O filme Sound of Freedom (Som da Liberdade), que estreia dia 21 de setembro no Brasil, deverá provocar aqui as mesmas discussões acaloradas que ocorrem em todo lugar em que é exibido. Muitos tentarão desacreditá-lo, dizendo que tudo não passa de teoria da conspiração.
Outros o taxarão de “cristão” (uma classificação que já aparece em várias reportagens no país), tentando associá-lo a religiões justamente para afastar o público que não gosta desse genêro. E outros tantos dirão ainda que é apenas uma obra de ficção de Hollywood, produzida com base em valores conservadores da “extrema-direita”.
Porém, o filme não se encaixa em nenhuma das alternativas anteriores. E tenho certeza de que milhares de brasileiros deixarão o cinema com o coração em frangalhos diante da realidade cruel exposta: o tráfico sexual e global infantil. A mais cruel e profunda chaga da civilização humana deste século 21.
Por isso, Sound of Freedom, que foi rejeitado pelos principais estúdios americanos, incomoda tanto. Ele mexe com uma indústria lucrativa – a da pedofilia, pornografia e tráfico infantil. Um mercado que movimentaria cerca de US$ 150 bilhões. E que envolve gente muito poderosa!
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Estima-se que mais de 6 milhões de crianças sejam hoje vítimas do tráfico humano, número que pode ser muito maior, porque muitos pais ou familiares nem registram esses desaparecimentos. Mesmo porque alguns deles seriam cúmplices.
Para onde elas são levadas? O que acontece com esses pequenos e jovens, que têm a infância roubada, literalmente? É um assunto corriqueiro no dia a dia de praticamente todos os países do planeta. Por que isso não desperta desconfiança entre os líderes mundiais? E por que ninguém faz nada?
O filme levanta algumas dessas importantes questões. E elas são todas reais.
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FUJA DA MANIPULAÇÃO
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O ex-agente federal Tim Ballard, que combate o tráfico infantil e inspirou o filme |
Então, é de fundamental importância que você assista ao filme, mas vá de olhos abertos, com a mente limpa e ouvidos fechados para o barulho que sempre é feito no intuito de esconder a verdade.
Nos Estados Unidos, bem antes de os jornais e sites atirarem pedras em Sound of Freedom, eles até jogaram alguma luz sobre o tema.
O trabalho do ex-agente federal americano Tim Ballard, cuja história real inspirou o filme, foi até elogiado por grandes emissoras de TV americanas.
Uma reportagem da CBS, exibida em 2014, parabenizou o trabalho de Ballard e sua ONG, a Operation Underground Railroad. Eles o enalteceram por ajudar as autoridade a desmantelar “uma grande rede de tráfico sexual na Colômbia, destino muito procurado por turistas em busca de sexo com meninos e meninas”.
À época, a matéria ressaltou os esforços da organização de Ballard em impedir os planos sinistros dos traficantes de crianças:
“A operação passou meses planejando alugar uma casa, equipá-la com câmeras escondidas para documentar o crime, coordenar com as autoridades colombianas e negociar com os traficantes”, dizia a reportagem.
Na ocasião, o jornalismo da CBS também informou que menos de 24 horas após o desembarque dos agentes, os supostos traficantes chegaram à ilha e o acordo final com a equipe secreta começou.
Segundo a reportagem, “no local, havia 54 meninos e meninas, entre 11 e 18 anos, que teriam sido levados para uma festa sexual. Ganharam doces e bebidas e foram orientados a esperar em uma pequena sala”.
Essa história foi contada pelo próprio Ballard, entre lágrimas:
“Lembro-me que um garotinho de 11 anos pediu a um dos meus agentes um pouco de cocaína. Ele disse: ‘Eles geralmente me dão algo para me entorpecer porque estou com muito medo”.
A operação teve êxito: a festa foi invadida por 25 agente especiais colombianos. Quatro homens e uma ex-rainha da beleza foram presos e acusados de tráfico de crianças, relatou a reportagem.
NOVO DISCURSO
O que mudou de 2014 para cá? Por que agora a grande mídia tenta neutralizar o sucesso do filme, que já arrecadou US$ 150 milhões até agosto último? Por que está sendo vinculado a teorias da conspiração?
O discurso de ódio também se estendeu ao ator Jim Caviezel – o mesmo de Paixao de Cristo, de Mel Gibson e que interpreta o ex-agente americano Ballard.
O fato é que grandes jornais e revistas se incomodaram com as entrevistas do ator, alertando que “crianças são roubadas e têm o seu sangue coletado”.
O jornal The Washington Post também publicou que “o filme joga com a teoria de que as elites globais estão sequestrando crianças, fazendo sexo com elas e colhendo o seu sangue”.
O próprio Ballard, em uma entrevista, afirmou que a colheita de sangue e órgãos é “muito real”, e publicou um vídeo mostrando uma operação na África Ocidental onde essa prática ocorreu.
Diante de tudo isso, é muito importante que você tire suas próprias conclusões e não deixe de assistir a esse importante filme.
Sound of Freedom apenas puxou o fio da meada. Ela é longa -e dolorosa!