Categoria: #negócios

     O Facebook cancelou sua conferência anual – o maior evento do ano para a gigante das redes sociais – em razão do surto de coronavírus, que se espalha pelo mundo. Está presente em 44 países.


      Batizado de F8, seria realizado em maio de 2020, em San Jose, na Califórnia, mas nesta quinta-feira (27) a empresa anunciou que o componente humano do evento seria eliminado. Há 33 pessoas com testes positivos no estado e 8,4 mil estão sendo monitoradas pelas autoridades de saúde.

     Em uma nota, o Facebook explica: “À luz das crescentes preocupações em torno do Covid-19, tomamos essa difícil decisão a fim de priorizar a saúde e a segurança de nossos parceiros desenvolvedores e funcionários.


     Agora, a empresa planeja substituir o encontro pessoal por “eventos hospedados localmente, vídeos e conteúdo de transmissão ao vivo.”


     Há um temor real em relação à doença nos EUA, uma vez que autoridades de saúde alertam que um surto pode ser inevitável. E os prejuízos econômicos também avançam.


     Segundo o site, sua cadeia de suprimentos de hardware foi interrompida e seus funcionários são instruídos a não viajar para a China, onde a doença começou. E os que visitaram o país estão trabalhando em casa.


      Outros eventos importantes também estão sendo cancelados ao redor do mundo, como a Mobile World Conference, a maior feira de telefones celulares, que aconteceria em Barcelona.


     O Salão de Móveis e Design de Milão, um dos mais importantes para o setor e que movimenta 132 milhões de euros, foi adiado para junho. 


    O surto já infectou mais de 81 mil pessoas e matou mais de 2,7 mil, a maioria na China. A Itália tem mais de 500 casos e 17 mortes. No Brasil, há apenas um confirmado, 132 suspeitos – 85 deles em São Paulo.        

     O coronavírus não chegou ao Brasil, mas seus efeitos sim: a Samsung e a Motorola interromperam a produção dos celulares no Brasil nos últimos dias por falta de peças.


   Os setores de eletrônicos e celulares são alguns dos mais afetados pelo surto, porque boa parte dos componentes usados para fabricação vem da China. E lá, várias fábricas estão reduzindo ou paralisando de vez suas atividades para evitar o contágio.


   Na fábrica da Samsung em Campinas (SP), cerca de 2,5 mil funcionários ficaram em casa entre os dias 12 e 14 de fevereiro.


  Enquanto isso, a Flextronics, responsável pela produção da Motorola, deu férias coletivas aos seus 2,2 mil funcionários desde a segunda-feira (17). 


   A situação é preocupante: 22% das 50 indústrias pesquisadas no Brasil podem paralisar as atividades a curto prazo, caso o fornecimento não seja normalizado, diz a Abenee, a associação do setor.


    No restante do mundo, as gigantes da tecnologia, entre elas a Apple, também enfrentam as mesmas dificuldades.