NO TELHADO DE PARIS

 



  Se Paris é sempre uma festa, no verão fica ainda melhor. Além dos belos jardins, coloridos pelas flores; parques, museus, cafés e restaurantes movimentados, sempre surgem lugares para serem aproveitados especificamente nos meses de céu azul e mais sol na capital francesa.

   
    Um deles é o La Terrasse, a
charmosa área ao ar livre no 8º andar da Galeries Lafeyette Boulevard Haussmann, que ficará aberta até 15 de outubro. Agora, o local se transforma em um espaço gourmet, com
várias opções gastronômicas.

 



   Uma das novidades deste ano é o restaurante La Porte des
Indes
, que tem unidades em Londres, Dubai e Bruxelas, e é sinônimo de grife
da culinária indiana. O menu mescla a miscigenação das ex-colônias e
entrepostos de comércio franceses, de Cashemira a Puducherry, e custa a partir
de 14,90 euros. Um preço bem razoável.

    
 

Um dos pratos do La Porte des Indes, em Paris

   
 A norte-americana Bagel Corner leva seus pães macios em sete
variedades, com várias combinações de recheios. Para fechar com um toque
francês, nada melhor do que o Alto Café onde é possível tomar um espresso, que segue os preceitos dos
melhores baristas da cidade. Há ainda frapês, cappucinos e sorvetes (a partir
de 3 euros).

Depois desse belo cardápio, prepare todo o seu arsenal digital para registrar uma das melhores vistas panorâmicas e deguste a bela paisagem em um dos lounges a céu aberto mais aconchegantes da cidade!  


  E,
por falar em Paris, quer se sentir em casa? 
Uma boa opção de hospedagem é o
charmoso
Hotel Boutique Le Six,
localizado em River Gauche, na margem esquerda do rio Sena, bem pertinho dos
Jardins de Luxemburgo, entre o bairro dos Artistas de Montparnasse e Saint
German des Prés.

 

O hotel boutique, em River Gauche, que tem gerente brasileira                           fotos Divulgação


 Vencedor dos prêmios Tripadivor
Traveller´s Choice
e Tripadivisor
Certificado de Excelência
por quatro anos consecutivos, o hotel tem uma
gerente brasileira, que fica ali em tempo integral para dar toda a estrutura aos
hóspedes.
   Instalado em um imóvel de 1875, totalmente repaginado, o Le Six, com
apenas 41 quartos e quatro suítes exclusivas, fica em uma rua tranquila, longe
do grande movimento de turistas do centro.
O spa com tratamentos e produtos da Payot

É ainda cercado de bons restaurantes
e cafés, além de estar próximo a três linhas do metrô. São apenas 10 minutos
até a Torre Eiffel e 15 minutos para chegar ao Museu do Louvre.

 Tem ainda um spa bem equipado, com
produtos da Payot. Ulalá! www.hotel-
le-six.com

TURKS&CAICOS, CARIBE SUPER TOP

Vista aérea do arquipélago Turks&Caicos, no Caribe                                        fotos Divulgação

  Há muito tempo refúgio
de celebridades internacionais, endinheirados e afins, Turks&Caicos, no Caribe, sempre foi um destino top. Não se espante caso
encontre no lobby de alguns de seus maravilhosos resorts a atriz Sarah Jessica
Parker ou megaempresário Bill Gates.

A atriz Sarah Jessica Parker, em Turks&Caicos, refúgio de celebridades internacionais
 Essas ilhas, sob a administração da Coroa
britânica, costumam receber todos os anos, especialmente nas festas de final de ano e nas férias de verão, hóspedes ilustres, como o cantor Prince, a famosa
apresentadora de TV americana Ophrah Wintrey, a escritora britânica J.K
Rowling, autora da saga de Harry Porter,
ou o ex-jogador David Beckham, entre tantos outros. O rolling stone Mick Jagger também tem casa lá e sempre foi habitué das ilhas.

  
Chegar em seu avião particular ou de helicóptero é rotina nas ilhas caribenhas


Mas, afinal, por que o arquipélago atrai tantos poderosos? Porque ali eles podem aproveitar o sol e o mar absurdamente lindo do Caribe longe do assédio, passando temporadas mais tranquilas com suas famílias e um pouco mais blindados dos paparazzi.
 Em busca dessa privacidade,
muitos aterrissam com o seu próprio avião ou de helicóptero e vão direto para o hotel – há dezenas de resorts incríveis. Mas a maioria costuma se “esconder” no Amanyara Villas Resort, que fica em uma reserva
ecológica, com villas privés e muito espaçosas, na ilha de Providenciales, considerada a mais populosa e com melhor infraestrutura do arquipélago. O resort é considerado um dos mais luxuosos de lá, com privacidade absoluta. A ilha está situada no lado oeste do arquipélago e abriga ainda o aeroporto internacional.

O Amanyara Villas Resort, em uma reserva ecológica à beira-mar

Piscina do resort, que tem villas particulares e é um dos mais luxuosos de Turks&Caicos


MAR AZUL

Águas limpas e transparentes, ideais para a prática de mergulho e esportes náuticos
 Turks & Caicos, além de estar em alta no ranking de visitas das celebridades internacionais, tem também a fama de exibir o mar mais azul do Caribe, esbanjando beleza natural. De fato, suas águas têm várias tonalidades, algumas simplesmente deslumbrantes, de azul, mas não são muito diferentes das do seu vizinho, o arquipélago das Bahamas. Ambos ocupam essa porção privilegiada e tropical do planeta, que nos fazem esquecer da vida por alguns dias.

 O arquipélago, com 40 ilhas, tem praias de areias brancas e suas águas são o habitat natural de golfinhos, baleias (as jubartes costumam aparecer em março), tartarugas marinhas e flamingos. É também vizinho da República Dominicana e está a menos de 90 minutos de
voo de Miami. As ilhas mantêm ainda a terceira maior barreira de corais do mundo – são 770 km² de proteção ambiental. Um verdadeiro playground para mergulhadores. As outras ilhas são divididas entre as ilhas Caicos (West Caicos, North Caicos, East Caicos e South Caicos) e as Turks (Grand Turk e Salt Cay), onde também a natureza é o grande cartão postal. 
O arquipélago banhado pelo mar do Caribe, em diversos tons de azul

PRAIAS INCRÍVEIS

 

Grace Bay, a principal praia, na ilha Providenciales

A principal praia é a Grace Bay, onde estão os restaurantes e alguns dos principais hotéis. Já Long Bay é ideal para a prática de esportes náuticos, porque tem mais ondas do que no restante das ilhas. Por isso, é considerada local de surf, windsurf e parasail. A gastronomia mescla toques da culinária caribenha com a cozinha internacional, estando o caramujo – animal típico do arquipélago – presente na maioria dos cardápios. Há até projetos governamentais, como o Conch Farm, ou Fazenda dos Caramujos, para preservação e multiplicação da espécie.

A gastronomia tem frutos do mar e muito caramujo 

  As ilhas Turks&Caicos, tradicional paraíso dos norte-americanos e europeus, começaram a ser descobertas pelos brasileiros nos últimos dois anos: cerca de 10% deles também passaram a desfrutar desse paraíso de alto luxo e o destino está agora de olho nos viajantes do Brasil. Tanto que as agências daqui, como a CVC, já oferecem pacotes para alguns dos seus principais resorts. O arquipélago tem sido ainda palco de românticos casamentos à beira-mar, com produção cinco estrelas.
 Afinal, cenários de
sonho são o que não faltam por ali!

O arquipélago é um dos locais mais procurados para casamentos românticos à beira-mar

TOQUES DE BORDO

QUANDO IR – Você pode planejar a viagem com bastante calma. Com clima tropical, o tempo é bom na maior parte do ano e há poucas mudanças na temperatura, que vai de 27º a 32º. De setembro a novembro, costuma chover. Leve na bagagem casaquinhos tipo meia-estação para enfrentar o vento.

LÍNGUA – Inglês

MOEDA – Dólar americano

FUSO HORÁRIO – Menos quatro horas ao horário de Brasília.

Se for alugar um carro, vale lembrar que o modo de direção é britânico, ou seja, à direita. 

A “CASA” DOS HOBBITS

                                                                                                             Pictures by Worldwide Excluding New Zealand

  A arte imita a vida ou seria a vida que
dá continuidade à arte e, no final, ambas se fundem, trazendo resultados
surpreendentes? O fato é que os cenários, criados especialmente para filmes
mágicos, que estouram nas bilheterias, acabam sendo molas propulsoras do turismo
de todo um país. Foi o que aconteceu em uma pequena área rural na Nova Zelândia,
que se transformou no Hobbiton Movie Set,
palco das sequências das filmagens da trilogia O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Em pouco mais de uma década, o
local, perto de Waitemata, na região de Waikato, atingiu a marca de 1 milhão de
visitantes e é hoje uma das atrações mais visitadas do país. Ele entrou no mapa
das férias de fãs da trilogia e de turistas do mundo inteiro em busca das
paisagens eternizadas pelo cinema.
Fascinados pelos inusitados ângulos que
Peter Jackson capturou durante as filmagens de O Senhor
dos Anéis
e de O Hobbit, os fãs da Terra-Média não
param de chegar ao país. O número de turistas internacionais que visitam a Nova
Zelândia tem crescido em média 7,8% ao ano, de acordo com dados divulgados em
fevereiro último. Entre janeiro a dezembro de 2014, cerca de 100 mil visitantes
internacionais disseram que o cenário da trilogia O Hobbit foi o fator decisivo para
a escolha do destino.

ERA UMA VEZ…

  A “saga real” na Terra Média começou em
1998, quando um produtor de locações foi à fazenda de Russel Alexander, instalada
em uma tranquila estrada, com uma pastagem verde e muito fértil. Alexander
vivia ali pacatamente com sua família e com sua criação de animais. Eram 13,5
mil ovelhas e 400 cabeças de gado. Mas, como em um conto de fadas, tudo mudou
na rotina do então fazendeiro. Ali, foi construído o cenário,   idealizado
pelo diretor Peter Jackson como o local que abrigaria as casas dos hobbits nos
filmes da trilogia O Senhor dos Anéis. Em dezembro de 2002, Alexander já estava pilotando os primeiros
passeios turísticos do set de filmagem, que depois foi reconstruído a partir
de materiais permanentes, entre 2009 e 2011, para os filmes de O Hobbit.
  Desde então, gente do mundo inteiro ali
desembarca para conhecer o Hobbiton Movie Set, interagindo pessoalmente com os
projetos de filmagem épicos, tornando-o o maior set de filmagem permanente
possível de ser visitado no mundo. O passeio de duas horas mostra aos turistas
cerca de 44 casas dos hobbits, escavadas na encosta verde de Waikato, pomares,
a Party Tree e o campo de festas. Tudo termina com uma boa caneca de cerveja na
taberna The Green Dragon.
 “Eu posso, honestamente, dizer que
nunca nos meus sonhos mais loucos pensei que isso se tornaria tão grande. Desde
que começamos, em 2002, com alguns passeios em nossa van pequenininha até onde
chegamos agora é um presente impressionante para a grande equipe que temos aqui.
Também estabeleci uma meta pessoal de realizar algo novo a cada ano. Temos
algumas adições muito emocionantes a fazer nos próximos 12 meses”, diz o
antigo fazendeiro Alexander, hoje gerente geral do set.
 “As trilogias colocaram a Nova
Zelândia e suas paisagens deslumbrantes no centro do palco para os amantes de
cinema de todo o mundo. A Tourism New Zealand tem trabalhado para conectar as
paisagens da Terra Média com as experiências de uma vida real durante a visita.
Por mais que as duas trilogias já estejam concluídas, a Nova Zelândia sempre
será associada como a casa da Terra Média, e a criação dessas experiências de
turismo, como o Hobbiton Movie Set, garantem que esse legado permaneça, afirma Kevin Bowler, chefe executivo
da Tourism New Zealand. Segundo ele, os filmes deram ao país a oportunidade
única de mostrar-se como um destino turístico.

MILIONÉSIMO VISITANTE

 O entusiasmo da Nova Zelândia com esse
cenário mágico é tamanho que o milionésimo visitante, o americano Don
McCormack, da Califórnia recebeu uma homenagem com jeito de filme. Quando ele
alcançou o topo das colinas verdejantes, foi recebido por Alexander e se viu em
meio ao lançamento mundial do DVD e Blu-Ray do filme O Hobbit: A Batalha dos Cinco
Exércitos, sequência final da trilogia de Peter Jackson, adapatado dos romances
de J.R.R. Tolkien. O americano também ganhou uma réplica exata do Anel de Sauron (The One Ring), um dos objetos-símbolo
das sagas cinematográficas, produzido na cidade neozelandesa de Nelson, junto
com uma garrafa da melhor cerveja da taberna The Green Dragon.
 Acompanhado da esposa, McCormack
viajava ao redor da Ilha Norte, na Nova Zelândia, e se impressionou com
Hobbiton. “É surpreendente. Não consigo acreditar na quantidade de
detalhes que existem. Estou espantado que tudo ao redor seja real. Esse pequeno
pedaço de Terra Média é realmente incrível.”

CHEGANDO LÁ

  O set está a duas horas de carro de Auckland, a maior cidade da Nova Zelândia, de clima ensolarado, ilhas paradisíacas e um local onde as pessoas têm paixão por gastronomia, vinhos e compras – desde alta costura até produtos em mercados livres. É ainda um lugar de fácil acesso de outros destinos turísticos do país, incluindo Rotorua, Waitomo, Tauranga e a cidade de Hamilton.
 Vale a pena conhecer esse país, que tem um toque da cultura polinésia, e principalmente mergulhar no mundo mágico do escritor J.R.R Talkien… que ali ganhou vida real. 

  

OS NÚMEROS DO SET


Para entender todo esse sucesso entre
os visitantes, vale a pena dar uma olhada nos números do Hobbiton Movie Set.
Veja só:

São cerca de 4,8 hecatres de área
total.
44 Hobbit Holes (casas dos hobbits).
 A Tree Party tem de 70 a 80 metros de altura.
Existem 70 sets construídos.
Três refeitórios foram construídos. Sim,
porque durante a produção três refeições eram servidas diariamente para elenco
e equipe técnica, além de lanches para mais de 600 pessoas.
São 2,3 quilômetros de jardins cercados,
com cerca e 30 a 200 plantas ao redor de cada Hobbit Hole. Eles são mantidos
por uma equipe de até oito jardineiros.
Cervejas tradicionais, cidra e cerveja
de gengibre não alcoólicas são fabricadas exclusivamente para Hobbiton e
servidas em barris atrás do bar no The
Green Dragon Inn
.

GRAMADO X MARRAKECH



Vista noturna de Gramado, na Serra Gaúcha, considerada o melhor destino do país

Pôr do sol em Marrakech, que ganhou do TripAdvisor o prêmio de melhor destino do mundo  




  O que Marrakesh, no Marrocos, tem a ver com Gramado, no Rio Grande do Sul?
  As duas cidades estão no ranking de melhor destino internacional e nacional respectivamente, levando o prêmio Travelers´Choice Destinos do TripAdvisor, o maior site de viagens do mundo e que virou uma espécie de selo de qualidade do turismo nos últimos tempos.
 Em sua 7aª edição, a premiação reconhece cerca de 470 destinos em 40 países. Além da cidade serrana gaúcha, o país também tem uma top list de 10 destinos no ranking das 25 melhores cidades turísticas da América do Sul, segundo as milhares de avaliações de viajantes do site.
 

Gramado é famosa por suas hortênsias que dão um colorido especial à cidade

A arquitetura diferenciada é outro atrativo na cidade gaúcha



Localizada na Serra Gaúcha, a 830 metros de altitude, e também conhecida como a Região das Hortênsias, Gramado tem aquele friozinho típico de montanha, jeito europeu, com cenários inspiradores, ótima gastronomia e arquitetura muito peculiar. É um dos destinos mais frequentados pelos brasileiros, especialmente no inverno. Ali foi construído até um parque artificial de neve.


Os mercados árabes na Medina, em Marrakech, que vendem de tudo um pouco

Poucos resistem a um passeio de camelo pelas areias do Saara



Já Marrakech, que fica entre a costa africana, a cordilheira nevada do Atlas e o deserto do Saara, no centro-sul do Marrocos, e também conhecida como a “cidade vermelha”, é um dos locais mais visitados por turistas do mundo inteiro, que podem conhecer melhor a cultura islâmica e vivenciar o dia a dia dos muçulmanos.
   Além de paisagens e programas exóticos, como dormir uma noite no deserto olhando as estrelas, o que atrai mesmo é a Medina, a parte antiga, onde pulsa a alma da cidade. É ali que estão os souks (mercados árabes), que vende de tudo um pouco: de especiarias, passando por roupas, lenços, artigos de couro e principalmente tapetes. Fora da Medina, o bairro de Guélez concentra os hotéis e resorts de luxo, os novos prédios comerciais e os restaurantes da moda.


 SOBE E DESCE



A nova versão do ranking traz algumas curiosidades. No top ten internacional, ocupam o 2º e 3º lugares Siem Reap, no Camboja, e Istambul, na Turquia. Já Paris despenca para o 9º lugar e a Cidade do Cabo, na África do Sul, é a última da lista. No Brasil, Rio de São Paulo ocupam a segunda e a terceira posições e a última colocada é Fortaleza, no Ceará. As cidades vencedoras são determinadas por meio de um algoritmo que leva em consideração a quantidade e a qualidade das avaliações de hotéis, atrações e restaurantes localizados no destino, ao longo de um ano.
  Para Barbara Messing, diretora de marketing do TripAdvisor no Brasil, os destinos premiados são ricos em diversos aspectos, como história, cultura, beleza e cenários magníficos.










AS TULIPAS DE VAN GOGH

  Você já imaginou passar um dia inteiro em um parque com
cerca de 7 milhões de flores, especialmente tulipas, cujas paisagens parecem
lindos quadros criados por gênios da pintura? Esse parque existe, fica na
Holanda e é conhecido como o maior jardim de flores do mundo. Chama-se Keukenhof
e, em clima de primavera europeia, já está aberto para receber pessoas do mundo
inteiro. E nesta primavera vai homenagear um ilustre mestre.
 Localizado na cidade de Lisse, cerca de 30 km do centro de Amsterdã, o parque costuma
receber mais de 800 mil visitantes na estação mais florida do ano, em busca de
seus jardins temáticos, repletos de cores, fontes, esculturas e pavilhões de
exposições.


 

  Keukenhof (até meio difícil de pronunciar) significa “horta da
cozinha”. Segundo os holandeses, a origem do nome vem do século 15, quando o local
era uma área muito utilizada para a caça e também servia como horta para a cozinha
do castelo de um nobre holandês. Nos últimos seis séculos, cerca de 50 milhões
de pessoas já caminharam pelo parque mais colorido e aromático do planeta.

  Como se não bastassem esses cenários de sonhos, tem uma boa
infraestrutura para receber os amantes das flores. É bem sinalizado, oferecendo restaurantes, café e barracas que vendem todo o tipo de comida. O ideal é passar ali um dia inteiro, pois há muito o que descobrir, se for a dois, melhor ainda.

HOMENAGEM ESPECIAL



 Deu vontade de ir (eu se pudesse faria as malas agora, porque amo flores)?
 Maio
é o mês em que as suas tulipas e outras espécies de flores estão ainda mais
bonitas. E este ano, além dos cenários naturalmente coloridos, que representam
uma verdadeira festa para os sentidos, há uma atração especial: uma
homenagem aos 125 anos da morte do pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890),
famoso mundialmente por traduzir as paisagens holandesas em telas maravilhosas.
  

“Procure compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres sérios. Aí está Deus.” (Vincent Van Gogh)



“O amor é eterno – a sua manifestação pode modificar-se, mas nunca a sua essência.” (Van Gogh)






   O rosto do artista foi traçado na terra, em
uma área de cerca de 250 m², totalmente preenchidos por bulbos de tulipas de
diferentes cores. Van Gogh morreu jovem, aos 37 anos, mas viveu intensa e produtivamente, deixando um grande legado. Pós-impressionista, exerceu forte influência nos
movimentos modernistas e não imortalizou apenas seus quadros, como também
frases e pensamentos, que continuam até hoje circulando pelo mundo. Além de
ser um ícone na Holanda, ele foi considerado um dos maiores pintores de todos os
tempos.
  A homenagem a Van Gogh e essa verdadeira festa
das flores se afinam e têm a sintonia de uma verdadeira obra de arte. Amante da
natureza, tão bem retratada em suas pinturas, ele costumava dizer: “Não tenho
certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar.” Sonhemos juntos! 
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“Prefiro morrer de paixão a morrer de tédio.” (Van Gogh)

COMO CHEGAR

 Você pode alugar um carro em Amsterdã, mas uma
das melhores formas de visitar o parque é pelo Aeroporto Internacional de
Schiphol. Ali, há uma estande que vende passagens, sendo que ônibus e vans têm
partidas frequentes. O parque fica aberto de 21 de março a 20 de maio.
Veja, e principalmente sinta, uma pequena amostra dos incríveis cenários de Keukenhof.
  
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 ROTEIRO PERSONALIZADO

Especializada em roteiros feitos sob medida, a Teresa Perez
Tours
sugere nesta primavera cinco dias na capital holandesa, incluindo o
parque, é claro, com hospedagem no Conservatorium Hotel, com design pós-moderno
e localização privilegiada, na praça dos museus – coração cultural da cidade,
de onde é possível partir para outros roteiros em Amsterdã e descobrir suas
inúmeras atrações noturnas, culturais, gastronômicas e os famosos trajetos de
bicicleta, que são a cara do país.

O roteiro custa a partir de 1.439 euros
(incluindo hospedagem, passeio de meio dia, com carro à disposição por 4 horas e guia privativo opcional. O preço é por pessoa, somente a parte terrestre, em apartamento
duplo, e válido do dia 1º a 31 de maio.

TOSCANA AO SOM DE BOCELLI

                         

Palco do Teatro del Silenzio, em Lajatico, terra natal de Andrea Bocelli 

Vista aérea do teatro, localizado entre as montanhas da Toscana

O tenor Andrea Bocelli, uma das vozes mais bonitas do mundo

          Já pensou na possibilidade de percorrer a bela e mágica região da Toscana, na Itália, em um roteiro super exclusivo, e de quebra assistir a um concerto de Andrea Bocelli, no Teatro del Silenzio, localizado em Lajatico, terra natal do tenor?

         Esse programa pode ser fechado aqui mesmo no Brasil por meio da Cieli di Toscana, empresa de turismo de luxo ítalo-brasileira, que faz viagens de alto padrão para as mais belas regiões da Itália, oferecendo aos viajantes “mimos” como uma BMW conversível (foto abaixo) para percorrer, a dois, estradas que descortinam as deslumbrantes paisagens da Toscana, passeios de iate e experiências enogastronômicas, além de hospedagem em hoteis cinco estrelas, sempre em localizações privilegiados.

       

Em razão da grande procura pelo roteiro, a operadora abriu um programa extra, que será feito entre os dias 30 de julho a 6 de agosto -o concerto de Bocelli será no dia 4. Aqueles que quiserem vivenciar essa experiência, devem se apressar. Há vagas apenas para 15 casais.

 Quanto custa o roteiro? Entre 7,9 mil euros a 8,7 mil euros (o casal), sem o aéreo incluído. Mas que é uma viagem de sonhos…ninguém duvida!
     

SERVIÇO

MIAMI + BAHAMAS: PONTE AÉREA DE LUXO

Vista de Bal Harbour, vilarejo ao norte de Miami e um dos lugares mais exclusivos da cidade
O arquipélago das Bahamas, que tem cerca de 700 ilhas e fica a 30 minutos de voo de Miami
  Sim, você já foi para Miami diversas vezes, esticou até
Orlando, fez compras, conhece alguns bons hotéis e endereços interessantes. E,
se não foi, sabe que mais cedo ou mais tarde acabará viajando para essa cidade
da Flórida, onde a América fala espanhol e cada vez mais o português, porque há
praticamente um brasileiro em cada esquina. Alguns dizem que Miami é cafona,
torcem o nariz. Bobagem. A cidade oferece uma boa qualidade de vida, tem sempre
novidades, ótimos serviços, muita cultura, ótima gastronomia e possibilidades
múltiplas de novas descobertas.
  Aqui, eu sugiro dois programas diferenciados e um pouco mais exclusivos, que
incluem hospedagem em um charmoso vilarejo de Miami e depois uma escapada até Nassau,
nas Bahamas, para aproveitar o melhor do mar do Caribe e dos resorts com paisagens de cinema, literalmente. É o mix perfeito!
   Este roteiro começa
por Miami e o primeiro programa é fugir do lugar comum, como Downtown ou Ocean
Drive, e se hospedar em Bal Harbour, um vilarejo tranquilo (a 20 minutos do
Aeroporto Internacional de Miami), de ruas arborizadas, bucólicas, a apenas 15
minutos de South Beach, mas muito poderoso, repleto de gente bonita,
restaurantes gourmet, programas culturais e ótimos lugares para compras. 
 

O Bal Harbour Shop, que abriga mais de 100 das melhores marcas do mundo

Ali
foi construído o Bal Harbour Shop, que completa este ano 50 anos, sendo
considerado o shopping mais rentável dos Estados Unidos – e olha que no país
não faltam mega templos de consumo. Porém, o cinquentão das marcas de luxo está
sempre se reinventando, com novas lojas descoladas para atrair designers,
fashionistas e consumidores endinheirados do mundo inteiro.

  

A nova loja de Salvatore Ferragamo, de dois andares, com linhas femina e masculina

Repleto de plantas, espelhos d´água e muita
luz natural, abriga cerca de 100 das marcas mais famosas do mundo, como Prada,
Chanel, Bulgari, Armani,  Dolce &
Gabbana, The Webster, Salvatore Ferragamo (foto), que recentemente inaugurou uma
boutique de dois andares, além das lojas de departamento, como Saks Fifty
Avenue, entre muitas outras. Tem também uma loja incrível de maquiagens, a Gee
Beauty (foto abaixo), que faz tratamentos faciais de última geração, à base de oxigênio (há
preços a partir de US$ 46). Você sai de
lá com pele de porcelana, pronta para encarar qualquer compromisso. E está
sendo inaugurada no shopping a primeira loja nos Estados Unidos da marca
canadense Dsquared2.

 

A loja Gee Beauty, que oferece tratamentos faciais hi-tech

O restaurante Makoto, um dos melhores asiáticos da América

SUPER RESORTS

 Bal Harbour é uma
espécie de Miami, só que bem mais privé, onde as pessoas vivem muito bem. Tem uma avenida
principal, a Collins, que concentra os hotéis, e o Bal Harbour Shop, com seus disputados e bem frequentados restaurantes, como o asiático Makoto (maravilhoso, por
sinal) e o italiano Carpaccio (este último com filas e mais filas de espera). O shopping sempre
foi o lugar onde pulsou o coração do tranquilo distrito. Porém, de uns tempos
para cá, a arte e a hotelaria passaram a interagir com maior intensidade e hoje
marcam forte presença ali.
 

Fantástica vista da suíte do seis diamantes St. Regis Bal Harbour

O St Regis é todo espelhado e tem estilo contemporâneo

Piscina do luxuoso resort, com praia particular e um dos endereços prediletos de celebridades e empresários 

  A começar pela chegada do St. Regis Miami Beach, um
resort classificado com seis diamantes, localizado bem em frente ao Bal Harbour
Shop, que faz a linha do luxo contemporâneo: é todo espelhado, claro, moderno e
equipado com tecnologia de ponta.   Oferecendo praia particular, muita segurança,
um spa maravilhoso e cabanas privativas para se tomar sol e champanhe à
beira-mar, o hotel tem suítes, todas com amplas e confortáveis sacadas, que descortinam
uma das mais belas vistas da cidade.

 Além disso, abriga uma segunda torre, com apartamentos
privativos, que vêm sendo comprados especialmente por celebridades e poderosos empresários
brasileiros, em busca de bons serviços e mais privacidade. Os mimos para os
hóspedes incluem até um carro Bentley preto, com motorista, para levá-los ao
shopping, que fica exatamente em frente – acredite!
   

O restaurante J&G Grill, no St Regis: linda vista e comida deliciosa

  E, mesmo os não hóspedes
costumam frequentar o restaurante do hotel, o J&G Grill, cujo cardápio foi criado
pelo chef Jean-Georges Vongerichten, famoso por seus restaurantes de Nova York,
e que vive lotado. Todo o cardápio é super criativo e não deixe de experimentar a pizza de trufas negras –divina!

  

O banheiro todo transparente do novo Ritz-Carlton, com vista para o canal de Bal Harbour

  Por falar em boa
hotelaria, a bandeira Ritz-Carlton também acaba de aterrissar em Bal Harbour
(comprou o antigo resort One). Com um estilo mais clássico, o resort tem todos os
serviços de um cinco estrelas, spa, um belo jardim para gostosas caminhadas e
praia particular com tudo o que você merece para relaxar. Um dos seus
diferenciais são os banheiros envidraçados das suítes, com vista para o canal
de Bal Harbour, rota de lanchas e iates, que transformam o banho em um belo
momento de contemplação. O vilarejo oferece outros tipos de hotéis, ideais para
casais ou famílias com crianças, como o Sea View, a preços mais acessíveis. Vale
lembrar que todos são muito bem localizados e com vista para o mar.

O canal de Bal Harbour, rota de lanchas e iates

COMPRAS, DIVERSÃO E
ARTE

   
 Claro
que fazer compras é um dos programas prediletos em Miami – ninguém resiste aos
bons preços norte-americanos, mesmo em tempo de alta do dólar. A partir de Bal
Harbour, no sentido norte, está o Aventura Mall (15 minutos de carro), um dos
shoppings mais movimentados dos EUA (são 28 milhões de visitantes por ano) e
que os brasileiros adoram.

As lojas da Lincoln Road, o maior shopping a céu aberto de Miami
Para quem prefere bater pernas, basta seguir para
South Beach (15 minutos de táxi, cerca de US$ 25) e, literalmente, enlouquecer
nas deliciosas lojas da Lincoln Road (entre a Washington e a Lenox avenues).
Com cinemas, galerias de arte, teatro, tem sete quadras apenas para pedestres,
recheadas de cafés, restaurantes e bares com mesas na calçada, além de gente do
mundo inteiro circulando. É o retrato mais fiel de Miami e um delicioso
shopping a céu aberto.
 Use sapatos confortáveis porque vai andar muito,
entrando e saindo de lojas, como Victoria´s Secret, Apple, GAP, Banana
Republic, Zara, Sephora, MAC… e por aí vai. O comércio é fervilhante:
funciona de segunda a sábado, das 10h às 21h30, e domingo, das 11h às 19h.
Difícil sair de lá de mãos vazias.
   E já que estamos em
South Beach, vale dar uma volta pela Ocean Drive, que fica próxima e é avenida tipo
cartão postal de Miami. À beira-mar, é super movimentada, cheia de lojas,
bares, restaurantes, cuja especialidade são os frutos do mar, e nightclubs. É
também ali que estão os hotéis com arquitetura dos anos 1920, formando o
chamado Art Deco District. À noite, vira um festival de neons. Para quem gosta
de arte, arquitetura e design, há o Art District, repleto de galerias, lojas
descoladas e muitos grafites. É considerado atualmente o lugar mais fotogênico
da cidade.

 NOVO MUSEU

 

O novo Pérez Art Museum, com uma vista incrível de Byscayne Bay
Uma das instalações do museu de arte contemporânea

As famosas latas de sopa Campbell, de Andy Warhol
Cooper à beira da Byscayne Bay em frente ao museu

  Ainda no quesito
artes, escolha um dia ensolarado para conhecer o novíssimo Pérez Art Museum
(foi inaugurado em dezembro do ano passado). Localizado em Byscayne Boulevard,
de frente para a baía Byscayne, reúne um belo acervo de artistas contemporâneos
internacionais. Além da boa arte, tem um amplo jardim, um restaurante chamado
Verde, de cardápio casual e saladas deliciosas, loja, espaços para encontros de
negócios e até casamentos. Um lugar de cultura, com localização perfeita e muito
entretenimento. Depois de toda essa maratona, a ordem agora é relaxar. A
próxima escala? Bahamas.
  

YES, NÓS TEMOS BAHAMAS


   

Bahamas Paradise Island, um dos lugares mais bonitos do Caribe 

  Bastam apenas 30 minutos de voo (menos que a
ponte aérea Rio-SP), o cenário muda completamente e você estará aterrissando em
Nassau, a capital das Bahamas, banhada pelas águas absurdamente claras, em tons
que vão do verde ao turquesa, do mar do Caribe. De fato, o lugar é um pedaço de
paraíso, com 700 ilhas e praias de areias brancas, hoje parte delas (apenas 30
são habitadas) ocupadas por inúmeros resorts de luxo e ilhas particulares, onde
se realizam grandes festas ao ar livre e casamentos (o ator Johnny Depp, por
exemplo, casou-se recentemente lá, em sua própria ilha).

  Os visitantes ainda
encontram um parque aquático cheio de adrenalina, cassinos, bons restaurantes e
muitas atividades que exploram a superfície e o fundo do mar, um verdadeiro
playground para quem gosta de mergulhar. Há ainda resorts de todos os estilos e
preços.
    

O luxuoso resort One&Only Ocean Club, refúgio dos poderosos nas Bahamas

Um dos bares internos do exclusivo resort, perfeito para um drink ao final da tarde

 Mas,
vamos começar por um dos mais exclusivos: o One&Only Ocean Club. Esparramado
em um gigantesco e bem cuidado jardim à beira-mar, o hotel tem arquitetura em estilo
colonial britânico e serviu de cenário para Cassino
Royale
(lançado em 2006), o 21º filme da série cinematográfica James Bond. É
um dos refúgios prediletos de celebridades (vem hospedando o jet set
internacional ao longo dos últimos 50 anos), porque ali a privacidade e o
sossego estão incluídos no sofisticado cardápio de lazer.

 São 105 confortáveis
suítes e villas, com piscinas privativas, que se espalham em ambientes
distintos. O resort é tão grande que oferece bicicletas e carrinhos de golfe
para que os hóspedes circulem na área externa. Basta você avisar a recepção e
alguém vem te buscar. Cada hóspede também fica sob os cuidados exclusivos de um
mordomo, que vai ajudá-lo em tudo o que for preciso. E todo final de tarde são
colocados nas suítes champanhe e morangos frescos. O serviço, realmente, é
cinco estrelas.
  

Vista da suíte do One&Only: pedaço de paraíso à beira-mar

Réplica dos jardins do Palácio de Versalhes no One&Only, local de grandes festas à noite…

… e perfeito para ser contemplado durante o dia

  Além de uma
paisagem incrível, com coqueiros e espreguiçadeiras espalhados no gramado a
poucos metros da praia, piscina de frente para o mar, quadras de tênis e campos
de golfe, o resort tem outros diferenciais, como uma réplica dos jardins do
Palácio de Versalhes, na França, onde são realizadas grandes festas. Lindo para
ser contemplado tanto durante o dia, quanto à noite, todo iluminado. Sem falar
no spa, com tratamentos e massagens de Bali, e na gastronomia, contemporânea,
exótica e refinada, criada pelo famoso chef Jean-Georges Vongerichten.

 

Uma das muitas piscinas do resort com o jardim ao fundo

  O
conceito ali é passar o maior tempo possível se divertindo durante os
ensolarados dias – oferece mergulho, snorkeling, windsurf e passeios de iate
pelas ilhas – e no final da tarde, relaxar na varanda da suíte, ouvindo apenas
o barulho do mar e do vento. As diárias são a partir de US$ 1,085. oceanclub.oneandonlyresorts.com

   
Para quem quer
mais movimento, uma outra opção é o Atlantis Paradise Island (foto acima), um mega resort,
inspirado na mítica Atlântida, com três torres, que comportam até 3,6 mil
hóspedes, piscinas, um aquário gigante subterrâneo, com mais de 50 mil espécies
de peixes e o Aquaventure, um dos parques aquáticos mais famosos mundo afora.
De fato, ali tudo é no aumentativo: são 11 piscinas, um rio artificial com
ondas, um tobogã em forma de templo maia, de onde se despenca de 18 metros em
alta velocidade.
 

A vivência com os golfinhos é uma experiência única

Mas uma das melhores experiências mesmo acontecem em Dolphin
Cay, uma praia artificial com cerca de 7 milhões de galões de água do mar
cristalina, onde você pode interagir com os golfinhos e até ganhar um beijo na
boca de um deles. O resort tem também o maior cassino do Caribe, inspirado nos
de Las Vegas, e abriga uma filial do badalado restaurante japonês Nobu, que tem
endereços em algumas das principais cidades do mundo e uma criativa culinária
asiática. O jantar é dos deuses e não adianta chegar lá sem reserva, porque é
super disputado. www.atlantisbahamas.com


Uma das marinas de Bahamas: cenário colorido do Caribe


RECUERDOS E
DESTILADOS


 Bahamas, apesar de ter grande influência
britânica por conta de sua colonização, mantém aquele colorido típico do Caribe,
com uma população alegre e super receptiva. Ir para o centro de Nassau é a
oportunidade de sentir o cotidiano, os costumes, observar antigas construções
e, principalmente, de percorrer as ruas de comércio, que mesclam shoppings
sofisticados e lojas populares. A ilha é um grande duty-free porque os produtos
estão isentos de taxas. Então, os preços são, em alguns casos, melhores do que
em Miami.
 


No chamado District Market, há também os pequenos mercados de
produtos típicos, cheio de cores e sabores, onde a regra número é barganhar.
Peça sempre desconto. Outro bom programa é conhecer a tradicional destilaria de
rum John Watling´s (fotos acima), que fica em uma casa histórica de 1860, onde se pode fazer
uma degustação de três tipos de rum. Aliás, uma boa ideia para uma happy hour.
E, por falar em happy, é impossível
não se sentir feliz nesse lugar, cuja a vocação é nos deixar o tempo todo com a
cabeça nas nuvens. Não por acaso recebe mais de 5 milhões de visitantes por ano
e é uma das locações mais procuradas por cineastas e publicitários em busca de paisagens
deslumbrantes!


Os pequenos mercados que vendem produtos locais

DIÁRIO DE BORDO


VOOS – Pode-se comprar o trecho Miami-Bahamas
aqui no Brasil pela American Airlines. Há muitos cruzeiros que também saem de
Miami. É preciso passaporte válido e visto americano, além do certificado
internacional da vacina contra a febre amarela.

MOEDA – A moeda local é o Bahamian (US$ 1 = Ba 1).
Mas o dólar é aceito em todos os lugares, assim como cartões de crédito. As
lojas abrem das 9h às 17h, em geral.

TEMPERATURA – De setembro a maio, os termômetros
ficam em torno de 23º. No resto do ano, faz calor, com temperaturas em torno de
27º a 30º. Mas as noites são sempre mais frescas e costuma ventar. Leve um
casaco e algumas peças de meia estação, mesmo porque o ar condicionado é forte.
O mesmo acontece em Miami.

PASSEIOS – Você não precisa estar hospedado no
Atlantis Island Paradise para conhecer o aquário e ter uma vivência com os
golfinhos. Há programas diários, que podem ser comprados à parte.

LÍNGUA – Fala-se oficialmente inglês, mais para o
britânico do que o americano, e ainda há uma mistura com o dialeto local. Mais
informações: www.nassauparadiseisland.com


Conteúdo também publicado em Viagens S/A, que visitou Miami e Bahamas a convite da cidade de Bal Harbour, St Regis Bal
Harbour Resort, Departamento de Turismo de Bahamas e One&Only Ocean Club
Resort.
http://issuu.com/viagenssabrasil/docs/revista_digital_7a51337e90faec/1 

DUBAI COM OLHOS DE PÁSSARO

POR
SIMONE GALIB
   

  Dubai, a cidade futurista, louca por
tecnologia e muito endinheirada, saiu na frente mais uma vez: acaba de lançar o
primeiro tour online interativo do mundo. O site permite explorar cada canto da
cidade e de um jeito inusitado no universo virtual. A sensação é que você está
realmente caminhando pelas ruas ou acompanhando uma corrida com aqueles carrões
típicos dos xeques do petróleo ou de motocicleta. E o que é melhor: as cenas
podem ser vistas de diversos ângulos, velocidades e tamanhos.
Desenvolvido ao longo de 18 meses e utilizando
1.298 peças de vídeos panorâmicos e fotos, Dubai 360 já é considerado o tour de
mais alta qualidade do mundo. Ele usa exclusivamente fotos panorâmicas 360°,
completamente interativas e imersivas, timelapse e conteúdo em vídeo. 

 

O tour interativo feito em alta definição e fotos de 360 graus

  O projeto é ousado, como tudo nessa cidade do
golfo Pérsico. Foram usadas 500 mil fotografias individuais para criar
as imagens estáticas e timelapse. E mais de 8 milhões de megapixels de imagens
– sem contar com os vídeos! Um
helicóptero foi fabricado por encomenda especialmente para o projeto. 
Assim,
você pode “surfar” pela cidade dos Emirados Árabes de um jeito muito exclusivo.
Com conteúdo filmado do topo do maior edifício do mundo, o Burj Khalifa, a
ideia é que você olhe Dubai com os olhos de um pássaro, que avista a Sheikh
Zayed Road e toda a costa.
 

Fazza3 Sheik Hamdan, príncipe de Dubai

De lá, basta um clique para aterrissar na luxuosa
Royal Suíte do hotel Burj Al Arab, explorando a área interna coberta de ouro ou
os seus opulentos quartos, que têm vista de perder o fôlego. Uma visita ao aquário
do Dubai Mall, por exemplo, oferece um mergulho ao fundo do mar e logo depois o
leva a pegar  “uma carona” no metrô da
cidade.
 

Formato em olho de peixe, que com um clique ganha movimento


  O projeto Dubai 360 foi criado por profissionais equipados com produtos de mídia, DSLR e câmera de vídeo de última geração. Usando helicópteros e pousando nos topos dos prédios, os profissionais clicaram lugares e paisagens de acessos inacreditáveis. Para registrar tudo, 830 metros foi o ponto mais alto da filmagem, ou seja, no último piso do Burj Khalifa.
 A equipe também
criou uma interface personalizada para o site, que permite interagir com os
marcos de Dubai sob diferentes tipos de ângulos, como o de forma retilínea, o little
planet
e o olho de peixe. As pessoas podem também compartilhar os highlights da
cidade pelas mídias sociais, como Facebook, Twitter, Google Plus e email.
 “Não importa se você
mora lá ou se está planejando uma visita. Através do site, pode descobrir
coisas e lugares especiais a cada dia. Desde a área cultural da Bastakiya até
os hotéis mais luxuosos ou o aeroporto, o projeto tem algo de exclusivo para
cada um, oferecendo um jeito divertido de explorar a cidade”, afirma Ismaeil Al
Hashmi, diretor gerente da Dubai Film Productions. Ele diz ainda que o Dubai
360 é a ilustração de tudo o que a cidade representa.
 

Há informações e ferramentas para compartilhar

O site, que tem versões em árabe e em inglês, traz ainda informações sobre cada lugar do tour, além de falar sobre hotéis, cultura, passeios. Dubai360.com é um tour dinâmico e as imagens continuarão a ser atualizadas para capturar a metrópole que não para de crescer.

De fato, esse projeto mostra como as cidades
podem ser exploradas a partir de agora. Eu fiz o tour hi tech – e adorei!
 Ficou
curioso? É só clicar em
www.Dubai360.com

 E
boa viagem! 

O QUE EU VOU LEVAR NA MALA?

  

Você sabe arrumar a
mala ou é daquele tipo que fica indeciso até a última hora, tira e põe peças,
leva roupas para as quatro estações, que não serão usadas, dezenas de bolsas e
sapatos, faz malabarismos para fechá-la e depois transita com ela “estourando”
pelos aeroportos? Ou pertence àquela linha mais cool, viajando com uma pequena
bagagem para não ter transtorno e depois se arrepende de tudo o que deixou de
levar e que fez a maior falta durante a viagem?

  Independente da
categoria em que se inclua, saiba que arrumar a mala de viagem é quase uma
arte, que exige prática, sentido de organização, bom senso e bom gosto. Mesmo os mais habituados a viajar costumam ter
dúvidas, especialmente se o roteiro inclui países da Europa, da Ásia, como o
Japão, da América do Norte e do Oriente Médio, com culturas, hábitos e
temperaturas muito diferentes das nossas. No inverno, é preciso ficar ainda
mais atento. E este ano ele está rigoroso, com nevascas históricas, especialmente
nos Estados Unidos.
  Além do volume das roupas, que ocupam mais muito
espaço, há a questão do peso. Nos voos internacionais, você pode levar duas
malas de 32 kg cada, além de uma bagagem de mão, com peso médio de 5 kg. Mas
entre conexões da Europa ou Estados Unidos, muitas companhias só autorizam 23
kg por mala. E o excesso de peso custa caro. Sem contar com o que vamos
comprando pelo caminho e que deverá ser devidamente acomodado.
   

Para não ter problemas, listo aqui algumas dicas
que podem facilitar – e muito – a sua vida. Elas são resultado de minha própria
experiência ao longo de centenas de viagens mundo afora nos últimos anos, seja
a trabalho ou de férias. Sofri bastante até a aprender a não carregar tanto
peso, fazendo a conjugação certa entre o útil, o bonito, o fashion e o essencial. E ainda
deixando um espaço para aqueles supérfluos que a gente adora e os mimos que
inevitavelmente vamos comprar em cada escala.

 

 MALA DE INVERNO

 

CASACOS Leve no máximo dois:
um mantô de lã escuro (fora da mala) para chegar lá, que pode ser acomodado em
sua bagagem de mão ou no próprio avião, e dentro da mala outro impermeável (de
preferência com capuz e forrado), que aquece e isola o vento. O mantô escuro
(marrom, azul marinho ou preto), além de sujar menos, é mais fácil de combinar
com outras roupas e botas.


 Já o casaco impermeável pode ser em tons pastel,
cinza e até mesmo branco, para dar um pouco mais de leveza, além de oferecer
outras opções na produção do look. Um blazer ou uma jaqueta de couro estilosa,
casaquinhos e malhas coloridas tipo pulôver também são ótimos para usar no interior
dos ambientes, pois todos têm calefação. Alguns até são quentes demais,
mantendo a temperatura em torno de 27º. E até os bares ao ar livre das cidades europeias colocam aquecedores ao redor e embaixo das mesas, ficando sempre lotados.
 

CALÇAS COMPRIDAS
As do tipo montaria, além de mais confortáveis e práticas, fazem menor volume
na mala e ficam perfeitas com meias grossas de lã por baixo. Costumo levar uma
de cada cor. Outra peça fundamental é a segunda pele –tanto a calça quanto a blusa. Ambas isolam muito bem o frio. O ideal é
comprá-las no próprio destino porque são adaptadas ao inverno local. Há ainda as meias térmicas.

No Brasil,
elas também podem ser encontradas em casas de artigos esportivos, lojas de grife e pelos sites de e-commerce – há vários deles. Um jeans confortável, que pode ser usado com meias de lã ou a
segunda pele, e uma roupa de ginástica também são peças-chave.



VESTIDOS – Eles são raramente usados no dia a dia, principalmente
durante os passeios ao ar livre e jantares. Mas se você tiver algum compromisso
mais formal para a noite, como uma festa ou um concerto, leve um modelo de
outono-inverno brasileiro, que pode ser usado com meias de fio 40 a 60, caindo
bem com sapatos tipo mocassim e botas. Você também pode substituir o vestido por um terninho clássico. Não esqueça que o casaco longo, ou na altura dos joelhos, será o
seu uniforme básico, independente da roupa que estiver usando por baixo.

ACESSÓRIOS –  Eles fazem toda
a diferença e são os grandes coringas da bagagem. Use e abuse de echarpes,
lenços, cachecóis ou pashiminas, leve pelo menos dois pares de luvas (uma delas
que deixe os dedos de fora), gorros de lã, boinas ou chapéus de feltro. É imprescindível
manter a cabeça coberta. Além de deixá-la aquecida e proteger a orelha, também
evita o ressecamento do cabelo.
  




Não encha a mala de sapatos. O ideal é levar
duas botas (uma com salto alto ou médio, porém confortável, e outra baixa, forrada de lã e impermeável por fora),
uma sapatilha para usar em ambientes internos ou no avião e um tênis para
fitness. Não esqueça ainda de um bom hidratante para corpo, rosto e lábios. E
de um maiô, porque a maioria dos bons hotéis têm piscinas deliciosamente
aquecidas e spas. Não exagere nas bijuterias, porque elas ficam praticamente invisíveis debaixo de tanta roupa. Dois pares de brinco, um colar e dois anéis são
suficientes.


Vale lembrar que se você for para a Rússia ou Canadá, por
exemplo, onde os termômetros podem chegar a até 20º negativos, o ideal é comprar
os casacos, calças e acessórios lá mesmo, porque são mais adequados. Nem
precisa levar duas malas. Ou então carregue uma vazia dentro da outra para ter
mais espaço na volta. O mesmo vale para as estações de esqui.


  Os homens vão precisar de um casaco longo, outro
impermeável, blusas e calças de segunda pele ou calças de malha para usar por
baixo, moletons e meias grossos, além de pulôveres com ou sem manga, calças de
lã ou até mesmo as impermeáveis. Gorros, malhas, cachecóis e luvas também fazem
parte do vestuário masculino.

MALA DE OUTONO

   

Ao contrário do Brasil, as estações no
Hemisfério Norte são bem definidas. No outono, as temperaturas para eles são
mais amenas, mas nós sentimos frio, especialmente à noite, pela sensação térmica
causada pelo vento. Além disso, chove e há mais umidade. Por isso, leve sempre
um casaco impermeável, pelo menos um blazer mais encorpado e uma boa capa de
gabardine que, além de ser útil, sempre dará um toque de classe ao seu look.
Ponha na mala ainda uma calça de alfaiataria, um jeans, dois vestidos mais
leves, que podem ser usados com a capa, meias calças, sapatilhas e sapatos tipo
boot, que são confortáveis.

Camisas, camisetes, camisetas de manga longa e
curta, um casaquinho ou tricôs são perfeitos –tanto para o dia quanto para a
noite. Não esqueça das roupas de ginástica, do maiô ou biquíni. Por precaução,
você pode também levar uma bermuda ou uma saia para um dia mais ensolarado.
Echarpes, lenços e pashiminas, sempre! Vale, agora, investir nas bijuterias
porque elas dão um up no visual. A mala de primavera é bem parecida, com a
diferença de que você pode levar peças um pouco mais leves, porque os dias
são ensolarados e as noites um pouco mais frias. Jaquetas ou casacos de couro funcionam muito bem.

MALA DE VERÃO

 

 O verão europeu
costuma ser tórrido, com dias muito longos e cheios de sol – mas nós já estamos
acostumados a altas temperaturas, não? Portanto, faça a mala como se estivesse
indo para uma ilha do Caribe ou para uma cidade do Nordeste brasileiro. Mas não
abuse dos shorts muito cavados nem dos mini biquínis made in Brazil, porque
você não estará desfilando em Ipanema, no calçadão de Copacabana ou na praia de
Boa Viagem. As europeias usam roupas leves, como bermudas e vestidos, mas são bem mais formais. E as francesas, especialmente, muito elegantes. 

  Invista nos vestidos, nas saias (longas ou acima do joelho),
bermudas, blusinhas e camisetas. E aposte ainda na moda beach, como saídas,túnicas,
cangas, calças mais esvoaçantes e chapéu para eventuais passeios de barco,
praia ou piscina do hotel. Pashiminas e echarpes ou até mesmo casaquinhos e um
blazer mais leve são fundamentais na mala, porque o ar condicionado é muito
forte nos ambientes internos. Além do mais, podem ser usados com os vestidos e
saias. Rasteirinhas, sapatilhas e sandálias mais fashion devem fazer parte da
bagagem.
   

A mala masculina também pede muitas bermudas,
camisetas, jeans, sungas, um moletom mais leve, bonés, um blazer, duas ou três camisas
de manga longa e até mesmo um terno de verão para compromissos mais formais.

 

Seja qual for a
estação ou o país, tenha sempre em mãos os seus remédios usuais,
principalmente os que exijam receita médica. E, claro, as maquiagens não podem faltar nunca, mesmo que você fizer aquela linha mais básica. Rímel, lápis e batom na bolsa. E outra necessaire recheada na mala que vai ser despachada. O seu perfume predileto também é fundamental.  


NO ORIENTE MÉDIO

 

 Se você for para os Emirados Árabes – Dubai é a
cidade mais famosa e está na moda-, para o Marrocos, Jordânia, Egito ou
qualquer outro país muçulmano, lembre-se  sempre de respeitar a cultura e a religião
locais. Não precisa usar véu nem sair de burca, mas evite roupas cavadas,
decotadas ou muito curtas, mesmo no verão. As mulheres muçulmanas não mostram
os braços, nem as pernas e a maioria cobre a cabeça. No inverno, a mala é
semelhante à dos países europeus, porque o frio é rigoroso e neva.



 Mas na
primavera-verão, os turistas costumam usar bermudas e roupas mais leves. Porém,
ser discreto ali é uma questão de ética e educação. Um truque é usar nossos
vestidinhos de verão, ou túnicas, com calças fuseau e blusas leves de meia
manga ou manga comprida por baixo. Leve também algumas echarpes (com certeza,
vai trazer muitas outras de lá), porque elas fecham os decotes e podem ser
usadas como véu, caso você queira visitar uma mesquita, onde as mulheres só
entram com a cabeça coberta, mesmo que sejam turistas. Eles costumam até
emprestar capas para as visitantes estrangeiras que estejam com os braços ou
pernas à mostra. Não pague mico.
 E boa viagem!

1001 AVENTURAS NA PATAGÔNIA ARGENTINA

     TEXTO E FOTOS SIMONE GALIB

  Existe um santuário muito perto do Brasil, um lugar onde a
natureza é milenar, exuberante e intocada, que já foi mar, habitado por
dinossauros e hoje tem pais
agem semidesértica, mas com cenários distintos: há praias,
rochas vulcânicas, bosques ancestrais, parques nacionais, montanhas e até glaciais. São cenários de perder o fôlego…
   É uma terra de grandes aventuras, de culturas miscigenadas, com farta
gastronomia, e de vivências inesquecíveis junto a animais que só vemos em cativeiros,
mas ali estão livres, bem cuidados, se reproduzem naturalmente e são cercados
de carinho por uma população que demonstra muita consciência ambiental,
preserva sua história, fauna e flora.
  Mas, afinal onde fica esse paraíso, que
os europeus amam, mas muitos dos brasileiros conhecem apenas de nome e ainda não
cruzaram suas estradas, absolutamente tranquilas e seguras, seja na primavera,
no outono, no inverno ou no verão? Eu mesma já o havia sobrevoado a região e imaginei, na época, que estava sobre um árido deserto tamanha a sua extensão. Mal podia imaginar que os 10 mil metros de altitude escondiam um dos mais incríveis tesouros da natureza…  
    A porta de entrada é a província de Chubut, na Patagônia Argentina. Mais
precisamente a cidade de Trelew, onde aterrissamos em um aeroporto
internacional sem saber ao certo tudo o que nos espera. O que vem depois? Uma
surpresa atrás da outra. Aliás, uma surpresa melhor do que a outra,
especialmente para aqueles que buscam roteiros diferenciados, onde a natureza
faz a festa. Há quilômetros e mais quilômetros de grandes descobertas. Mas não
tenha pressa: a região precisa ser desfrutada com tempo, porque as distâncias
entre suas principais atrações são longas, e muito espírito de aventura.
Adrenalina e paisagens únicas são o que não faltam por ali.
  

 TRELEW: PONTO DE PARTIDA


  Localizada no vale do rio Chubut, Trelew é uma
cidade tranquila, plana, cheia de praças, tem um movimentado cassino, bons
restaurantes e é emoldurada pela paisagem do fértil rio, que continua dando
vida à região. Ela foi fundada por volta de 1886 quando os colonos galeses
buscavam transportar seus produtos agropecuários até o Golfo Novo. Seu nome
significa, na língua galesa, Pueblo de Luis em homenagem a Lewis Jones, um dos
fundadores da cidade. A presença da cultura galesa continua forte na região.


   Há
vilarejos, como Gaiman (a15 km), que mantêm suas casas de pedras, telhados em
chapas de ferro e paredes coloridas, além de ruas sem asfalto, preservando a arquitetura de seus
ancestrais, as festas britânicas, a música celta, os deliciosos pães e tortas
caseiros, além do tradicional chá da tarde galês, um ritual que merece ser
vivenciado. Não deixe de experimentar a torta galesa, uma invenção argentina, feita à base de creme.
  O mais tradicional endereço é a Casa de Té Galés, a primeira da
região, aberta há 21 anos e que foi a primeira da região. Totalmente reformada, tem um ambiente acolhedor e mesa muito farta.
  

   A casa ganhou mais popularidade quando foi visitada pela
princesa Diana, em 1995 – uma homenagem da princesa de Gales à colônia, dois
anos antes de sua morte. Instalada em um bem cuidado jardim, a casa de chá tem
capacidade para 300 pessoas e abre diariamente, das 14h às 20h, O chá completo
custa 120 pesos (cerca de R$ 40,00). E vem com mesa farta.

Com decoração britânica e quadros de Lady
Di espalhados por todo o ambiente, é um dos melhores – e mais apetitosos
programas da cidade. Aliás, em Gaiman há
até um círculo de pedras, inspirado em Stonehenge e nos antigos druidas, onde os galeses realizam seus festivais típicos. A língua também é ensinada nas escolas locais às crianças. Os colonos galeses afirmam que “a educação é o pão da alma.” Gaiman é um pedacinho muito peculiar do País de Gales na América do Sul.


DINOSSAUROS E OUTROS BICHOS 



   Trelew também é um
importante polo de negócios e principalmente de pesquisas super avançadas na
área de paleontologia.  É ali que está o
MEF, o Museu Palentológico Egídio Feruglio, considerado um dos maiores museus
das Américas e que hoje, entre outras atividades, se empenha na restauração dos
ossos do maior dinossauro do mundo, descoberto recentemente na região.

 Vale
conhecer toda a história da fauna, da flora e dos dinossauros que habitaram a
Patagônia há cerca de 35 milhões de anos. Ainda no quesito história, há também
o bosque petrificado Florentino Ameghino (a 100 km de Trelew), onde estão
vestígios geológicos de uma região, que tinha mar e rios. Hoje, podemos até
tocar em troncos de árvores gigantes que foram fossilizados ao longo de 60
milhões de anos.




TERRA DE PINGUINS

   



  É hora de interagir com a incrível fauna
local. E a primeira escala é Punta Tombo, a 110 km ao sul de Trelew, uma área
natural protegida, única na região de rochas vulcânicas, que abriga a maior
colônia de pinguins de Magalhães do continente. É importante entrar no Centro
Tombo, onde podemos nos familiarizar sobre o que vamos ver bem de pertinho um
pouco mais adiante, ou seja, a vida na terra e no mar da fauna da região
patagônica. Tome um café ou almoce no restaurante local, que tem uma incrível
vista panorâmica para o mar.


   Os
pinguins de Magalhães são aves marinhas, que não voam, têm uma grande
capacidade de mergulho (parecem um torpedo no mar), isolamento térmico e
impermeabilidade à água e, a partir de setembro, migram da costa sul do Rio de
Janeiro para se reproduzirem na Patagônia, onde ficam até o final de abril,
quando regressam ao Brasil.



   Em novembro, começa o período de incubação, que
dura em média 40 dias, e em janeiro nascem os filhotes. Durante a quarentena,
os casais (monogâmicos apenas por temporada) se abrigam em ninhos, criados
pelos machos, na terra ou sob pequenos arbustos para se proteger dos predadores
(em geral aves maiores, como a gaivota). Em Punta Tombo, vivem entre 200 mil e
400 mil casais de pinguins, que têm dois filhotes por ovo. No verão (janeiro e
fevereiro), a colônia chega a abrigar até 950 mil pares. Na reserva, eles convivem com guanacos (uma espécie de camelo patagônico), ovelhas, leão marinho, gatos selvagens e lebres europeias.
  


 



  O melhor desse passeio é que ele é feito a pé,
por meio de trilhas interativas, construídas em madeira, que garantem a
privacidade dos “moradores ilustres” do local, mas não os afastam totalmente de
nós. Acostumados à presença dos visitantes, os pinguins são muito dóceis e,
claro, já estão acostumados com os flashes: alguns fazem até pose para fotos.
Outros
até atravessam as trilhas e ficam muito próximos aos turistas, mas não podem
ser tocados.

  

     
   No final dessa incrível caminhada, forrada de ninhos, chegamos à
praia com direito a um mirante para desfrutar da paisagem com pinguins à beira
do mar azul turquesa ou simplesmente caminhando pela areia. Quem vai à reserva
no verão, pode ver os casais de pinguins junto aos filhotes – um presente da
natureza!


 FUNDO DO MAR

  
  



Seguindo para o norte de Chubut, sempre pela
Rota 3 – a segunda maior estrada da Argentina, que vai de Buenos Aires até a
Terra do Fogo – chegamos a Puerto Madryn (67 km de Trelew), a capital do
mergulho e a cidade mais turística da província. É o balneário preferido dos
argentinos durante o verão, com aeroporto, hotéis de quatro e cinco estrelas,
uma orla agradável e bom comércio local. Mas, o melhor de lá é o fundo do mar,
especialmente o mergulho de snorkel com os leões marinhos, acompanhado de
instrutores profissionais, que dão toda a assistência mesmo àqueles que nunca
mergulharam.

  A exemplo dos pinguins,
eles estão em seu habitat natural, são mansos e fazem belas acrobacias debaixo
d´água. Várias empresas oferecem o passeio, que dura uma hora e meia. Quem
participa da experiência volta à tona extasiado. Para os mergulhadores mais
tarimbados, há naufrágios, cavernas, fendas nas rochas e recifes. A variada
fauna marinha pode ser vista em águas rasas, limpas e transparentes, ou nas
profundezas de até 45 metros.

PENÍNSULA VALDÉZ

  


   Visitar
a Patagônia Argentina equivale a fazer um grande safári, só que em cenários
muito diferenciados. Há momentos em que nos sentimos praticamente no deserto, percorrendo
quilômetros e mais quilômetros de estrada, respirando o ar seco, mas a paisagem
vai mudando radicalmente à medida que nos deslocamos por Chubut. Em alguns
pontos da estrada, é possível avistar flamingos, muitas aves e ovelhas.  A província abriga cerca de 260 espécies de
aves (25% de todo o país).

  O cenário ganha outros ares quando chegamos à Península
Valdés, que tem ruas de pedra e muitas ovelhas. Aliás, a lã de ovelha é a principal atividade econômica local Patrimônio mundial da Unesco desde 1999, a península, com uma
superfície de 4 mil km², tem muitas baías, belas praias e golfos. Mas, antes ainda temos mais um encontro com pinguins e uma pausa para experimentar o cordeiro patagônico assado na brasa, prato típico da região.

   

  Fazemos uma rápida escala na Reserva São Lorenzo, um empreendimento privado, que abriga cerca de 300 mil pinguins e 2,3 mil ovelhas, que produzem 10 mil quilos de lã por ano. É possível fazer uma caminhada monitorada por 20 minutos na reserva e depois há pausa para um delicioso almoço no restaurante local. O cordeiro assado na hora vem acompanhado por um bom vinho.


ENCONTRO COM AS BALEIAS

  

       Mas é em
Puerto Pirámides – uma baía pequena, habitada por apenas 500 pessoas e que tem
um dos morros com a forma natural de uma pirâmide, daí a origem do seu nome – onde
vivenciamos uma das experiências mais incríveis: avistar de muito perto as
baleias da espécie franco-austral, que interagem com seus “bebês”, a poucos
metros do barco. Até 1,5 mil baleias transitam pela península ao longo do ano e
de junho até a segunda semana de dezembro são os melhores meses para vê-las,
porque ficam ali para alimentar suas crias. Depois, retornam à Antártida.
  


   Elas são muito
inteligentes, sensíveis e amistosas. Mas há também todo um cuidado para não
prejudicá-las em seu habitat natural:  apenas
seis embarcações fazem o passeio, de uma hora e meia, monitorado por guias
especializados. Os barcos ficam a 50 metros de distância, com o motor quase
desligado. De repente, surgem com suas
enormes caudas ou até mesmo passam sob o barco.

    Durante o percurso também
podemos ver os lobos marinhos que ficam em uma plataforma, aproveitando o sol
do final de tarde. Para aqueles que querem mais emoção, há o Yellow Submarine, o único do mundo onde podemos ver as baleias franco-austral debaixo
d´água. Ele tem 40 janelas e você fica
praticamente cara a cara com elas. A Southern Spirit Cruises oferece os dois
tipos de passeios. É pura adrenalina!    



SUBINDO AS
MONTANHAS

   O mar vai ficando distante. Estamos novamente
em um novo – e surpreendente – cenário patagônico.  Seguimos em direção a Esquel (a 602 km de
Trelew), uma cidade jovem, com 40 mil habitantes, a 550 metros a nível do mar,
mas considerada a maior da cordilheira de Chubut e foi no passado muito
disputada por chilenos e argentinos (fica a apenas 62 km do Chile e a 300 km da
famosa Bariloche). 
  No inverno, é um movimentado
centro de esqui e snowboard. A apenas 12 km está o complexo La Hoya, com neve
abundante e de boa qualidade, além de pistas, gastronomia e escola de esqui. A
temporada começa no final de junho e vai até meados de outubro. Mas durante
todo o ano também é possível desfrutar de suas incríveis vistas panorâmicas e
de uma natureza exuberante.
   Tingida de branco no inverno, Esquel é
deliciosamente colorida nas outras estações. Com paisagem típica de uma cidade
de montanhas, emoldurada pelos picos ainda nevados da Cordilheira dos Andes, tem
uma temperatura agradável na primavera (durante o dia sol até 20h, céu azul e
noites ainda geladas) e programas bucólicos, como o passeio no trem a vapor La
Trochita, um expresso patagônico que está em atividade há 60 anos. Há uma
paisagem mais linda do que a outra.

  

  No final do roteiro, podemos visitar o
Museu Nahuel Pan, que preserva o patrimônio da originária comunidade Mapuche e
a Casa das Artesãs, onde são vendidos produtos feitos pela população rural.
Ainda em Esquel, um bom programa para a noite é degustar os cinco tipos de
cervejas artesanais produzidas pela Cerveceria Heiskel (cerveceriaheiskel@gmail.com) e acompanhadas por uma boa mesa de frios.




   FLORES E VINHOS






   Para quem gosta de paisagens inusitadas e principalmente de flores, vale uma escala no
campo de tulipas em Trevelin, a 25 km de Esquel, cultivado por um casal, que
comercializa os bulbos em toda a Argentina. A plantação é feita entre abril e
agosto. Em outubro, nascem tulipas de todas as cores – o tapete colorido é uma festa para os sentidos. E passar um tempo ali é como se você entrasse em um cenário mágico, tendo ao fundo os picos nevados dos Andes em contraste com os tons fortes da primavera. Lá não são vendidas as tulipas, apenas cultivadas. O campo abre diariamente das 8 às 18h. O ingresso custa $ 40 (cerca de R$ 14) por pessoa. 

  Ainda em Trevelin, reserve uma tarde para conhecer
Nat y Fall (a 200 km da 
cidade) – um bosque com cascatas, que deságuam em
lagoas cristalinas. O parque é super bem conservado, com vários mirantes para que as quedas d´água possam ser observadas dos mais diversos ângulos. Passeio bucólico para um final de tarde. Sim, porque na primavera o sol se põe em torno das 20h.







  Seguindo pela Rota 69, próximo ao parque Nat Y Fal, há um jovem vinhedo de 4 hectares – considerado o mais austral que há no planeta. Ele existe há apenas cinco anos e já tem 6 mil pés da uva Borgonha pinot noir, que começam a dar suas primeiras folhas. Embora o vinhedo seja ainda “bebê”, o lugar é lindo. Tem um lago, onde nascem 500 trutas por ano. Os visitantes podem pescar e preparar sua própria refeição. Ali tudo é orgânico e tem também um espaço para motorhome, bastante utilizado por europeus.  

  

PAR

PARQUE NACIONAL LOS ALERCES 





  
   Quando achamos que conhecemos
praticamente tudo em Esquel, eis que surge uma das melhores experiências desse
miscigenado roteiro em plena primavera patagônica: o 
Parque Nacional Los Alerces (a 24 km de Travelin), um dos mais importantes da Argentina pela sua
extensão (área de 263 mil hectares) e 14 lagos – um mais lindo do que o outro.
Para descobrir uma parte desse pequeno paraíso preservado (até mesmo fumar é
proibido ali), é preciso caminhar em trilhas pela floresta. Uma enorme placa alerta para a presença de pumas na região e ensina os visitantes como devem agir caso os animais apareçam no meio do caminho. Mas o guia está junto e vai na frente, abrindo alas. Todos relaxam um pouco. Além do mais, vamos atravessando o bosque entrecortado por lagos cristalinos. Há até uma pequena praia de água doce que mais parece um cartão postal.







  Fazemos essa pequena escala antes de chegar a Puerto
Chucao, um  pequeno caís, de onde pegamos
um confortável barco, que navega pelo lago Menedez, com 350 metros de
profundidade e cujo pano de fundo é o glacial Torrecillas – uma paisagem de
sonhos. 

   



   
   





  Uma das muitas paisagens do Parque Nacional Los Alerces                           foto/Divulgação                                                              





     O barco atraca e, depois de
caminharmos cerca de 2 km, conseguimos alcançar a antiga floresta de cipreste
(também conhecido como alerce-da-patagônia), com árvores de 3 mil anos, que
atingem até 70 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Entre uma trilha e
outra, passamos por cachoeiras e lagoas; observamos enormes árvores de louro,
além de plantas e flores nativas. A natureza é tão fantástica ali que nem sentimos a caminhada em uma trilha estreita. A vegetação é exuberante e preservada com muita consciência ambiental.







Glacial Torrecillas                                                                                          foto Divulgação



     Desnecessário dizer que saímos dessa floresta
ancestral, com a imagem do belo glacial Torrecillas gravada na memória e totalmente revigorados, abastecidos mesmo, por uma natureza tão mágica.

  Sim, a Patagônia Argentina é um destino muito
especial…!

  


DIÁRIO DE BORDO



VOOS

A melhor maneira de se chegar à Patagônia
Argentina é via Buenos Aires. A Aerolíneas Argentinas oferece voos, partindo de
São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e,
a partir de 3 de janeiro, também de Salvador. Da capital paulista, são cinco
frequências diárias, das quais três fazem conexão imediata para Trelew (duas
pelo
Aeroparque Jorge Newbery,
localizado dentro da cidade de Buenos Aires)
 e outra pelo Aeroporto
Internacional de Ezeiza
, a 35 km centro. Também a partir de Buenos
Aires, a companhia disponibiliza duas conexões diárias para Esquel, pelo
Aeroparque.
 www.aerolineas.com.ar



MOEDA E COMPRAS

É melhor comprar pesos argentinos no Brasil em vez de levar
dólares. Embora a moeda americana seja aceita pela maioria dos
estabelecimentos, há muita oscilação de câmbio no mercado paralelo argentino em
função da alta inflação no país. Muitos lugares também aceitam o real. Embora a
moeda brasileira esteja mais valorizada ($ 1 peso = R$ 0,30), os preços no país
estão nas alturas, ou seja, nada muito diferentes do Brasil. Vale a pena comprar os chocolates artesanais, especialmente em Esquel, chás e geleias típicas da região.




ROTEIROS

As distâncias na Patagônia Argentina são muito longas, por
isso os pacotes de viagens podem dar mais mobilidade e segurança ao turista.
Várias agências no Brasil, como a New Age (ww
w.newage.tur.br/nov)  e Venturas (www.venturas.com.br)  vendem o destino, incluindo os principais
passeios.  Se preferir viajar por conta
própria, alugar um carro ou contratar um receptivo local é muito importante.



TARIFAS DE ALGUNS PASSEIOS

Mergulho com snorkel em Puerto Madryn (foto) – cerca de R$ 370 por
pessoa.



Observação das baleias – R$ 210,00 (barco comum) e R$ 420,00
(Yellow Submarine) por pessoa (reservas@southernspirit.com.ar).
Esses preços são da alta temporada, que vai de 1º de
setembro a 15 de dezembro.


Bosque Petrificado Fiorentino Ameghino – 80 pesos por pessoa
(R$ 27,00), com guia (www.bosquepetrificado.wordpress.com)


BAGAGEM E TEMPERATURA

Leve roupas e sapatos confortáveis e principalmente casacos
impermeáveis, echarpes, luvas e gorros para os passeios nas reservas e de
barco. Mesmo na primavera as temperaturas são ainda baixas, dependendo da
região, e o vento úmido aumenta a sensação térmica de frio. Na Península
Valdés, Punta Tombo e vale do rio Chubut, os termômetros, no verão, atingem
mínima de 14º e máxima de 36º; no inverno, de 1º a 15º. Já nas cidades da
Cordilheira dos Andes, como Esquel, no verão a mínima é de 14º e máxima, de
34º; no inverno, 2 graus negativos e 14º.



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SIMONE GALIB viajou a convite do Ministério de Turismo de Chubut. 

Conteúdo também publicado na revista Viagens S/A