 8 mil de suas lojas próprias nos Estados Unidos por uma tarde para fazer um treinamento aos funcionários sobre preconceito racial. A ação será no dia 29 de maio de 2018 para cerca de 175 mil trabalhadores.


   A decisão foi tomada depois da prisão de dois homens negros que esperavam por um amigo em um café Starbucks da Filadélfia, na semana passada. O gerente da loja ligou para a polícia, alegando que eles se recusaram a consumir.


   A polícia pediu que os dois se retirassem do local, mas eles se negaram e foram algemados. Os vídeos gravados pelos celulares dos clientes viralizaram na internet. O caso, com repercussão mundial, gerou protestos e pedidos de boicote à loja, acusada de discriminação racial. 


     “Passei os últimos dias na Filadélfia com minha equipe de liderança ouvindo a comunidade, analisando o que fizemos de errado e os passos que precisamos dar para consertar isso”, disse Kevin Johnson, CEO da Starbucks. Antes de anunciar a medida, o executivo também já havia pedido desculpas publicamente pelo episódio.


  Sim, racismo é crime!

MENTIRAS: O LADO CRUEL DA ERA DIGITAL ONDE NEM TUDO É O QUE PARECE!

 

  O que é verdade? O que é mentira? O que é real? E o que é virtual? Passei a última semana pensando sobre isso, porque parece não existir mais linha divisória entre essas questões. Está tudo junto, misturado e confuso!

 Muitas pessoas estão se perdendo ou fazendo com que outras se percam nos labirintos dos perfis falsos na internet e do consumo desenfreado de informações superficiais; outras bizarras. Tem gente ainda que mostra na rede uma vida que não condiz com sua própria realidade, tentando ser o que jamais foi.   


  As fotos do instagram não refletem necessariamente o mundo real. Aplicativos fazem incríveis maquiagens, mudam a cor dos seus olhos, do cabelo, o tamanho da boca (hoje aparecem enormes) com um simples toque. O photoshop define as medidas do corpo. Afina daqui, aumenta dali… e surgem as belas personagens (aliás, todas muito parecidas).


  Outros apps colocam a pessoa em cenários que ela só conhece de fotos. Basta fazer um recorte na imagem original, escolher o fundo preferido e pronto: em poucos segundos estará no alto da Torre Eiffel, em Paris, no topo de algum edifício de Nova York ou em uma praia paradisíaca das ilhas Maldivas, no meio do Pacífico – com direito a muitas curtidas e comentários.


     Só que tem um detalhe: ninguém consegue ser o que não é, ou o que não se preparou para ser. As mentiras até podem surtir algum efeito, trazendo uma certa fama, mas elas não se sustentam. Aliás, tudo o que é ilusório dura pouco, principalmente nas mídias sociais.


 

O jovem que ‘criou’ um falso restaurante em Londres

   Um caso recente mostra que “brincadeirinhas” virtuais são perigosas. No final de 2017, o britânico Oobah Butler, um rapaz de 26 anos e que colabora com um site,  inventou um restaurante em Londres, conseguiu registrá-lo no site de viagens TripAdvisor, usando apenas um celular, uma página da web e avaliações falsas enviadas por seus amigos.

A página do restaurante na web, a casa e as fotos de pratos reais e as publicadas



  As imagens do lugar eram da casa onde ele morava e os pratos de comida foram fotografados pelo próprio. Em pouco mais de quatro meses, o suposto The Shed at Dulwich (endereço tipo secreto que só atendia mediante reservas) era o restaurante número 1 no ranking do site. Os pedidos de reserva começaram a bombar. Críticos gastronômicos queriam conhecer a casa. Ele chegou até a vender comida congelada, improvisando jantares no jardim.


  Mas, a farsa acabou descoberta e o TripAdvisor eliminou o link. Só que ficou o alerta para os usuários e também para o mercado: o maior site de viagens do mundo, que oferece certificado de excelências, também pode ser facilmente fraudado.  

As fotos analisadas por especialistas mostram as evidências de manipulação nas imagens


  Em julho de 2017, uma blogueira de viagens, muito popular no instragam, foi acusada por alguns dos seus seguidores de estar manipulando as fotos dos destinos que postava ao redor do mundo.     
   O caso foi contado pelo jornal britânico The Times, que analisou várias fotos postadas por Amelia Liana, nos Estados Unidos e até na Índia. 

Na imagem real do skyline, a Torre da Liberdade

  Uma que mais chamou a atenção dos especialistas em fotos convidados pelo jornal foi a que ela admirava o skyline de Nova York. Na imagem, não aparecia o One World Trade Centre (a antiga Torre da Liberdade), que foi concluída em 2013 e, portanto, deveria estar na paisagem.


  No palácio Taj Mahal, na Índia, eles também estranharam os pássaros no céu, a sombra interrompida da blogueira andando ao redor da piscina e a falta de pessoas na foto em uma das atrações mais concorridas do país.   
  
   No dia seguinte à reportagem, a blogueira desmentiu as acusações em sua própria conta do instagram, mas tirou a foto do feed. 


  Nesta sexta, dia 9, li na mídia a história de uma outra blogueira americana que se prejudicou para aparecer no instagram em lugares luxuosos e restaurantes finos, mostrando um lifestyle que não era o seu.


  Ela conquistou 27 mil seguidores, mas também uma dívida de US$ 32 mil (mais de R$ 90 mil). No final, desativou as contas nas mídias sociais e precisou viver uma vida real para pagar suas contas. 


   Como diz o dito popular, o que vem fácil, vai fácil. Uma regra que está virando rotina nestes tempos de posts fake viralizados nas mídias sociais! Nada é o que parece na internet. Então, seja você mesmo e preserve o seu conteúdo, porque esse castelo virtual da fama é de areia!


    

META A COLHER EM BRIGA DE MARIDO E MULHER. QUER SABER COMO?

    Em briga de marido e mulher deve-se meter a colher? Diz o dito popular que não, mas para o Magazine Luiza, uma das maiores plataformas de varejo do Brasil, a resposta é SIM.


   Por isso, a partir desta quinta-feira, 8 de março, dia internacional da mulher, o Magalu vai vender em suas 860 lojas físicas e no site uma colher especial, com a seguinte frase:

“Em briga de marido e mulher, tem que meter a colher, sim. Ligue 180 e denuncie.”

   Cada colher vai custar R$ 1,80, em referência ao número de denúncias contra a violência de mulheres (o Ligue 180). No final, o dinheiro arrecadado será doado a entidades em defesa da mulher.


  Uma delas é o Instituto Patrícia Galvão, organização social que desde 2001 atua contra esse tipo de violência.


  A outra é a rede colaborativa Mete a Colher, que funciona por meio de um aplicativo, que conecta as vítimas da violência como forma de oferecer apoio.


  Há oito meses, o #Magalu lançou para suas mais de 11 mil funcionárias o Canal da Mulher, sistema de denúncia, monitorado diretamente por Luiza Trajano, a empresária brasileira que comanda a rede varejista.


   Iniciativa mais que bem-vinda. Em 2017, o Brasil registrou 4.473 assassinatos de mulheres. Sabe o que isso significa? Uma mulher morta a cada duas horas no país. Parabéns Luiza Trajano, cada um fazendo a sua parte! Este blog adorou a campanha!


#diainternacionaldamulher, #magalu
  



FAKE NEWS: VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL. NÃO COLABORE COM A MENTIRA!

   É indiscutível a força que as chamadas “fake news” (notícias falsas) ganham nas mídias sociais, especialmente na atual fase do Brasil, um país polarizado, em que muitos não têm o hábito de ler o texto e checar a fonte. E compartilham as postagens impulsivamente, apenas pelo título – feito exatamente com este objetivo. Ou seja: viralizar!


  O mais complicado é que os internautas as publicam em vários grupos com milhares de seguidores e centenas de pessoas comentam, mesmo sabendo que a notícia é falsa. Os comentários vão interagir com outras centenas de usuários. A intenção de alerta é louvável, porém abastece a rede de mentiras quando é compartilhada – seja em grupos contra ou a favor.


  Em poucos segundos, a história é dada como “real” e causa transtornos à vida do personagem envolvido maldosamente na postagem, além de incendiar os ânimos. Dessa artilharia virtual, poucos escapam – sejam presidentes da República, políticos, juízes, celebridades ou simples mortais. A rede é feroz! E a execução da vereadora carioca Marielle Franco mostrou o quanto essas notícias falsas provocam ruídos!


  No túnel escuro da Web, onde circulam milhões de informações por segundo, estão os “laboratórios” contratados para fazer esse trabalho sujo, que inferniza a vida dos outros. Ganham muito dinheiro com isso e, para eles, quanto mais ódio e polêmicas, melhor!


  Eles são chamados de Lado B, conforme mostrou uma recente reportagem do programa Fantástico, da Globo, que deu o passo a passo da notícia falsa, alertando como é fácil produzi-la. E eles são ousados: chegam até a remeter os links a sites internacionais, ou até mesmo de órgãos de imprensa, para dar mais credibilidade. Nem tudo que é internacional e está na internet é verdadeiro! Aliás, boa parte não é!


   Os internautas, mesmo sendo alertados continuamente sobre essa prática, continuam fazendo exatamente o que a turma do Lado B quer: dão audiência, visibilidade. Quando uma notícia falsa começa a viralizar na rede, os seus criadores fazem a festa em seus esconderijos virtuais! Não importa que seja desmentida depois. Sabem que o tempo de exibição foi suficiente para atingir o alvo. O importante para eles é “cair na rede”.


   Em um ano eleitoral (e com os graves problemas políticos e econômicos do Brasil), esses laboratórios de notícias falsas já estão trabalhando a todo vapor e a tendência é que intensifiquem a artilharia, já muito pesada. Quanto mais a política aquece, mas a fake news aparece.
  

    As mídias sociais tentam combater essa “praga”, que denigre o jornalismo sério e prejudica tanta gente. Facebook e Twitter estão cada vez mais atentos uma vez que a credibilidade deles também fica ameaçada e já enfrentam problemas nesse sentido.


  Apesar de investirem milhões em novas ferramentas de combate, elas não surtirão o efeito desejado se os usuários das plataformas não colaborarem. Afinal, quando você compartilha em sua página uma notícia falsa, vira uma espécie de co-autor do post, porque está de alguma forma dando importância e audiência.


   Assim, em vez de comentar ou brigar com o autor da postagem, incentivando o discurso de ódio, denuncie ao Facebook. É muito rápido e prático (as ferramentas estão à mão). Também denuncie a postagem ao administrador do grupo para que ele tome as providências, banindo o impostor. 


  Depois, apague a postagem de sua timeline e, se quiser, não precisa nem bloquear o autor. Apenas deixe de segui-lo para que ele não se alimente de sua rede e ganhe cada vez mais dinheiro às suas custas! 

   Pessoal, informação é coisa séria e a consciência do internauta, a melhor arma para ‘matar” a fake news. Não se deixe manipular pelos que fazem da mentira uma indústria!


   #fakenews, #facebook, #denúncia