ELOS DO NARCOTRÁFICO ENTRE BOLÍVIA E MÉXICO SÃO TEMA DE DOCUMENTÁRIO!

         Não dá para ignorar tudo o que está acontecendo na América do Sul nesta reta final de 2019. O continente vive uma fase turbulenta de transição, protestos violentos, queda de regimes e destruição de cidades. O Brasil se mantém em estado de alerta.


      Desde que o presidente Evo Morales renunciou, jornais do mundo inteiro publicam matérias divulgando os elos entre traficantes de drogas na Bolívia e no México, país que, aliás, deu exílio a Morales.
     
     Essa estreita relação entre traficantes de drogas bolivianos e mexicanos, principalmente com o Cartel de Sinaloa, pode ser vista no documentário Clandestino, da Discovery Channel. 


Assista aqui


     Ela foi revelada pelo trabalho do jornalista espanhol David Beriain, que passou mais de três meses infiltrado no cartel de Guzmán Loera.


     O jornalista, que foi correspondente de guerra no Iraque, Afeganistão e Líbia, passou um ano se dedicando ao projeto. O documentário foi transmitido em três capítulos.


    Segundo ele, “o verdadeiro negócio do cartel é levar cocaína dos países produtores (Colômbia, Peru e Bolívia), para Culiacán, Sinaloa, disse Beriaim ao Huffington Post.


     É muito dinheiro envolvido. Na Bolívia, o quilo de cocaína custa US$ 2,5 mil. Quando chega ao México, salta para US$ 17 mil, enquanto que na Europa e nos Estados Unidos, o preço aumenta drasticamente.


FACÇÕES BRASILEIRAS


     Nos últimos 15 anos, segundo o site Hoy Bolivia.com, o país registrou a entrada de emissários e um chefe de oito cartéis do tráfico de drogas de quatro países, entre eles o Brasil.


      Entre eles, estavam membros do PCC e do Comando Vermelho (Brasil), outros dos cartéis de Medellín e Norte do Vale (Colômbia), além dos cartéis mexicanos de Sinaloa, Jalisco Nueva Generación (CJNG) e de Tijuana. Ao grupo se anexou a Ndrangheta Calabrian, uma das mais sangrentas máfias italianas.


     Em 2017, o Brasil capturou o mexicano José González Valencia, um dos líderes do CJNG. Quando foi preso, tinha uma carteira de identidade boliviana em nome de Jafett Arias Becerra.


     Além da presença de todos esses cartéis, há várias ações suspeitas que ligam o então governo de Morales ao tráfico de drogas.     

A noite passada por Morales em Cochabamba após a renúncia               Fotos Públicas



      Quando renunciou à presidência, Morales se escondeu em Chapare, área de cultivo de coca em Cochabamba, local onde surgiu como líder político e ainda mantém certo poder. Curiosamente, agora vive no México.


      















E AGORA, GILMAR? CAMPANHA PELO IMPEACHMENT GANHA FORÇA NA INTERNET!!

         O assunto mais discutido nesta segunda-feira no Brasil nas redes sociais foi o pedido de impeachment de Gilmar Mendes. E em plena madrugada de terça-feira continua no radar. Ninguém quer dormir!


    A hashtag #ImpeachmentGilmarMendes é o assunto do momento no Twitter Brasil, com 665 mil posts, e ocupa o 5º lugar nos top trends mundiais. Fato semelhante ocorreu na eleição de Jair Bolsonaro com 1 milhão de menções. 


     Com vídeos, piadas, memes, fotos, os brasileiros expressam de forma direta e espontânea o imenso descontentamento com a postura do ministro do Supremo Tribunal Federal, inimigo declarado da Lava-Jato e de Sergio Moro.


     Essas postagens se intercalam com as notícias da liberação de presos pela força-tarefa (muitos deles soltos com habbeas corpus expedidos por Gilmar).


      Os dois ex-tesoureiros do PT, João Vaccari Neto e Delúbio Soares, condenados na Lava-Jato, também conseguiram a revogação da execução de suas penas e não precisam mais cumprir medidas cautelares, como a restrição de não sair de Curitiba e o uso de tornozeleiras eletrônicas. 


       Pela internet também circulam vídeos de criminosos comemorando a derrubada da prisão de segunda instância. Está difícil a compreensão pela classe política de que o brasileiro não aceita mais impunidade.
           
       No próximo domingo, 17 de novembro, novas manifestações vão tomar as ruas para pedir… o impeachment de Gilmar Mendes.


       Será que tudo vai continuar igual? 


      A Bolívia acaba de nos mostrar que a voz do povo faz, sim, toda a diferença! 


     
     
     

PÂNICO GERAL: GREENWALD APANHA DE AUGUSTO NUNES AO VIVO!

   

         Os brasileiros acordaram nesta quinta-feira, 7, com uma cena inédita: o conceituado jornalista Augusto Nunes dando uns tapas no americano Gleen Greenwald, ao vivo, em plena gravação do programa Pânico, na Jovem Pan.


         Em segundos, as imagens viralizaram na internet e boa parte dos internautas se solidarizou com Nunes. E até agora é um dos assuntos mais comentados do Twitter.


         São fatos inusitados na história da imprensa brasileira, que vive a sua pior fase. Não me lembro de ter visto jornalistas saindo no tapa ao vivo.


         Claro que ninguém aqui vai fazer apologia a qualquer tipo de agressão. Mas que Gleenwald mereceu as palmadas, ah… isso mereceu mesmo! Ele chamou Nunes de covarde várias vezes. Estavam lado a lado.


         “Eu tinha duas opções: ou reagir com altivez ou engolir o insulto. Não tive alternativa. O agredido fui eu. Reagi a uma agressão. Me sinto completamente tranquilo. Saí de lá em paz comigo mesmo. Não havia o que fazer”, disse ele à Folha.


         Diante da saia justíssima, a Jovem Pan emitiu uma nota em que se diz “defensora dos princípios democráticos, do pluralismo de ideias e da liberdade de expressão”.


          A emissora diz ainda que “a liberdade de expressão e crítica concedida a seus comentaristas e convidados, contudo, não se estende a nenhum tipo de ofensas e agressões”. A Jovem Pan termina o texto, pedindo desculpas “aos ouvintes, espectadores e convidados, inclusive a Gleen Greenwald.


      O fato é que, em nome da liberdade de expressão, fatos bizarros acontecem todos os dias, a cada segundo. Essa tal liberdade, porém, deve ser praticada por todos, principalmente por aqueles que se sentem no direito de ofender o Judiciário do país e as vozes que o representam com legitimidade.


       O americano, que vazou mensagens roubadas das principais autoridades da República para tentar destruir a Lava-Jato, passou os últimos seis meses chamando o ministro Sergio Moro de “chefe de quadrilha” e ofendendo o procurador Dalton Dellagnol, os dois maiores alvos de seu falso jornalismo.

      Foi ao Congresso e esculhambou a República com frases agressivas e irônicas. Ganhou “foro privilegiado” de Gilmar Mendes para não ser investigado dos crimes que cometeu. Deu palestras em que ofendeu com veemência o ministro Sergio Moro, a figura mais popular do Brasil. É esta a liberdade de expressão? 


      Aí, chegou à rádio e xingou  no ar Augusto Nunes de covarde. Esperava o quê? Ganhar um abraço e um muito obrigado de um dos jornalistas mais experientes, críticos e imparciais que temos atualmente? 


     Greenwald é uma pessoa tóxica, nada confiável e que espalha conflitos por onde passa. Basta ler um pouco sobre sua biografia. Nos Estados Unidos, seu país de origem, não tem a mínima credibilidade, nem mesmo da chamada ala progressista.


     Aqui, na ilha da fantasia, extrapolou todos os limites do tolerável com sua intromissão em assuntos de Estado, que não lhe dizem o mínimo respeito.


    Tripudiou da imprensa séria e ética com seu jornalismo marrom. Fala o que bem quer, de quem quer e até agora não lhe aconteceu nada.

     O tapa de Augusto Nunes tem um forte simbolismo: a paciência dos brasileiros está chegando ao fim. Não aguentamos mais ser insultados.



    Aos que o defendem, só tenho a lamentar. À produção da Jovem Pan, fica o aprendizado: querer alavancar a audiência, criando situações desnecessárias, traz o efeito contrário. Ou seja: repercussão negativa, além de expor seus profissionais.


   Os ouvintes e espectadores merecem desculpas, sim, inclusive de Greenwald. Ele já nos ofendeu demais! 


     A Augusto Nunes, a minha solidariedade porque conheço bem o seu trabalho e o seu caráter. Jamais levaria esse tamanho desaforo para casa.
      







      

DESTE ‘TAMANHINHO’ É O CARÁTER DE GLEEN GREENWALD!

     

       Do alto de sua arrogância e com apoio de Gilmar Mendes, que o brindou com uma espécie de foro privilegiado, Gleen Greenwald, dono do site Intercept, chamou nesta terça-feira, 9, Sergio Moro de “corrupto” e disse que o ministro está cada vez mais enfraquecido.



      O americano afirmou que o ministro vem sofrendo sucessivas derrotas para aprovar seu pacote anticrime. “Moro ficou “deste tamanhinho”, disse, fazendo sinal com  o indicador e o polegar.


      Essas declarações foram feitas em palestra na Semana do Jornalismo da PUC-SP – coitados dos futuros jornalistas! Gleen está sendo investigado pela Polícia Federal por sua participação na divulgação de mensagens criminosamente roubadas do celular de Moro, de procuradores e de outras autoridades da República.


      Ao mesmo tempo, seu marido, o deputado David Miranda, está com problemas para explicar à Justiça os valores incompatíveis com seus rendimentos, apontados pelo Coaf em sua conta bancária. Por isso, Gleen também destilou seu veneno contra o Ministério Público.


     Os hackers estão presos, correm o risco de ser enquadrados na Lei de Segurança Nacional, e a PF já comprovou a interação deles com Greenwald. O inquérito está para ser concluído.   


      Mas, apostando na impunidade que sempre reinou neste país, e foi nocauteada por Moro com a Lava-Jato, Gleen sente-se no direito de ofender o ministro, respeitado internacionalmente e hoje o político mais admirado pelos brasileiros – exceto pelos corruptos que ele colocou atrás das grades. 

      Para completar, nas mensagens hackeadas, divulgadas por ele, até agora não se constatou nenhum ato ilícito do então juiz federal e do procurador Dalton Dellagnol, por mais que diga o contrário.


     E o único no STF a lhe dar aval é o ministro Gilmar Mendes, que quer destruir a força-tarefa, validar as mensagens criminosas e dispensa maiores comentários.      


       Quando chama Moro de “corrupto”, Gleen Greenwald ignora a roubalheira bilionária do PT e demais partidos aos cofres públicos. Ignora também que a CPI do BNDES sugere que Lula, Dilma e outras 71 pessoas sejam indiciadas pelos prejuízos ao banco. 


       Até aí, ele não está fugindo à regra dos demais políticos envolvidos com a corrupção, entre eles vários parlamentares, que tentam desesperadamente interromper o brilhante trabalho de Moro.


    Mesmo sem a aprovação do seu pacote no Congresso, o ministro já conseguiu reduzir em mais de 22% a taxa de homicídios. Além disso, o crime organizado sofre baixas diárias com a apreensão de armas e toneladas de drogas.         


     Gleen ainda falou sobre o futuro do jornalismo, dizendo que o vazamento será cada vez mais a ferramenta para obter grandes furos de reportagem. Ou seja: está incentivando o crime, porque jornalista sério tem fontes, investiga e comprova suas informações.


     Este não é o caso de Gleen, cujo caráter é, sim, “deste tamanhinho”!

MILHARES DE BOLIVIANOS VÃO ÀS RUAS EM PROTESTO CONTRA EVO MORALES

       Os incêndios florestais levaram milhares de pessoas às ruas, na sexta-feira, 4 de outubro, às ruas de Santa Cruz de la Sierra, a maior cidade da Bolívia. Mas, o assunto teve pouca repercussão por aqui.


      Com faixas e cartazes, manifestantes protestaram contra a posição do presidente Evo Morales sobre as queimadas, que destruíram amplas áreas das florestas do país em 2019.


      Eles pediam à população que não votasse em Morales, o líder esquerdista mais antigo da América Latina, nas próximas eleições presidenciais de 20 de outubro. Ele disputa o quarto mandato.


     Segundo a Reuters, candidatos e manifestantes da oposição há muito tempo pedem ao governo que declare os incêndios deste ano como desastre nacional para facilitar a ajuda internacional ao pobre país latino-americano. O fogo já consumiu uma área maior que a da Costa Rica.


     A cidade industrial de Santa Cruz de la Sierra abriga vasta extensão da floresta Chiquitano, cujas terras são habitadas por tribos indígenas há centenas de anos.


     O governo de Morales argumentou que a declaração de desastre nacional poderia incentivar a intromissão estrangeira em uma nação soberana, a exemplo do que aconteceu com a Amazônia, no Brasil de Jair Bolsonaro, que provocou protestos globais.     


     Para os organizadores, cerca de 1,5 milhão de pessoas saíram às ruas. O governo não deu estimativas oficiais, mas a Reuters informa que cerca de 350 mil pessoas participaram da manifestação.


     Com a proximidade das eleições presidenciais, sobe a temperatura política no país. Pesquisas indicam que Morales pode disputar um segundo turno com Carlos Mesa, de perfil mais liberal.  


      

HACKERS PODEM SER PUNIDOS PELA LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

       O inquérito dos hackers que invadiram os telefones de autoridades da República poderá enquadrá-los na Lei de Segurança Nacional, por espionagem.


     A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo, que teve acesso a documentos do inquérito sigiloso. O procurador da República Wellington Divino Marques de Oliveira foi muito claro em seu parecer. 


      Ele diz que as investigações da Polícia Federal indicam “diversas condutas relacionadas à invasão de aparelhos de comunicação privados de autoridades públicas, colocando em risco a segurança nacional e o próprio conceito de estado democrático de direito”.


    A lei prevê pena de 3 a 15 anos a quem mantém serviço de espionagem ou dele participa, com o objetivo de comunicar, entregar ou permitir a comunicação ou a entrega a governo, grupo estrangeiro, organização ou grupo de existência ilegal de dados, documentos ou cópias de documentos, planos, códigos, cifras ou assuntos de interesse do Estado brasileiro classificado como sigilosos.     


     Com a prisão de Walter Delgatti Neto, o Vermelho, no fim de julho, a PF passou a investigar outros membros. A princípio, Vermelho disse que agiu sozinho e que não recebeu dinheiro pelas mensagens.


     A versão não convenceu a PF, afinal Vermelho tem uma longa ficha policial como estelionatário. Com a prisão de mais dois participantes do esquema, dia 19 de setembro, ficou claro que trabalhavam em equipe. E que conversaram sobre o material hackeado com Gleen Greenwald, editor do site The Intercept.


     Agora, a polícia quer esclarecer se houve mais participantes e, principalmente, se eles receberam dinheiro em troca das informações para chegar em quem financiou o crime. Foram também descobertos milionários em suas movimentações financeiras.


     A divulgação das mensagens roubadas dos aplicativos de celular de ministros, procuradores, jornalistas e até do presidente Jair Bolsonaro (a lista é imensa) tinha por objetivo atingir a Lava-Jato, incriminando o juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, acusados de terem ferido preceitos legais na condução dos processos.


     O americano Gleen Greenwald passou quase dois meses na mídia veiculando o material, inclusive em parceria com grandes jornais brasileiros.


     Greenwald usou como escudo o jornalismo, alegando que tem o direito de preservar a fonte, para desferir vários ataques ao governo brasileiro. No Congresso, parlamentares de oposição chegaram a chamar Moro de “ladrão” e “chefe da quadrilha”.


     Desde o início, este blog fez várias matérias mostrando que informações roubadas não podem ser consideradas prática jornalística. E, sim, uma ação criminosa, independente de estarem envolvendo autoridades da República ou cidadãos comuns.


     Agora, parece faltar pouco para o desfecho final. O americano Greenwald anda no mais total silêncio. Que se cumpra a lei!
         

POLÍCIA FEDERAL REVELA LISTA COM 84 BRASILEIROS HACKEADOS. ISSO É SÓ O COMEÇO!

         Não existe crime perfeito, diz o jargão policial. No caso dos hackers que invadiram os telefones de algumas das principais autoridades da República, ele foi imperfeito demais.


     Deixou rastros, envolveu muita gente poderosa e agora a Polícia Federal começa a divulgar alguns dos resultados das investigações. A primeira delas – revelada pela revista Crusoé nesta segunda-feira (23) –  foi o diálogo mantido entre Gleen Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, e um dos hackers, Luiz Henrique Molição.
     

      Na sequência, o jornal O Globo teve acesso a uma lista de 84 pessoas, cujos telefones sofreram tentativas de invasão pela quadrilha. Ao lado de cada nome, aparece o número de tentativas.


     Além de vários procuradores da República, do próprio presidente Jair Bolsonaro e seus dois filhos, Flavio e Eduardo Bolsonaro, aparecem nomes como o de Raquel Dodge, ex-procuradora-geral da República, o ministro do STF, Alexandre de Moraes. 


      Há também vários jornalistas, como Pedro Bial, da Globo, e Claudio Dantas, do site O Antagonista, entre outros. O grupo foi bem eclético em suas escolhas. E este número pode aumentar porque as investigações ainda não foram concluídas.


      O falante americano ficou mudo. Ele, que foi a programas de TV e à Câmara dos Deputados, recebeu homenagens e foi exaltado pelos críticos da Lava-Jato, não publicou em suas mídias sociais absolutamente nada sobre o assunto. Os defensores do “jornalismo criminoso” também estão mudos.


     Greenwald sabe que cometeu um grave crime e os que o apoiaram nessa empreitada nada republicana também têm consciência de que são cúmplices.


     Esta história ainda terá capítulos surpreendentes. Parabéns à Polícia Federal pelo belo trabalho de enquadrar a quadrilha de hackers, com depósitos milionários em suas contas, que conspirou contra a Lava-Jato, patrimônio nacional.


      Nada como um dia depois do outro!
     









   

DIRETORIA DA ÉPOCA DEIXA A REVISTA DEPOIS DA POLÊMICA MATÉRIA COM HELOÍSA BOLSONARO

        Continuam os desdobramentos pela matéria publicada na revista Época, dia 13/09, envolvendo Heloísa Bolsonaro, mulher do deputado federal Eduardo Bolsonaro e nora do presidente da República.

         A cúpula da Época deixou a publicação, segundo informações divulgadas pelo Portal dos Jornalistas. Daniela Pinheiro, diretora de redação, o redator-chefe Plínio Fraga, e o editor Marcelo Coppola pediram demissão nesta terça-feira (17).


       O motivo foi a nota com o pedido de desculpas aos leitores e à psicóloga, reconhecendo o erro, divulgada na segunda-feira (16) pelo Grupo Globo. O editor executivo do jornal O Globo, Pedro Dias Leite, assumiria interinamente a públicação até o final do ano, segundo o Portal dos Jornalistas.


      Nesta terça-feira, o jornalista Oswaldo Eustáquio, repórter especial do portal Agora Paraná, denunciou o repórter da Época, João Paulo Saconi, de 23 anos, e autor da matéria, à Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). 

       Para Eustáquio, o repórter infringiu de forma explícita o código de ética da categoria. Ele forjou a identidade para fazer cinco sessões de coaching online com Heloísa. A repercussão negativa da reportagem foi imediata.


       
#revistaepoca, #heloisabolsonaro


















REVISTA ÉPOCA PEDE DESCULPAS AOS LEITORES E À HELOÍSA BOLSONARO!

       A Revista Época veio a público nesta segunda-feira, 16, pedir desculpas aos leitores pela infame reportagem que envolveu a nora do presidente, Heloísa Bolsonaro, publicada em sua última edição.

       Assinada pelo Conselho Editorial do Grupo Globo, com o título Uma explicação necessária, a nota diz que “ÉPOCA se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011. Mas, ao decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de uma série deles.”


       A nota diz ainda que “o erro da revista foi tomar Heloisa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching on-line. Heloisa leva, porém, uma vida discreta, não participa de atividades públicas e desempenha sua profissão de acordo com a lei. Não pode, portanto, ser considerada uma figura pública. Foi um erro de interpretação que só com a repercussão negativa da reportagem se tornou evidente para a revista.”


       Da concepção da pauta à publicação houve uma série de grandes equívocos. Mandar um repórter se passar por gay e paciente para fazer cinco sessões de coaching online com Heloísa, na tentativa de descobrir as suas posições sobre religião e política, extrapolou todos os limites da ética jornalística.


      Claro que o jornalismo não está imune a erros, conforme diz a nota. Mas, neste caso houve tempo suficiente para que a revista evitasse a sucessão de erros graves no exercício da profissão. 


      Afinal, o repórter ficou um mês conversando com a psicóloga e ainda gravou todas as “seções”, ferindo também a ética profissional dela. É claro que sua chefia tinha pleno conhecimento do passo a passo dessa aventura, que não dá para chamar de reportagem.  


       Nenhum repórter tem autonomia para fazer uma pauta desse teor, envolvendo a família do presidente da República, sem orientação prévia e acompanhamento contínuo de seu editor.


        O reconhecimento do erro e o pedido de desculpas aos leitores e a Heloísa Bolsonaro são válidos. Época acertou ao publicar a nota.


     Mas, não vai eliminar a repercussão negativa, o arranhão na credibilidade, a indignação da profissional por ter sido exposta injustamente dessa maneira e nem a possibilidade de a revista e o repórter serem responsabilizados na Justiça.


      A credibilidade é o maior patrimônio da imprensa. Não dá para brincar de fazer jornalismo, nem mesmo nestes tempos de guerra na comunicação. Que fique a lição!

PERDÃO, LEITORES: ELES ULTRAPASSARAM TODOS OS LIMITES!

         Podem procurar nos arquivos dos grandes jornais dos últimos 30 anos: vocês não vão encontrar nenhum caso “jornalístico” semelhante ao que a revista Época, da Editora Globo, brindou nesta sexta-feira, 13 de setembro, os seus leitores com o único intuito de atacar a família do presidente Jair Bolsonaro.


         Um desconhecido “repórter” da revista marcou cinco sessões de coaching com a psicóloga Heloísa Bolsonaro, nora do presidente, passando-se por gay deprimido só para saber as opiniões da família sobre temas, como religião e política.


 

     
       A perseguição ao novo governo deixou de ser política ou ideológica: tornou-se criminosa, oculta, obscura, temerosa. Será que os anos de chumbo, quando a imprensa era censurada e muitos profissionais até perderam suas vidas, não foram suficientes para que hoje valorizassem a liberdade de expressão?


       Aos que estão chegando agora ao mercado, afirmo com a experiência de quem passou mais de duas décadas nas grandes redações: esse tipo de comportamento não é jornalismo. É má fé, é crime, é imoral. Ultrapassa qualquer limite de apuração e fere o código de ética do jornalismo.

      Definitivamente, nossos dias não eram assim.


       O jornalismo usava de instrumentos legais para se manter como uma instituição respeitada. Jornais e revistas tinham compromisso com a informação e, principalmente, com seus leitores. Havia punições internas quando escorregávamos na apuração. Muitos foram demitidos por erros, agora considerados banais perto do que assistimos todos os dias. 


        Sem dinheiro das milionárias campanhas governamentais, sem audiência e sem credibilidade, essas publicações resolveram partir para o ataque às famílias ou pessoas próximas àqueles que hoje tentam colocar o país nos eixo e ficam sob o fogo cruzado 24 horas. É uma perseguição insana, doentia, nunca jamais vista na história contemporânea do Brasil.


       Até mesmo nas organizações criminosas existe um código de ética. Mafiosos não atacam mulheres nem crianças. E são implacáveis com quem desrespeita suas regras.


      Como jornalista, sinto-me cada vez mais envergonhada com esse comportamento da mídia. Por conta da política já perdi amigos de profissão; fui forçada a deletar colegas das redes sociais tamanho o nível de agressividade; deixei de ler reportagens assinadas por colegas que foram grandes companheiros de jornada nas redações.


       Sei que estão mentindo, manipulando, distorcendo a informação com o intuito de prejudicar alguém ou alguma instituição, sob as asas do “jornalismo investigativo”, que os leitores chamam de lixo. 


      Por outro lado, também sei que estamos passando por uma fase de total reciclagem para que surja uma nova forma de pensar, de se comunicar e, principalmente, de governar uma nação. 


        Aos leitores, só posso pedir perdão. Nem todos jornalistas são canalhas, irresponsáveis, impostores e militantes. Ainda temos muitas vozes e profissionais que exercem sua profissão de forma digna.


        Peço também um pouco mais de paciência para suportarmos, sem perder a dignidade, as agruras desta fase de transição. A queda dos impérios nem sempre é rápida.


        Eles estão se autodestruindo – e sabem o que fazem, por livre e espontânea vontade. Ninguém é responsável por isso!