VOO 5 ESTRELAS




  Com o euro mais estável,
é hora de aproveitar as boas promoções para a Europa, garantindo passagens mais
baratas para viajar até meados do ano. Melhor ainda se voar em uma empresa aérea
super top, como a Singapore Airlines.
A empresa asiática oferece
o trecho São Paulo-Barcelona com preços a partir de
US$ 788 (ida e volta, sem taxas de embarque incluídas). Mas fique de olho nas datas: os bilhetes podem
ser comprados até
15 de fevereiro e o embarque realizado até 13 de junho.13 de junho.
Esse valor é para as
saídas dos aeroportos de Guarulhos, Curitiba, Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro.
Já os voos de outras cidades brasileiras exigem um acréscimo de US$ 160. O
pagamento pode ser feito em até cinco vezes sem juro, no cartão de crédito, nas
compras feitas em agências de viagens. Essa tarifa só não será válida para
viagens entre 7 e 14 de fevereiro.

Business class: espaço ideal para trabalhar durante o voo

A necessaire da primeira classe tem produtos da marca Salvatore Ferragamo



Considerada uma das mais
luxuosas e premiadas internacionalmente, e com um serviço de bordo impecável,
especialmente na First Class e Businnes, a companhia faz a rota São Paulo-Barcelona-Cingapura
três vezes por semana. A nova classe econômica é também mais espaçosa com um ótimo serviço de bordo.

A nova classe econômica da companhia asiática: mais espaço

 Fundada em 1947, a companhia asiática opera em 106 destinos e 37 países.
Vale a pena a experiência!
Quer saber mais? Dá uma
espiada no site
http://www.singaporeair.com

AIR FRANCE CANCELA VOOS

A Air France cancelou inúmeros voos, inclusive
os que partem do Brasil, em função da greve dos pilotos que foi deflagrada nesta segunda (15). A companhia aérea reitera aos clientes que reservaram voos entre 15 e 22
de setembro para adiar a viagem ou alterar os bilhetes gratuitamente. Ela prevê
oferecer apenas 48% dos seus voos nesta segunda-feira (15), informando que a
taxa de adesão é de 60% dos pilotos no primeiro dia da paralisação. A companhia
aérea lamenta a situação e diz ainda que “está fazendo todos os esforços para
minimizar os inconvenientes aos seus clientes”. Acrescenta que 7 mil funcionários
estão sendo mobilizados, mas que interrupções e atrasos podem ocorrer.
A companhia aérea
francesa recomenda que o passageiro confira 24 horas antes da viagem a condição
do seu voo nos sites http://www.airfrance.com.br/ e mobile.airfrance.com.br (aplicativo Air France disponível para
iPhone, Android e Windows   Phone BlackBerry).

Os clientes podem adiar a viagem
entre os dias 23 e 30 de setembro deste ano, sem custo adicional, alterando a
reserva, que está sujeita à disponibilidade. Para os clientes cujos voos foram cancelados, o bilhete será devolvido na
íntegra, sem qualquer custo. Os passageiros ainda podem receber um
crédito válido por um ano na Air France ou KLM em caso de adiamento da viagem
depois de 30 de setembro, mudança de destino ou ponto de partida e
cancelamento. Para solicitar entre em contato com sua agência de viagens ou por
meio do site da companhia. Acesse www.airfrance.com.br
em “Exibir/reservas de mudança. Você pode se informar ainda pelo Twitter @Airfrance ou Facebook.com/airfrance
 
VOOS CANCELADOS ENTRE SÃO PAULO E
PARIS
 15/09: AF 456 Paris-São Paulo que partiria hoje às 10h30
do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle
 15/09: AF 459 São Paulo- Paris que partiria hoje do
Aeroporto de Guarulhos às 19h10
 15/09: AF 454 Paris-São Paulo que partiria hoje às 23h30
do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle
 16/09: AF 457 São Paulo-Paris que partiria amanhã do
Aeroporto de Guarulhos às 15h40
 16/09: AF 456 Paris-São Paulo que partiria amanhã às
10h30 do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle
16/09: AF 459 São Paulo- Paris que partiria amanhã do
Aeroporto de Guarulhos às 19h10
16/09: AF 454 Paris-São Paulo que partiria amanhã às
23h30 do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle
17/09: AF 457 São Paulo-Paris que partiria dia 17/9 do
Aeroporto de Guarulhos às 15h40
                 ENTRE RIO DE JANEIRO E PARIS

 16/09: AF 442 Paris-Rio de
Janeiro que partiria amanhã às 23h25 do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle

17/09: AF 443 Rio de Janeiro-Paris que partiria 17/09 do
Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão às 16h20
  
ENTRE BRASÍLIA E PARIS
  15/09: AF 520 Paris-Brasília que partiria hoje do
Aeroporto Paris-Charles de Gaulle às 13h30
 15/09: AF515 Brasília-Paris que partiria hoje do
Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck às 22h40
Central de Reservas Air
France:
Capitais e regiões metropolitanas: 4003-9955
Demais localidades: 0800 888 9955

CHIEKO AOKI, UMA MULHER DE FINO TRATO


POR SIMONE GALIB      
FOTOS ÉRICO HILLER/VIAGENS S/A
 A hospitalidade é a essência da hotelaria. E quem melhor
para exemplificar, e especialmente vivenciar no dia a dia, esse conceito tão
fundamental, tão simples, porém nem sempre praticado com maestria, do que a
empresária Chieko Aoki, uma mulher que no Brasil foi precursora da arte de bem
servir o hóspede, dosando elegância, discrição, bom gosto e inovação. Com uma
visão de longo alcance, bagagem cultural, bom gosto e senso apurado de
observação, ela criou nos últimos 30 anos serviços e modelos de gestão que
foram copiados por muitos; conquistou milhares de hóspedes, colecionou
importantes prêmios, nacionais e internacionais, e sempre imprimiu sua marca
por onde passou. Não por acaso é conhecida no setor como “a dama da hotelaria”.
Aliás, uma classificação à altura do trabalho que vem realizando há três
décadas, onde se transformou em referência de administração e marketing de
hospitalidade.

Chieko Aoki chega para a entrevista, já pedindo desculpas
pelos poucos minutos de atraso. Elegantemente vestida, maquiagem discreta,
cabelo preso em um coque e usando um colar de pérolas, ela imediatamente nos
acomoda em uma sala anexa ao lobby do Blue Tree Faria Lima, previamente
preparada para o encontro. Dispensa o garçom e faz questão de servir o café aos
seus convidados. “Não gosto que ninguém me sirva. Os clientes estão sempre em
primeiro lugar”, diz, com naturalidade, a presidente da Blue Tree Hotels. E
serve novamente o cafezinho ao longo da conversa, que ela consegue transformar
em um bate papo, quase informal, mas recheado de informações e opiniões, sempre
muito objetivas. Sim, dona Aoki, como é chamada carinhosamente pelos seus
colaboradores, é uma anfitriã nata e sabe como cativar quem está ao seu lado.  

A empresária Chieko Aoki, no lobby do Blue Tree Faria Lima, em São Paulo

 

Nascida no Japão, “o país da simplicidade e dos detalhes”,
como ela mesma define, Chieko veio para o Brasil aos 7 anos. Formada em direito
pela Universidade de São Paulo, com cursos em administração na Universidade de
Sofia, em Tóquio, e de administração hoteleira, na Cornell University, nos
Estados Unidos, ela ingressou na hotelaria nos anos 1980 e não parou mais, “nem
mesmo para tirar férias”. Trabalhou em diversos lugares do mundo, como Estados Unidos,
Ásia e Europa, mas foi aqui que construiu sua própria história, cujas bases
foram alicerçadas em 1982, quando era diretora de marketing e de vendas do
Caesar Park São Paulo, um cinco estrelas na rua Augusta, que já naquela época
exibia o conceito de hotel-boutique, porém um pouco maior, e que fez muito
sucesso. “Ele nasceu para ser inovador e oferecer tratamento personalizado”, conta.
Depois, Chieko tornou-se presidente da rede Caesar Park Hotels & Resorts e
da mais antiga e tradicional companhia hoteleira dos Estados Unidos, a Westin
Hotels & Resorts.

SERVIÇOS DIFERENCIADOS

Na verdade, foi o Caesar Park São Paulo o canteiro de ideias
onde Chieko jogou as sementes que renderiam excelentes frutos ao longo de sua
bem sucedida trajetória na hotelaria. Foi a pioneira, por exemplo, em implantar
o serviço de café no lobby, com biscoitinhos finos, como cortesia. “Percebemos
que os hóspedes, logo após o check out, sentiam vontade de tomar um café, algo
que faz parte da cultura do brasileiro, antes de ir embora”, explica. Deu certo.
E depois vieram as águas aromatizadas. “As pessoas ficavam mais tempo no lobby.
Senhoras da região começaram a frequentar o hotel só para tomar um cafezinho. A
ideia se espalhou pelo Brasil.” Outro serviço inovador foram as guest relations mulheres para
acompanhar, especialmente nas refeições, algumas executivas – poucas, na
ocasião, que viajavam sozinhas, especialmente estrangeiras. “Eu mesma me sentia
constrangida em comer sozinha”, explica. A iniciativa também acabou copiada por
outros hotéis, inclusive internacionais.

 Os hóspedes habitués
eram ainda mais mimados. Chieko mandava sua equipe fotografar (em papel) o
quarto, nos mínimos detalhes, deixando-o exatamente como o hóspede queria “para
que ele se sentisse em casa, na volta”. Foi também naquele hotel que ela imprimiu
o nome dos hóspedes em caixas de fósforos e guardanapos; onde implantou o
primeiro apartamento em estilo japonês, com tatami, e que virou o predileto dos
brasileiros, especialmente casais em lua-de-mel; e inaugurou o Mariko, o
primeiro restaurante japonês em um estabelecimento cinco estrelas, que recebeu
toda a família imperial japonesa e foi também muito frequentado por políticos, por
formadores de opinião e por celebridades do país. Tanto o restaurante, quanto o
hotel viviam lotados. Foram muitos hóspedes ilustres, entre eles a popstar
Madonna, que costumava pedir uma profusão de águas e flores brancas na suíte.  “Aprendi muita coisa no hotel, especialmente o
requinte personalizado. As pessoas, mesmo as que tinham mais dinheiro, não eram
tão arrogantes, mas sim refinadas”, diz.

Eram outros tempos. Chieko relembra que naquela época não
havia computador, tudo era escrito à mão, inclusive as reservas, e registrado
em fichas de arquivo. Para ela, a tecnologia facilitou a vida, mas eliminou a
vontade de dar atendimento personalizado ao hóspede. “Hoje, o funcionário está
mais preocupado em achar o seu nome na tela do computador do que oferecer um
sorriso. Antes, sabíamos até a hora em que cada hóspede acordava”, conta.
Embora os hotéis administrados por dona Aoki sejam hi-tech e equipados para a
vida moderna, ela mesma não se diz grande adepta de muita tecnologia. “Detesto
responder e-mails. São quase 500 por dia. Adoro o Whatsapp, porque só mantenho
contato com quem realmente preciso”, diz. Também não está presente em nenhuma
rede social.

Vista aérea do Blue Tree Park Búzios Resort: cinco estrelas de frente para o mar                        divulgação

OUTROS DESAFIOS

Bastante sintonizada com as tendências internacionais,
Chieko Aoki sempre viajou muito, frequentando hotéis de todos os tipos e em
diferentes continentes, o que lhe serviu de exemplo e de plataforma de
trabalho. “Eu me inspirava em restaurantes, no atendimento de lojas refinadas e
na própria hotelaria, onde todos usavam luvas, do mensageiro ao garçom”, relembra.
No final da década de 1990, ela deu outro passo ousado. Percebendo que surgia
um novo segmento, o de negócios e eventos, a empresária criou uma rede voltada
para esse setor, com novo conceito, mas valorizando sempre o seu foco de
atenção: o hóspede. O objetivo era oferecer qualidade, conforto e excelência em
serviços com padrão cinco estrelas a preços competitivos de quatro estrelas.
“Eu não queria abrir mão dos bons serviços. Então, busquei um produto que
tivesse um custo-benefício melhor”, diz.  Ela vendeu o Caesar Park e ficou com a marca
Caesar Towers que, em 1997, passou a se chamar Blue Tree Hotels, rede que leva
o sobrenome de sua fundadora – Aoki em japonês significa árvore azul. Árvore
esta que ao longo dos últimos anos foi espalhando suas raízes em diversos
destinos estratégicos do país.

 Hoje, a rede fundada por Chieko Aoki opera 23 hotéis em 18 cidades
brasileiras, que totalizam 4.793 apartamentos, divididos nas submarcas Blue
Tree Park (hotéis e resorts padrão cinco estrelas); Blue Tree Premium (hotéis
quatro estrelas com serviços de cinco); e Blue Tree Towers (padrão quatro
estrelas), que envolvem 2,3 mil colaboradores diretos. Em 2012, seus hotéis
tiveram um faturamento bruto de R$ 325,5 milhões, índice que representou
crescimento de 27,5% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 255,5
milhões.

  Mas,
ela quer ir além: a ideia é administrar até 2017, 14 novos empreendimentos,
sendo nove no interior de São Paulo, um em Belo Horizonte, duas unidades no Rio
de Janeiro – uma delas em Macaé -, mais dois em Santa Catarina, um em Santo
Amaro da Imperatriz e outro em Itajaí. Com esse plano de expansão, a Blue Tree
pretende administrar, ao todo, 55 hotéis em território nacional nos próximos
anos.

Blue Tree Park Lins, a 430 km de São Paulo: parque aquático e piscinas termais                               divulgação

MIX DE CULTURAS

Apesar de viver muitos anos no Brasil, Chieko Aoki nunca
abandonou algo que ela traz em seu DNA, que é o servir com a alma e a
obstinação pela qualidade e pela excelência, tão valorizados pelos japoneses.
Aqui, ela procurou harmonizá-los com a alegria, com a cordialidade e com a criatividade
dos brasileiros. O resultado para o seu negócio tem sido muito bom, mas em
termos de Brasil, segundo ela, ainda há muito o que fazer. “Se o país quiser
crescer no turismo (hoje ocupa o 52º no ranking internacional), precisa
profissionalizar essa cordialidade. Não adianta ter uma fazenda bonita e não
cuidar dela”, afirma.

Às vésperas da Copa do Mundo, a empresária, que foi eleita
pela revista americana Forbes, no ano
passado, como a segunda mulher de negócios mais poderosa do Brasil, vai presentear o hóspede do Blue Tree com um guia completo sobre o Brasil. Sua bem treinada equipe de colaboradores já está
devidamente a postos para entrar em campo, acolhendo a todos com gentilezas,
bons serviços, sorrisos e simpatia, aliás, a marca registrada da chefe e da
rede que administra com pulso firme e toque de classe!

O QUE É HOSPITALIDADE?

 

A excelência de
serviços, tão bem exercida por Chieko Aoki, não decorre única e exclusivamente
de treinamento, embora ele seja constante entre seu staff, mas sim de uma
bagagem cultural própria, de uma postura diante da vida, que ela traz de sua
raiz. A seguir, alguns “mandamentos” básicos”.




CONCEITO  “A
hospitalidade não tem forma. É a prática de você fazer as pessoas ficarem bem. O
ser humano gosta de se sentir importante. Por isso, é fundamental conhecer a
“alma” dele. Mas, primeiro precisamos trabalhar a nossa para poder enxergar a
do outro.”


FOCO – “É sempre o
hóspede. Devemos perceber e antecipar suas necessidades. Se ele se chateou o
dia inteiro, precisa voltar ao hotel onde vai ficar bem, recarregar suas
energias. É o local em que será valorizado e respeitado. Não quero saber se
algo vai ficar bonito no quarto e sim se será bom para o hóspede.”


SIMPLICIDADE – “É a beleza
que você enxerga na essência. Se tiver só uma flor no quarto, ela deve ser
maravilhosa. Sim, porque o simples é difícil e chama muito mais a atenção.”


TRADIÇÃO – Precisamos
preservar nosso patrimônio, porque o passado não volta – é uma riqueza que devemos
manter. Turismo é agradar o viajante, é passar a cultura local de uma forma
positiva.


CONSCIÊNCIA – “Uma das
piores coisas em um determinado lugar é o lixo, porque revela o nível
educacional. Ele não tem nada a ver com pobreza e sim com cidadania e moral.
Você joga o lixo e o outro passa por cima. Quando viajo, reparo muito se as
ruas são limpas e as casas, idem. A pessoa cuidadosa é limpa e simples.” 


 

 Perfil também publicado na edição de maio da revista Viagens S/A, da qual sou editora executiva.

OS MENINOS PODEROSOS DO HOTEL URBANO

João Ricardo e José Eduardo Mendes,do Hotel Urbano, a maior agência online do país

POR SIMONE GALIB  
FOTOS DARIO ZALIS/VIAGENS S/A


Tudo aconteceu num flash. Era 1º de janeiro de 2011. Ano
novo, vida nova. Dois irmãos de vinte e poucos anos, saindo de um jogo de
futebol, no Rio de Janeiro, tiveram uma ideia inspiradora, que iria modificar
totalmente suas vidas e as dos turistas brasileiros também. Observando o
mercado, eles perceberam que, enquanto no exterior se solidificavam sites, como
Expedia e Booking.com, com venda online de pacotes e diárias de hotéis recheados
de bons descontos para o consumidor final, o Brasil não tinha nada parecido no
quesito turismo. Tudo era feito diretamente no balcão do hotel e por intermédio
das agências de viagens. Os rapazes José Eduardo e João Ricardo Mendes captaram
a lacuna e seguiram o fluxo, começando com um time de cinco pessoas e cinco
computadores em um espaço minúsculo na garagem. Em 15 dias, a equipe
praticamente dobrou e já tinha gente trabalhando no corredor.

  Assim, surgiu o
Hotel Urbano, uma startup que tem por slogan conectar pessoas aos seus sonhos,
mostrando que viajar é cada vez mais possível. Em apenas dois anos, saltou de
cinco para 400 funcionários, hoje ocupa uma sede de 2 mil metros quadrados, no
Rio, mais um escritório, na avenida Paulista, em São Paulo, e tem ainda duas
lojas próprias em shoppings cariocas. Ao longo desse período, o Hotel Urbano se
transformou em uma agência de viagens online (OTA, na sigla em inglês), que em
2012 faturou R$ 280 milhões. Para este ano, a previsão de faturamento é de R$ 520
milhões.

    O faro dos jovens
empresários para os negócios online foi tão certeiro e o momento era tão
propício que mesmo ainda quando trabalhavam na pequena garagem foram sondados,
com apenas 20 dias de empresa, pelos maiores fundos internacionais, conta José
Eduardo Mendes, sócio fundador e diretor executivo do Hotel Urbano. Três meses
depois, eles já recebiam o primeiro aporte de investidores estrangeiros e
recentemente foram injetados no negócio US$ 20 milhões (cerca de R$ 44 milhões)
do fundo de capital de risco Insight Venture Partners, de Nova York, que já
investiu em empresas como Twitter, Tumbler, Decolar e Flipboard, entre outras.
Ao todo, foram três aportes. “Os fundadores do Hotel Urbano têm uma forte visão
de crescimento e estão trazendo benefícios para funcionários, clientes e
acionistas. Estamos apoiando fortemente a gestão estratégica para novos
produtos e oportunidades”, afirma Brad Twohig, sócio-diretor da Insight.
 

O escritório do Hotel Urbano, ocupa uma área de 2 mil m2, na Barra da Tijuca, Rio

 COMEÇO DIFÍCIL

 Apesar do crescimento
relâmpago, o começo foi difícil para os meninos da startup. “Recebemos muitos
nãos”, relembra José Eduardo, hoje com 30 anos, e já acostumado ao marketing
online – ele abriu o seu primeiro site de e-commerce, aos 22 anos, quando
terminou a faculdade de administração de empresas, no Rio.  “Na startup, começamos focando nas pequenas e
médias pousadas que as grandes operadoras tinham esquecido e formavam um nicho
não explorado. Depois, as redes hoteleiras começaram a abraçar o projeto”, diz
ele. Sim, porque os grandes resorts estavam com taxas de ocupação abaixo de 40%
fora da alta temporada e feriados. “Eles entenderam que era possível ter
movimento o ano todo e com essas parcerias conseguimos descontos de 25% a 30%
em relação aos preços praticados pelas operadoras e outras agências online. Há
casos em que damos até 50%”, afirma o empresário.

 Hoje, o Hotel Urbano
oferece diariamente cerca de 4 mil pacotes com preços acessíveis para mais de
400 dos principais destinos turísticos nacionais e internacionais. Além disso,
há ainda em torno de 180 mil opções de hospedagem, entre hotéis, pousadas,
resorts etc em 30 mil destinos de 183 países. Os bons números, porém, não param
por aí. Apenas no ano passado, eles venderam cerca de 1,6 milhão de diárias, o
que representa pouco mais de uma diária comercializada a cada 20 segundos na
plataforma e a previsão é que este ano feche com 2,9 milhões de diárias vendidas.
No Brasil, é o líder entre os sites de comércio eletrônico.

No vocabulário da equipe antenada e multiconectada do Hotel
Urbano agilidade é a palavra-chave. Para alavancar o marketing e tornar a marca
conhecida, contrataram a gerente Roberta Oliveira, 30 anos – hoje também sócia-diretora
– com grande expertise no setor online. E descobriram que era muito mais inteligente
criar fãs da própria marca do que simples banners no Google. O cadastramento
dos internautas gerou curiosidade, além do acesso às promoções e aos pacotes. Desde a nossa fundação evoluímos para nos tornar uma agência de viagens
online jovem, alegre e com uma grande conexão emocional com os nossos clientes,
os viajantes HU”, afirma Roberta.
Por isso, o papel das mídias sociais foi fundamental e continua sendo uma das
principais estratégias da empresa. “A mídia social mapeia o comportamento do
usuário e nos ajuda a entender o que cada cliente quer”, diz José Eduardo.
Hoje, segundo ele, são mais de 8 milhões de fãs no Facebook, o que confere à
companhia a maior fanpage do segmento de viagens do mundo, ocupando também o
quarto lugar no ranking internacional do Facebook. “O Hotel Urbano fala com 15
milhões de pessoas, que compartilham pacotes, e é visto por outras 30 milhões,
segundo pesquisas do próprio Facebook”, avalia. Uma audiência e tanto!

GRANDE VITRINE

Apesar do crescimento na internet e nas redes sociais, o
Hotel Urbano quis ir além do mundo virtual – e foi. No final do ano passado,
abriu duas lojas, batizadas de conceito, em shoppings do Rio. A iniciativa foi
para consolidar a marca no mercado, aproximar-se do cliente e também servir
como um grande laboratório para quebrar o preconceito de compras online. O
curioso é que na loja tudo é também feito pela internet. “O objetivo é termos
mais um canal de relacionamento e contato com aqueles que, por qualquer motivo,
ainda se sentem inseguros em comprar online”, conta João Ricardo Mendes, cofundador
e presidente do conselho do Hotel Urbano. “Nossos consultores são treinados
para seduzir o consumidor a fim de que ele possa depois comprar de sua própria
casa ou do celular, porque hoje as pessoas estão presentes em diversos canais.
Não querem fazer compras apenas no shopping”, completa o irmão, José Eduardo.

 NOVOS PROJETOS

Diante do bom momento vivido e do ritmo sempre acelerado
desta turma, novos projetos não faltam. O próximo deles é o lançamento do
aplicativo para celulares, o que está previsto para este mês e que tem a meta
de atingir 1 milhão de usuários. Eles também vão criar programas personalizados
em que o consumidor possa montar seu próprio pacote de viagem, tanto no Brasil
quanto no exterior. A ideia é que os preços fiquem cada vez mais competitivos
para que as pessoas vinculem as viagens ao seu dia a dia e não apenas ao
trabalho. O Hotel Urbano também prepara uma expansão internacional, começando
pela América Latina, e um novo motor de hotéis com navegação mais agradável e
foco em conversão. E, para os brasileiros, as compras podem ser parceladas em
até 12 vezes sem juros. Tem mais: os jovens empresários estão estreando uma
nova logomarca, cujo conceito nasceu das pesquisas com os fãs na internet,
especialmente no Facebook. Foi pedido que expressassem o que significava o
Hotel Urbano para eles. E algumas das palavras citadas foram: felicidade,
sonho, vida, viagem, liberdade, conquista, internet e alegria.

 Aliás, palavras que
traduzem bem a rotina desses jovens empreendedores do Hotel Urbano, que
trabalham até 14 horas por dia na velocidade da web, onde “tudo é para ontem”,
e com uma equipe muito afinada. “Estamos passando por um momento de crescimento
explosivo, onde temos que escolher de forma cirúrgica as diversas
oportunidades. Apesar de tudo o que já construímos, tenho certeza que é só a
ponta do iceberg”, afirma João Ricardo. “Crescemos com muita qualidade, porém
ainda somos um bebê em termos de base”, complementa seu irmão, José Eduardo.
Mas, se como disse Steve Jobs “criatividade é apenas conectar as coisas”, o
Hotel Urbano tem tudo – e mais um pouco – para voar cada vez mais alto! 
ÍNTEGRA DA MATÉRIA – REVISTA VIAGENS S/A

http://www.viagenssa.com/Edicoes/Default.aspx

OS ÓRGÃOS DO CONDE

 Depois de
toda a polêmica envolvendo Chiquinho Scarpa –aliás, ação de marketing que
considerei de péssimo gosto e resultado duvidoso, apesar da repercussão –
começa nesta segunda-feira (23), e vai até o próximo domingo (29), a campanha
para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Na
semana passada, durante o pré-lançamento, todos ficaram tão preocupados em
desvendar a pegadinha do enterro do Bentley do conde, avaliado em R$ 1,5 milhão,
que o principal alvo da ação foi eclipsado. O assunto virou motivo de deboche e,
desvendada a história, ela acabou “morrendo” até mesmo na internet. Acredito que as
ações de marketing não precisam enganar as pessoas e a própria mídia para impactar.
Há ferramentas mais criativas. Mas essa é uma outra história… 

 Blá-blá-blá
à parte, vamos ao que realmente interessa. Hoje, no Brasil há cerca de 30 mil
pessoas na fila de espera para um transplante e de cada dez brasileiros
abordados, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. A maior lista
de espera é por um rim –há 20 mil brasileiros no aguardo. Em segundo lugar,
estão os que precisam de transplante de córnea (6 mil), seguidos pelos
portadores de doenças no fígado (1.300) e, por último, coração e pulmão, com
200 e 170, respectivamente.

 O trabalho da Associação Brasileira de Transplantes
de Órgãos (ABTO), em parceria com o Ministério da Saúde, dos governos estaduais
e entidades médicas, vem surtindo efeito –até junho deste ano o país teve 1.273
doadores, o que o coloca em segundo lugar no ranking mundial em número de
transplantes realizados. Porém, os índices de doadores efetivos, por milhão de
população, ainda são muito baixos em relação aos outros países. A título de
comparação, no ano passado, o número chegou a 10,7 no Brasil, enquanto a Espanha
–o melhor país nesse ranking – atingiu 35,3, seguida pela Croácia (35), Bélgica
(29,3), Portugal (28,5%) e EUA (26).



VONTADE EXPLÍCITA


  Para
se tornar um doador, é importante comunicar à família esse desejo porque, de acordo com a legislação dos transplantes no Brasil, a doação
deverá ser consentida pelo familiar de até segundo grau. Segundo o médico José
Osmar Medina Pestana, presidente da ABTO, a recusa dos familiares está
relacionada à falta de manifestação da vontade de doação em vida. “Sempre que o
indivíduo se manifesta a favor, os familiares autorizam”, diz ele. A
falta de informações sobre o assunto, na avaliação da própria ABTO, também
contribui para esse baixo índice. Daí, a importância da campanha. “Apostamos na adesão da sociedade para tornar essa espera por um órgão menos longa e dolorosa”, afirma Medina.

 Ficou
interessado? O site oficial da ABTO http://www.abto.org.br/  traz todas as informações para a prática efetiva da doação.

Chiquinho Scarpa que protagoniza a nova campanha