IMAGEM SIGNIFICATIVA
Um dos nomes mais lembrados pela mídia internacional neste 1º de julho foi o de Diana, a eterna princesa de Gales, que teve um casamento de conto de fadas, uma trajetória conturbada na realeza e morreu de forma trágica.
Se ela estivesse viva, completaria 54 anos e, com certeza, seria uma das mamães mais orgulhosas do planeta pelos dois filhos e herdeiros da coroa britânica, os príncipes William e Harry, que trazem em seu DNA o carisma, a beleza e a simpatia da mãe. Com certeza, também seria a vovó mais elegante da Corte.
Fico imaginando Lady Di corujando seus dois netos, os pequenos George e a recém-nascida Charlotte, também Diana no nome. Mas, essa jornada acabou interrompida, em 1996, no auge de sua fama e beleza. O mundo ficou de luto!
Quanto mais o tempo passa, e tudo se transforma, menos Diana é esquecida. Ao contrário: parece estar em toda parte, como se administrasse de um palácio etéreo de cristal a família, o assédio da imprensa, os boatos sobre suas supostas aventuras amorosas, as inúmeras instituições e os países paupérrimos, que constantemente visitava, levando luz aos que estavam na escuridão.
Sua presença continua marcante, mas agora de um jeito mais sutil, em um gigantesco álbum de fotos e memórias. É constantemente lembrada e homenageada pelos filhos, que postam quase que diariamente fotos da mãe em suas mídias sociais. A princesa tem várias páginas no Facebook.
Diana nunca sai de cena em nossa lembrança.
Seus vestidos de gala exibidos nos grandes salões, as roupas casuais, os chiquérrimos acessórios e as poderosas jóias marcaram época e ainda inspiram milhares de pessoas mundo afora. O carisma, a postura, o caráter e a elegância de Lady Di não conseguem ser superados por ninguém, por mais que tentem. Ela pode servir de exemplo, mas não adianta querer imitá-la porque não existem sucessores nesse Reino, o universo particular da princesa de Gales.
Há pessoas que nasceram para ser a estrela mais brilhante de toda uma constelação. Assim foi, é e para sempre será Lady Di.
Uma grande mulher, linda por fora, mais bonita ainda por dentro, porque sua nobreza estava no coração!
fortuna!
Esporte é alegria, é adrenalina, é união. Não pode ser jogado nesse caldeirão
de interesses escusos.
O Brasil está se tornando, dia após dia, um país de frustrações, de desilusão, de descrédito, do deboche – e isso pode ser aplicado em todas as instâncias. A postura do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira foi mais um duro golpe em qualquer perspectiva de se acabar com a impunidade e a corrupção ou ao menos coibi-las. O ministro Celso de Mello que encerrou o seu voto com a aceitação dos embargos infringentes no julgamento do mensalão, garantindo uma maioria de seis votos pela retomada do julgamento de 12 réus nos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, provocou indignação nacional, embora estivesse agindo dentro da lei. Ele também deu a chance para alguns condenados, como José Dirceu, o ex-ministro da Casa Civil, de escaparem do regime fechado de prisão. Além de protelar mais ainda a resolução de um processo que já se arrastou mais do que devia no STF.
Muita gente passou o dia acompanhando o pronunciamento do ministro, que durou duas horas, e no final houve um sentimento coletivo de desencanto e de vergonha. Mas o que aconteceu hoje no Brasil não tem nada de inédito, não causa espanto e era totalmente previsto. Celso de Mello já havia antecipado desde a semana passada o rumo de sua decisão o que, aliás, foi exaustivamente publicado pela mídia.
Por que esse tamanho desencanto agora se nós já sabemos e sentimos duramente na pele que não podemos confiar na Justiça, até mesmo para resolver os problemas mais simples do nosso cotidiano? Por que tanto espanto se as leis e a indústria dos recursos foram feitas para entupir os tribunais e favorecer os poderosos? Isso acontece aqui diariamente, afeta nossas vidas, relacionamentos, empresas, empregos, famílias. E a impunidade percorre, com maestria, todos os poderes. A Justiça nacional enquanto instituição é uma carroça velha e emperrada há muito tempo. Aliás, isso parece fazer parte das nossas raízes. Então, por que tamanha ressaca cívica diante desses embargos infringentes? Alguém, em sã consciência, achava que eles não iriam encontrar uma brecha jurídica para ganhar tempo?
Claro que todos têm o direito de “desabafar” e hoje as mídias sociais viraram um grande mural de lamentações. Muitos manifestaram o seu luto e a indignação por meio de fotos, frases, compartilhamentos. Por outro lado, se tudo isso está acontecendo é porque nós mesmos permitimos. Será que, se as multidões tivessem se reunido em manifestações pacíficas, às vésperas do desfecho do julgamento do mensalão, o resultado teria sido realmente este? Hoje não era um ótimo dia de mobilização geral e de consciência política, praticadas não apenas nas redes sociais? O próprio STF já esperava por isso a ponto de ter reforçado a segurança. Mas os protestos foram pequenos diante da grande indignação manifestada.
Por que a voz das ruas foi apagada tão facilmente de nossa memória, dando margem a manobras com a legitimidade da lei para perpetuar a impunidade? Motivados pelos jovens, os brasileiros viveram momentos inesquecíveis de protestos em junho e o governo tremeu nas bases, ficou acuado, votou emendas, abaixou tarifas de ônibus… A reação foi imediata. Essa oportunidade nos foi dada. Sim, porque o “grito das massas” -e não de pequenos grupos de vândalos – é uma poderosa arma contra os corruptos, aliás, a única que parece funcionar neste país. Mas a oportunidade também acabou perdida e a preciosa lição, não assimilada. Consciência política também é uma conquista.
O gigante continua adormecido e os políticos estão cada vez mais acordados. Este, sim, é o verdadeiro luto verde e amarelo. Que pena!
Havia um quadro muito especial no céu neste final de domingo: a conjunção de Vênus com a lua crescente, que começou ao entardecer e se estendeu até o início da noite. O fenômeno astrológico pôde ser observado a olho nu em várias cidades do mundo e do Brasil, inclusive em São Paulo, que teve um dia lindo, de céu claro e muito azul. Esse “encontro” virou o assunto predileto nas mídias sociais. E eu que estava caminhando pelas ruas do bairro, sem ter planejado nada, pude acompanhar todo o processo, do início ao fim. Começo a semana revigorada, guardando na lembrança este flash mágico!
Os gastos com a Copa foram uma das principais reivindicações nas ruas do país |
Paulistanos protestam na av. Paulista, um dos símbolos da cidade |
Protestos contra a Copa nas areias de Copacabana, no Rio |
O Brasil vive um momento único, histórico. A sensação é que um tsunami, cujas ondas são pessoas, avançou sobre as principais cidades do país, na velocidade da luz, e tirou todo mundo da zona de conforto.
O mundo parou para assistir, tão perplexo quanto nós, brasileiros, as cenas que estão por toda a parte. Jovens nas ruas, invasão de palácios governamentais, manifestações que surgem em lugares inusitados e que são amplamente divulgadas, especialmente nas mídias sociais. A imprensa tradicional tropeça. O governo está absolutamente perplexo e todos dias vamos dormir com a sensação de que não há absolutamente nada previsto para o dia seguinte.
Ninguém entende nada e não sabe o que vai acontecer no próximo minuto. Nunca vi tanta gente se manifestando, desabafando em praça pública, no Facebook, Twitter. Viramos a vitrine do mundo. Todas as feridas estão expostas e agora é tempo de curar os ossos e de tirar as máscaras. A lama surge de todo lugar. Não temos mais nada a esconder, mas muito o que mostrar. Diante de tanta incerteza, uma única certeza prevalece: nada mais será como antes a partir deste junho de 2013. E, apesar das milhares de análises de especialistas das mais diversas áreas, de comparações com outros períodos da história contemporânea, dos discursos de esquerda, de direita, sabemos que este momento é único e apartidário. É a alma brasileira sendo lavada, sem pudor. O gigante real emerge do mundo virtual. Sai o velho para entrar o novo. E esse movimento tem uma força extra, inexplicável que nada nem ninguém vai conseguir deter. Os jovens quebram todos os cordões de isolamento. E nós os seguimos, mesmo sem saber ainda para onde estamos indo. Mas é um caminho sem volta!
Na noite deste domingo, vários famosos também aderiram às manifestações e se mobilizaram nas redes sociais, pedindo mudanças para o Brasil. Utilizando as hashtags “muda Brasil” e “dói em todos nós”, Carmo Dalla Vecchia, Thaila Ayala, Yasmin Brunet e Fernanda Rodrigues, entre outros, postaram no Instagram fotos suas em que aparecem com o olho roxo em referência à repórter Giuliana Vallone, da Folha de S.Paulo, que foi atingida por uma bala de borracha enquanto cobria a manifestação em São Paulo. Essas imagens fazem parte do protesto fotográfico “Dói em Todos Nós”, do fotógrafo Yuri Sardenberg.
Eles surgem na rede à véspera da quinta manifestação em São Paulo, marcada para esta segunda, às 17h, no largo da Batata, em Pinheiros. O movimento, iniciado pelo Passe Livre, vai ganhando vulto, adesões, discussões e apoio internacional. De fato, agora o Brasil definitivamente está na vitrine do mundo. E o mais inusitado: não é pelo futebol.
Praça Taksim: hoje o centro das manifestações em Istambul |
A praça Taksim é um dos locais mais movimentados da cidade |
Haghia Sophia, um dos cartões postais da cidade |
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Os bancos da praça em frente à Mesquita Azul: ponto de encontro |
por SIMONE GALIB