Categoria: #destinos

      Você olhou para o céu nesta noite de sexta-feira (7)? É que já começa a despontar a Lua de Neve, cheia, brilhante e poderosa. 


       É assim chamada porque os nativos índios americanos batizavam as luas de acordo com as estações do Hemisfério Norte. Portanto, esta segunda lua cheia de 2020 é relacionada ao frio e à neve intensa.


     Estará visível da noite desta sexta até o domingo (9). Neste sábado (8), por volta da meia-noite, vai atingir o seu ponto mais brilhante.
         
     Segundo a NASA, esta lua cheia também é importante por outros motivos. Ela sinaliza o início das celebrações judaicas de Tu BiShvat, evento conhecido como Ano Novo das Árvores. 


    Representa também a primeira lua cheia do ano novo chinês e o dia em que geralmente acontece o festival das lanternas. E coincide ainda com um tradicional festival budista, no domingo (9).


     Grandes celebrações!


          

       A morte do médico Li Wenliang, um dos primeiros a alertar sobre o coronavírus, deixou os chineses furiosos e colocou o governo comunista da China no epicentro das discussões sobre a falta de liberdade de expressão.

      O médico, de 34 anos, mandou uma mensagem a seus ex-alunos, dia 30 de dezembro, avisando que pacientes estavam em quarentena no hospital de Wuhan, onde ele trabalhava. E acabou sendo repreendido pela polícia chinesa por divulgar “informações falsas”.


       Ele morreu na quinta-feira (6), vítima da doença, e virou um herói no país. A notícia foi o assunto mais lido no microblog chinês Weibo nesta sexta-feira (7), com mais de 1,5 bilhão de visualizações, diz o The Guardian.


     Segundo a BBC, os chineses expressaram sua revolta com as hashtags: “o governo de Wuhan deve um pedido de desculpas ao dr. Li Wenliang” e “queremos liberdade de expressão”.


    Muitos foram removidos do site, atendendo às exigências do governo que censura “conteúdo politicamente sensível”.
     
     A mãe do médico disse a um canal de notícias chinês que “ele tinha muito potencial e talento. Não era o tipo de pessoa que mentiria”.


    Ela também contou que não conseguiu se despedir do filho antes que fosse cremado. Disse também que o hospital mandou um carro para buscá-la junto com o pai “e enviaram o corpo para o crematório. “Nós não o vimos pela ultima vez”.


     O jornal People’s Daily, do governo, respondeu às críticas, dizendo que “a China entrou em um estágio crítico do trabalho de prevenção e controle de epidemias. O país precisa mais do que nunca de solidariedade para vencer em conjunto uma batalha que não pode perder.”

       A epidemia de coronavírus já afeta as viagens de navios. A Royal Caribbean, uma das maiores empresas de cruzeiros do mundo, informou estar cancelando oito rotas até o início de março.


    A operadora disse também que vai negar o embarque global para qualquer passageiro que tenha viajado para a China continental ou Hong Kong nos últimos 15 dias, informa a CNN.


     Mais de 3,6 mil pessoas estão a bordo de um navio de cruzeiro da Cathay Pacific, que atracou em Hong Kong na manhã de quinta-feira (5). Isso porque oito viajantes chineses, que estiveram no navio em uma viagem anterior, foram diagnosticados com o vírus.


     O jeito é ter paciência porque existem milhares de pessoas aguardando para serem examinadas pelas autoridades sanitárias do país asiático.

     Enquanto isso no Japão, o navio Diamond Princess permanece ancorado no porto de Yokohama, ao sul de Tóquio, desde terça-feira. Cerca de 20 passageiros tiveram teste positivo para o vírus. Existe ainda o temor de um grande surto a bordo, diz a CNN.


    Os transatlânticos podem se tornar focos de infecções virais. As viagens marítimas comerciais são caracterizadas pelo movimento de um grande número de pessoas em ambientes fechados e semi fechados. 


    Segundo os Centros para Controle de Doenças dos EUA, essas configurações podem facilitar a transmissão de vírus influenza e outros respiratórios de pessoa para pessoa por meio do contato com superfícies contaminadas.
 
AUMENTO DE CASOS
   O número de mortos e o de pessoas infectadas pelo coronavírus  continuam a crescer. Não há sinais de desaceleração do vírus, apesar dos métodos severos de quarentena e controle da população na China central.
    
   Na manhã desta quinta-feira, havia 28.256 casos confirmados no mundo, a grande maioria na China. Até agora já são 563 mortes, apenas duas delas fora do país.

      As restrições de viagens são realmente importantes para evitar o crescimento do coronavírus no mundo?


      O assunto começa a ganhar força depois que vários países fecharam suas fronteiras com a China, onde a doença surgiu em dezembro de 2019.      


      Os EUA e a Austrália informaram que vão negar a entrada de todos os estrangeiros que estiveram naquele país. Rússia, Japão, Paquistão, Cingapura e Itália tomaram atitudes semelhantes. E algumas das principais companhias aéreas do mundo cancelaram seus voos à China.

    Cidadãos americanos e residentes dos EUA, que retornam da província de Hubei, onde o surto começou, ficarão em quarentena por 14 dias.


    Já os que visitaram outros lugares da China poderão monitorar suas próprias condições por um período semelhante. O país tem 7 casos confirmados e outras 191 pessoas estão em observação.

     Especialistas globais de saúde se manifestam contra essas medidas. Eles entendem que as restrições de viagens podem ser prejudiciais, impedindo o compartilhamento de informações e afetando a economia.


    A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam feitos exames nas fronteiras. Isso porque o fechamento pode acelerar a propagação do vírus, com viajantes entrando em países não oficialmente.


BALANÇO MUNDIAL


   O boletim do Ministério da Saúde, atualizado neste sábado (1º) eleva de 12 para 16 os casos suspeitos em cinco estados do Brasil. Não há no momento nenhum caso confirmado e outros dez já foram descartados.


   O maior número de casos suspeitos foi registrado em São Paulo: oito pessoas estão sendo monitoradas.

    Enquanto isso no restante do mundo, oficialmente, o número de mortes provocadas pelo vírus é de 259. Todas ocorreram na China, a maioria na província de Hubei, origem da doença.
   
    Cerca de 12 mil casos foram confirmados, mas em torno de 100 deles ocorreram fora da China, uma proporção ainda pequena.


    Mas, a Universidade de Hong Kong estima que esses números podem ser bem maiores. Mais de 75 mil pessoas podem ter sido infectadas na cidade de Wuhan, acreditam os especialistas.


     De qualquer forma, o número de casos no mundo já supera o da epidemia semelhante (vírus Sars), que afetou vários países em 2003.


    Vale lembrar que a taxa de mortalidade do coronavírus é bem menor que a do Sars.


    Enquanto não há vacina e nem consenso, a prevenção é o melhor remédio! 



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mídias sociais
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Itália 
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emergência global
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       Os dois casos de coronavírus confirmados nesta quinta-feira (30) na Itália mudaram a rotina do Grand Hotel Palatino, um quatro estrelas, na Via Cavour, em Roma, próximo ao Coliseu.


     É que foi diagnosticada a doença em um casal chinês, que mora na província de Wuhan (o epicentro do vírus), e que estava na Itália de férias e hospedado naquele hotel.


    Eles chegaram no dia 23 de janeiro, em Milão, passaram por algumas cidades, como Parma, e depois seguiram para a capital italiana.


     Na noite de quinta-feira (30), os dois se sentiram mal e, diante dos sintomas (febre alta e tosse), foi acionado o serviço de emergência que os levou para um hospital de doenças infecciosas, o Spallanzani.  


   Eles estavam em Roma há menos de uma semana, onde passearam pelo centro histórico, museus e outros pontos turísticos. Os funcionários do hotel contam que os dois não circularam muito pelas dependências, uma vez que saíam cedo para os passeios e retornavam só à noite, mantendo-se no quarto.


     Marido e mulher, ambos teriam 67 e 66 anos, segundo a imprensa italiana. E acompanhavam mais um daqueles inúmeros grupos de chineses que diariamente visitam o país. Os demais turistas do grupo foram liberados após os procedimentos da vigilância sanitária.   


     Assim que o caso foi anunciado para a imprensa, um batalhão de jornalistas se deslocou para a porta do hotel, que tem cerca de 150 apartamentos e três restaurantes.


    As portas estão fechadas e o concierge não deixa a imprensa entrar. O quarto onde o casal se hospedou foi fechado para desinfecção pela vigilância sanitária.


    O primeiro ministro italiano, Giuseppe Conde, disse que todas as medidas preventivas estão sendo tomadas. Os voos para a China foram suspensos. 

   “Estamos vigilantes e cuidadosos. Não fomos pegos despreparados”, disse o premier.

         Quem vai viajar para à Itália, ou a qualquer outro país da Europa, deve tomar precauções, como usar máscaras, lavar as mãos e cobrir o rosto com lenço descartável em caso de espirro ou tosse, jogando-o depois no lixo. É bom colocar na bolsa álcool gel.


     O maior problema para os turistas, porém, será o de evitar multidões, algo praticamente impossível nas grandes atrações italianas, sempre abarrotadas de gente.

    

          O governo dos Estados Unidos publicou uma portaria notificando que, os brasileiros detidos pelo serviço de fronteira que tentam entrar no país pelo México, serão enviados de volta àquele país. 


     Segundo a BBC News Brasil, que teve acesso ao documento, a medida inclui os brasileiros no Protocolo de Proteção do Imigrante (MPP, em inglês).


     O objetivo é reduzir o número de imigrantes ilegais no país, uma uma das principais metas do governo Trump.


    Diz o documento que “o número de brasileiros que chegaram à fronteira sudoeste triplicou em 2019.”

     Dados recentes revelam que 17 mil brasileiros foram presos quando tentavam entrar nos EUA pela fronteira com o México no ano passado.     

     No sábado (25), um voo dos EUA com 100 brasileiros aterrissou em Belo Horizonte. Todos estavam em situação irregular e foram deportados. Muitos outros ainda serão.  

     Até então, os que eram pegos na fronteira podiam ser detidos para processo de deportação ou serem notificados para comparecer ao juizado de imigração, permanecendo nos EUA.


     Mas, a maioria ignorava e desaparecia (um comportamento bem típico dos brasileiros). O governo acredita que, com a nova medida, o fluxo de imigrantes seja reduzido radicalmente.
     
    A partir de agora, os flagrados em situação irregular voltam para o México enquanto aguardam os procedimentos da Justiça americana. Ou seja: se serão aceitos ou não seus pedidos de asilo. 


     Por ocasião da audiência, serão levados novamente ao ponto de entrada na fronteira e levados pelos americanos ao tribunal. Depois retornam ao México, um processo que pode levar meses. 


     Por outro lado, o México também está mais rígido com viajantes brasileiros. Muitos já são pegos na alfândega, ficando detidos em condições precárias até que seja providenciada a deportação.


      O governo americano também pediu ao Itamaraty que fosse mais rígido em relação à emissão de passaportes e no controle das fronteiras do Brasil.


      Em outras palavras: quem burlar as leis de imigração americanas, arcará com as consequências.


      O recado de Trump está dado!