INDULTO DE NATAL ESTÁ ENTRE OS ASSUNTOS MAIS COMENTADOS DO TWITTER MUNDIAL

    Toda vez que uma questão polêmica sacode o país, como o julgamento do indulto de Natal do presidente Michel Temer nesta quarta-feira, dia 28, vem a certeza de que o Supremo Tribunal Federal (STF) faz o que pode para cutucar, indignar e provocar a sociedade brasileira.


  Assim, os procuradores da República convocaram um tuitaço às 14h com a hastag #tuitaçonão para pressionar os ministros da alta Corte. Nas mídias sociais não se fala em outra coisa. É a tag que ocupa o 1º lugar no Twitter do país desde o início da tarde e um dos assuntos mais comentados do Twitter mundial.


  É uma atitude pretenciosa – para não dizer abusada – em pleno momento de transição do novo governo. Se validado pelo STF, o indulto vai beneficiar 80% dos presos por corrupção, além de abrandar a pena de outros criminosos e daqueles que têm mais de 70 anos, como o próprio Temer, também envolvido nas denúncias de corrupção da Lava-Jato. Que vergonha!


   Não é a primeira que o STF viola abertamente a Constituição do país para favorecer políticos amigos, legislando em causa própria. Mas, será a última, afirma o presidente eleito Jair Bolsonaro. 


  “Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último”, escreveu Bolsonaro em suas redes sociais.


   Para um bom entendedor, meia palavra basta. Está mais do que na hora de acabar com essa explícita Suprema Troca de Favores entre ministros e seus aliados. Aliás, acabei de lançar essa tag! 
  
 #indultonão, #SupremaTrocaDeFavores




ATENÇÃO POLÍTICOS E AFINS: ESTAMOS TODOS ONLINE!

       O assunto do momento nas redes sociais é política 24 horas.    Quem conseguiria imaginar tempos atrás que pessoas das mais diferentes idades, ideologias e classes sociais iriam “administrar” o país, dando palpites na formação do novo governo?


  Hoje, a maioria já sabe os nomes dos ministros do presidente eleito Jair Bolsonaro, que fala diretamente com seus eleitores pelo Twitter e Facebook. Ele dá opiniões e as escuta também. Já voltou atrás em algumas decisões em respeito aos eleitores.


   É um fenômeno novo, cheio de adrenalina e muito envolvimento popular. Embora os antigos políticos tentem agir como se nada estivesse acontecendo, legislando em causa própria, não dá mais para ignorar o grande poder da sociedade civil – antes tão apática por se sentir impotente diante da impunidade. Hoje, os brasileiros são fiscais do país e marqueteiros dos seus próprios ideais.


  A gente começou a gostar muito de exercer a tal da cidadania – algo que, realmente, fazia falta neste país. Não foi uma mudança rápida. Exigiu pelo menos cinco anos de mobilizações nas ruas, motivadas pelos chamados movimentos sociais, e muito tempo na internet.


   Mesmo com o país dividido e os discursos de ódio, a esperança de um novo Brasil, hoje, é latente. Surge das entranhas, saindo pelos poros desta nação tão maravilhosa, mas escandalosamente desigual. E ganhou força com a vitória de Jair Bolsonaro, um deputado federal desconhecido e que foi eleito com cerca de 56 milhões de votos, apesar de tantas cirscunstâncias desfavoráveis.


   Grande parte desse engajamento turbinado deve-se às mídias sociais, que deram voz aos que têm realmente poder de decisão: os eleitores. E ninguém quer mais saber de privilégios, de conspirações no apagar das luzes do Congresso, de corruptos assumindo cargos de confiança, de interesses pessoais e de farra com o dinheiro público. A população exige transparência, ética e respeito.


   Quem não entender esse processo democrático, vai ficar para trás. Seja imprensa, emissoras de TV, governo, artistas, intelectuais… Vocês precisam ler com atenção o que as pessoas escrevem diariamente nas redes sociais, antes de tomar posições contra ou a favor. Os comentários do Twitter e do Facebook, onde a liberdade de expressão rola solta, são hoje a maior inspiração para qualquer um que dependa da opinião pública/audiência para sobreviver. 


  Mas, tem gente que insiste em permanecer no modelo do velho mundo, evocando os fantasmas da ditadura do passado. Muitos estão jogando sua credibilidade e carreira no lixo em nome de uma ideologia ou para não perder benefícios. Criticam sem base, só por pirraça, só para dizer que são oposição, chamada de resistência. Não está funcionando. Nem vai funcionar. A comunicação mudou: agora vem de baixo para cima!  


  O país está de volta às mãos dos seus legítimos donos: os brasileiros, pagadores de altos impostos e muito maltratados (ou seria roubados?) por seus governantes ao longo de décadas. São eles hoje a oposição mais consistente ao sistema político. São eles que falam, pelas redes sociais, com o presidente. Os antigos “intermediários” devem ficar mais atentos a isso!

O MUNDO ESTÁ DE OLHO NAS ELEIÇÕES 2018: MENOS BAIXARIA, POR FAVOR!

   

    Quem nessa reta final da campanha presidencial não está com os nervos à flor da pele e interagindo (contra ou a favor de um dos dois candidatos) nas redes sociais? Pois saiba que toda essa atenção não é um comportamento apenas dos brasileiros.


    Vários países acompanham atentamente os bastidores da nossa política, onde não falta adrenalina. Estive na Argentina na semana passada e a pergunta que mais me fizeram foi sobre as eleições e as inúmeras informações (muitas delas falsas) que estão sendo compartilhadas mundo afora.


   Um executivo interrompeu um almoço de negócios, em um hotel cinco estrelas, para saber se era mesmo verdade que Jair Bolsonaro iria perseguir e matar os gays brasileiros, além de fechar o cerco contra as mulheres.


   A temperatura subiu entre os participantes do almoço porque uns eram favoráveis a Bolsonaro e outros a Haddad. A conversa acabou em ideologia de gênero e criou-se um certo clima à mesa.


  Uma amiga, que estava em Mônaco, na Riviera Francesa, também me contou que o assunto recorrente no principado foram as eleições. Todos querendo saber se o Brasil será novamente uma ditadura e quem será o novo presidente do país. 


   Difícil explicar esse quadro para os estrangeiros. Eles estão lendo tantas notícias – algumas surreais –  que não sabem em quem acreditar. Se nós, que conhecemos tão bem este país, ficamos em dúvida, os gringos piram.

  Porém, os argentinos sabem exatamente o que estamos passando, porque viveram situação semelhante, embora nada se compare ao que vem acontecendo aqui nos últimos anos. A ex-presidente Cristina Kirchner está sendo investigada por corrupção e o atual presidente, Mauricio Macri (de centro direita), ainda não conseguiu colocar o país em ordem. Os argentinos enfrentam uma inflação de 42% ao ano. E o que é pior: o país continua polarizado entre os defensores de ambos. Ele foi eleito em 2015.

  O Brasil vive uma crise moral, econômica e política sem precedentes. Há inúmeros políticos na cadeia. A Lava-Jato é sucesso internacional por ter desvendado o maior processo de corrupção na história do capitalismo. E no último domingo, dia 21 de outubro, as ruas das principais cidades brasileiras foram tomadas por multidões vestidas de verde e amarelo em apoio a Bolsonaro.


  As mídias sociais mudaram completamente as regras do jogo e estão tendo um papel decisivo na corrida presidencial. Com a mesma velocidade com que se propaga uma notícia falsa, ela é desmentida. O que é verdade? O que é mentira? Ninguém sabe mais. E muitos estão entrando com processos criminais por calúnia e difamação. Nessa reta final, as acusações extrapolam a política e entram no campo pessoal. 


   Os destaques desta terça-feira, dia 23, foram as declarações de Fernando Haddad, do PT, de que o general Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, teria torturado o cantor Geraldo Azevedo durante a ditadura. Horas depois, descobriu-se que o general tinha apenas 16 anos na época. O cantor pediu desculpas ao general que, por sua vez, gravou um vídeo dizendo que vai processar os dois.


  No final da tarde, outra notícia mobilizou a internet: vazou um suposto vídeo do candidato ao governo de São Paulo, João Doria, em uma (também suposta) orgia com cinco mulheres. Doria gravou um vídeo ao lado da mulher, a artista plástica Bia Dória, desmentindo a informação.


   O Brasil precisa disso?
  
   É claro que não. Essa baixaria virtual e verbal atiça a curiosidade do mundo, provoca discussões inúteis entre as pessoas e expõe ainda mais as mazelas de um país movido ao ódio. 


  Os brasileiros devem expressar suas opiniões nas urnas – e não sair disparando fake news pelas mídias sociais, especialmente aquelas que tentam atingir as famílias e a honra das pessoas. E os candidatos também precisam ter em mente que todas suas declarações podem ser utilizadas de forma indevida. Então, pensem no peso de suas palavras. E falem com moderação.


 Não serão essas atitudes extremistas que irão virar o jogo. O Brasil que a gente quer é livre, leve, solto e mais bem educado!


#eleições2018 
        




  

ELEIÇÕES 2018: HORA DE SEPARAR O JOIO DO TRIGO. VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?

 

    Às vésperas das eleições presidenciais, o Brasil continua polarizado, assustado, desconfiado e muitos não sabem ainda em quem votar. Ou se sabem, não revelam seu voto por medo de retaliação.


  A semana foi movimentada nas redes, com ataques vindos de todos os lados. A retirada de parte do sigilo da deleção premiada do ex-ministro e homem forte do Lula, Antonio Palocci deu fôlego novo à corrida presidencial. Ele contou em detalhes como a organização criminosa, que jogou o país na maior crise da sua história, agiu nos últimos anos. E fala com conhecimento de causa, porque participou de várias transações. Foi muito dinheiro de propina! 


  Há pesquisas e debates diários nas emissoras de TV, muita discussão entre grupos extremos e entre os 13 candidatos, apenas dois realmente têm condições de ganhar o pleito ou de levá-lo ao segundo turno. A imprensa perde credibilidade à medida que se manifesta a favor deste ou de outro candidato ou publica reportagens consideradas tendenciosas pelo eleitorado.


  Mas, temos as mídias sociais, hoje o verdadeiro termômetro do quadro eleitoral e da situação real do país. Elas refletem os índices de indignidade, ódio, apoio, medo, confiança e desconfiança da sociedade. É tudo espontâneo, apesar das inúmeras fake news e dos robôs que nunca trabalharam tanto.


  Em meio a um turbilhão de informações que se propagam a cada segundo, é realmente difícil saber o que é mentira ou verdade. Fotos, vídeos e gravações de aúdios são manipulados. Há grupos contra e a favor. Temos que checar informações, verificando com cuidado as fontes, antes de compartilhar. Só que nem todo mundo faz isso e, assim, as notícias falsas se propagam feito ervas daninhas.


 Porém, são os novos tempos em que a tecnologia conecta todos e não dá para subestimar o poder da internet. Não dá para ignorar as discussões entre os internautas, algumas até mesmo assustadoras, porque as pessoas se ofendem sem a mínima necessidade e fazem campanha de graça e com muita naturalidade. Quem precisa hoje de marketeiro?


  Enquanto os internautas travam verdadeiras batalhas virtuais, os políticos fazem alianças entre si porque para eles o que interessa é o poder. Eles não estão aí para a opinião pública. É este o jogo. Os que estão fora querem entrar, e os que estão dentro não querem sair (alguns inclusive para não perder o foro privilegiado). E uma massa crescente de brasileiros clama por renovação.


 De fato, não temos grandes opções de escolha. A maioria dos candidatos vem com discursos repetitivos nos debates da TV, explorando assuntos como votos das mulheres, minorias, machismo, racismo, feminicídio… como se esses problemas fossem fenômenos recentes. Aqui, a violência atinge a todos, sem qualquer discriminação. 


  Ao contrário do que muitos pensam, não existe um salvador da pátria. Não será fácil reconstruir o que foi destruído – material e moralmente. Mas, temos a grande chance de afastar do poder essa quadrilha suprapartidária que tomou de assalto o país. É um recomeço que exige esforço de todos!


  Assim, como surgiram os procuradores do Ministério Público e os juízes com nova postura – e muita coragem – na força-tarefa da Lava-Jato, também poderão entrar para a política nomes que, talvez, consigam mudar o rumo deste país tão rico em recursos naturais e que foi governado por sanguessugas ao longo dos últimos anos.

  Se o poder emana do povo, a hora é agora. Não podemos sentir medo e muito menos entrar no jogo daqueles que tentam tocar o terror em toda a nação. Afinal, um povo dividido, é mais fácil de ser iludido, A hora é de escolha (não de ideologia política) e toda escolha demanda consciência. Temos a grande chance de decidir eliminar o que não queremos mais.


  O Brasil é relativamente jovem, mas já enfrentou muitas tempestades. Está na hora de amadurecer politicamente. Sobrevivemos à ditadura militar nos anos 1970, à hiperinflação nos anos 1980, ao saqueamento de poupanças na década de 90 e, a partir do ano 2000, a oito anos com Lula, cerca de seis com Dilma e à maior história de corrupção do mundo.


 Por que não iremos sobreviver às eleições de 2018?

  Basta decidirmos a favor do Brasil (sem qualquer fanatismo) -e contra os interesses pífios de políticos que apenas governam em causa própria.  Não podemos reeleger aqueles que foram afastados por corrupção e querem voltar ou ainda de certas camadas da sociedade civil que estão mais preocupadas em não perder benefícios do que com a própria pátria!


  Os que lutam contra a corrupção não são a favor da ditadura. Ao contrário: defendem um país mais ético, menos desigual e sem tanta farra com o dinheiro público. Somos nós, os pagadores dos altos impostos, que mantemos a quadrilha. Assim, temos todo o direito de não compactuar mais com esse modelo criminoso de fazer política.     
  
   Boa sorte, brasileiros. A coragem é virtude dos fortes!


    

NÃO CHORE SOBRE AS CINZAS DO MUSEU!

     Amanhecemos de luto nesta segunda-feira, 3 de setembro. As imagens do incêndio no Museu Nacional do Rio, na noite de domingo (2), foram o assunto mais comentado na TV, na imprensa internacional e nas mídias sociais. O fogo queimou 200 anos de história do Brasil e um acervo de valor inestimável – era o maior de história natural e antropologia da América Latina). 


  Ficamos chocados, sim. Mas surpresos, não. A tragédia é mais uma entre centenas que acontecem no país nos últimos tempos (lembram de Mariana, dos incêndios na Cinemateca e no Museu da Língua Portuguesa… só para citar algumas?)  – e nada muda. Enfrentamos situações de total descaso e desprezo à nação em todos os setores. 


  É uma fase muito triste a que vivemos. Mas, boa parte dos brasileiros passa o tempo todo nas mídias sociais, deixando explícito dois objetivos: encontrar um salvador da pátria (isso acontece desde os tempos de dom Pedro 1º e já se mostrou inviável) e, agora, os culpados pelo incêndio que destruiu o prédio secular e que já foi residência de dois imperadores.


   Não há um único culpado, muito menos nenhum salvador da pátria. A responsabilidade é de todos nós enquanto Nação. Nós permitimos que o Brasil chegasse ao fundo do poço. E, portanto, devemos fazer algo para impedir que tudo continue igual.


 A história recente nos mostra que todos esses governantes entraram para a vida pública pelo voto. Foram eleitos, reeeleitos e, mesmo os envolvidos em corrupção, devem se eleger novamente em outubro. A quem cabe evitar mais essa grande tragédia?


   O que mais me entristece é ver o quanto a administração (e principalmente a cultura)  deste país foi nivelada por baixo – aliás, está abaixo de qualquer perspectiva. É saber que os brasileiros visitam os maiores museus do mundo e não dão a mínima importância ao seu próprio patrimônio.  

  Então, vamos combinar que não dá mais para chorar sobre as cinzas do Museu Nacional do Rio? Afinal, há 14 anos o governo já tinha sido alertado que o prédio histórico tinha sérios problemas de instalação e corria o risco de pegar fogo.


  O museu foi mais uma vítima. A corrupção não mata apenas pessoas, empresas, famílias, valores. Mas também as nossas memórias!


#museunacionaldorio, #incêndio
  
  
   

   

NEM TUDO É O QUE PARECE NAS MÍDIAS SOCIAIS: CUIDADO COM A ILUSÃO!

     Quem trabalha com comunicação, sabe: a fase está difícil, uma verdadeira bagunça. As chamas da fogueira das vaidades, que sempre existiram, agora são compartilhadas em tempo real. As notícias falsas crescem feito ervas daninhas. O que é verdade? O que é mentira? Essa imagem é real? Hoje, jornalistas e formadores de opinião gastam muito mais tempo checando o que é fake do que produzindo news.


  As mídias sociais deram poder e voz a milhares de “especialistas”, que entendem de tudo e tudo comentam, sem a mínima noção de como as palavras têm poder. Sim, poder de construir, de destruir, de desinformar, de causar intrigas, de provocar rompimentos. As palavras impressas são eternas. E hoje existem os sites de busca que perpetuam a sua vida pessoal e profissional online.


 É a era do ódio, da divisão, do plágio, da inveja e do selfie (eu). Estamos todos expostos a um tribunal virtual que trabalha 24 horas, incansavelmente. Tudo é motivo de polêmica, de debates, de xingamentos, de palavras duras… Que chato é este mundo opinativo e tão compartilhado!


  O curioso é que as redes sociais surgiram com o propósito de unir as pessoas, facilitando a comunicação entre elas. Agora, o efeito é o inverso. Além de exterminarem com a conversação olho no olho – membros de uma família se comunicam por whatsapp em suas próprias casas – elas provocam brigas, solidão, disputas, cobiça, rompimentos e um volume gigantesco de informações totalmente desnecessárias.


   Já perceberam que passamos o dia inteiro lendo bobagens pelo celular? E quanto mais bizarra a pseudo notícia, mais ela viraliza, atingindo milhares de visualizações? Mas, não conseguimos deixar de ler. E o que é pior: as besteiras se multiplicam à velocidade da luz nos grupos da web. Estamos ficando cada vez mais desinformados, desequilibrados e iludidos.


  A vida tipo conto de fadas do Instagram trouxe a ideia de que você pode ser famoso sem muito esforço. Basta ter milhares de seguidores, que receberá convites para shows, restaurantes, eventos ou testará produtos. E quem não tem, compra-os para mostrar ao mercado que é um influencer (a palavra da moda). É um universo fútil, um mundo de fantasias muito perigoso. Não se trata da informação real. A pessoa está ganhando para divulgar aquele produto.


  Essa superficialidade faz com que muita gente se esqueça de que é preciso ter conteúdo para ser um formador de opinião, ou um influenciador. É preciso ter cultura, bagagem pessoal, ou seja, estudos e experiência para ser reconhecido. Ninguém fica famoso por mostrar seu rostinho, ou corpo malhado, na internet. E, caso fique, essa fama sem nenhuma base passa tão rápido quanto a velocidade de um post na sua timeline.


  Na vida real (muito diferente da virtual), as pessoas querem ter exemplos interessantes, aprender com quem sabe mais do que elas; querem saber quais foram os trabalhos mais relevantes daquele que faz sucesso no instagram. O que ele fez para conquistar fama, prestígio, reconhecimento? Qual o seu legado? Não dá para escrever os capítulos de sua história com base na história do outro.


  Nem sempre os seus méritos terão muitos likes ou suas conquistas serão compartilhadas. O dia a dia não tem aquele pôr do sol fantástico do instagram nem o mar azul turquesa das Ilhas Maldivas. O seu relacionamento também pode não traduzir as declarações de amor virtuais que você posta constantemente… afinal, casais realmente felizes não se expõem. Então, por que mentir, manipulando fotos, vídeos e seguidores?


 Aquele que tenta copiar a vida do outro, sem ter feito o mínimo esforço para conseguir tudo o que ele conquistou, pode criar um perfil nas redes sociais, comprar ou ganhar milhares de seguidores, que nada vai acontecer. Não há sustentação. O que é falso, insignificante, não se estabelece. No mundo dos negócios, no cotidiano não virtual, a palavra credibilidade ainda é uma senha poderosa. E precisamos, sim, de algum talento para nos sobressair…


  Esses são os tempos em que vivemos. A tecnologia modificou tudo, principalmente as nossas vidas e valores. Então, muitas vezes a gente se pergunta: como transitar nessa fogueira de vaidades sem se chamuscar? Como ser verdadeiro em um universo tão fútil e, muitas vezes, bizarro?


 Cada um encontra a sua fórmula. O importante é lidar com a sua própria verdade. Seja o que você é em essência e não o que gostaria de ser. Não cobice o trabalho ou a posição do outro, não seja camuflado na vida real e muito menos na virtual. Jogue limpo com as pessoas do seu círculo de convivência. Seja ético. O fake tem vida curta! As pessoas percebem. Podem não comentar nada, mas sabem com quem estão lidando. E, em vez de admiração, você perde o respeito. 

  Se você, realmente, tem algo importante para compartilhar, siga adiante. Se faz um trabalho interessante, divulgue-o o máximo que puder. Caso contrário, não caia na ilusão de acreditar que os seus perfis nas redes sociais, que as suas fotos na praia, no restaurante ou nos eventos sociais vão alavancar a sua vida pessoal ou a sua carreira.


  Ao contrário, elas apenas mostrarão o quanto você está precisando cuidar de sua autoestima. É melhor procurar um terapeuta antes do próximo post! 
   

ANIMADO COM A COPA OU DESANIMADO COM O BRASIL?

   Dizem que os brasileiros não estão nem aí com a Copa, que começa nesta quinta-feira, 14 de junho, na Rússia. Dizem também que o futebol “não é mais o ópio do povo” e que hoje há outras pautas mais urgentes na agenda mental da nação. Será? Tenho lá as minhas dúvidas. Aliás, tenho certeza de que a história não é bem assim.


  O brasileiro continua adorando futebol, sim. E, em tempos de Copa do Mundo exerce como nunca o seu “patriotismo”: não sente vergonha de hastear a bandeira na janela, pinta as ruas de verde e amarelo, vai trabalhar com a camisa da seleção brasileira… Como torcedor, parece estar liberado para defender a pátria. Futebol não tem partido, certo? E a Copa é uma grande jogada de marketing em tempos de vacas magras!


  Esse eventual “desânimo” não está relacionado à atual crise moral, política e econômica que tomou conta do país e sem previsão de ser vencida a curto prazo. Tem muito mais a ver com a vergonha internacional que foi a derrota para a Alemanha no quintal de casa, em 2014. Quem consegue esquecer aquela goleada histórica?


  O torcedor se sentiu “traído” e a dor da traição custa a ser superada. Ela se torna uma chaga no coração. É com esse sentimento – o de parceiro traído, enganado, iludido – que muitos brasileiros aguardam a estreia do maior campeonato de futebol do mundo. Muitos também sentem medo de serem traídos outra vez.


   Mas, espera até a seleção começar a jogar, fazer gols e eventualmente ganhar a partida que o orgulho nacional vai brotar das fontes murmurantes e os festeiros sairão às ruas para comemorar – vestidos de verde e amarelo e sem medo de serem chamados de “coxinhas”.


   A parcela mais consciente da população sabe que não há motivo algum para sentir orgulho deste país, nem mesmo no esporte, porque a grande perda não foram os 7 x1 contra a Alemanha. E ainda estamos muito longe, enquanto Nação, de vencer a nossa mais difícil partida: o jogo contra corrupção.


  Não se iluda, torcedor. Enquanto você estiver nos bares ou na casa de amigos assistindo aos jogos da Copa, os bandidos dos times nacionais mais diversos também continuarão em campo – e em diversas posições.


  Alguns desviando dinheiro em contratos super faturados; outros tentando obstruir a Justiça (especialmente a Lava-Jato e os juízes de primeira instância) para sair da cadeia; e outros ainda sendo soltos por alguns ministros da mais alta Corte… enquanto a galera grita gol vestida de verde e amarelo.


  Nada contra torcer para a seleção na Copa – faz parte das raízes nacionais. Mas, a nossa grande torcida deve ser para recuperarmos a dignidade moral que nos foi roubada de forma tão descarada.


  É manter um olho grudado na TV e o outro no noticiário político e no desenrolar dos processos contra a corrupção. É vestir verde e amarelo sempre que precisar defender o país de interesses escusos e de políticos que legislam somente em causa própria.


  A nossa mais difícil partida não será disputada na Rússia, galera!


   


   

DIRETOR DE SÉRIE DA NETFLIX SOBRE A LAVA-JATO RESPONDE COM BOM-HUMOR ÀS CRÍTICAS!

    A nova série O Mecanismo, inspirada na operação Lava-Jato, estreou na sexta-feira, dia 23, mas já está provocando polêmicas (alguém imaginou que seria diferente?). Há aqueles que  pedem boicote ao serviço de streaming e outros anunciando que cancelaram suas assinaturas.

  Com direção do cineasta José Padilha – o mesmo de Tropa de Elite e Narcos – e o ator Shelton Mello como protagonista, a primeira temporada terá oito episódios. Porém, os que estão no ar causam tiroteio nas mídias sociais – e fora delas.
  
   As discussões sobre a obra de ficção são semelhantes às que acontecem na vida real, ou seja, polarizadas entre os que são contra e a favor da força-tarefa conduzida pelo juiz Sergio Moro. 


   A ex-presidente Dilma Rousseff se sentiu ofendida e foi uma das primeiras a se manifestar. No domingo, 25, ela divulgou uma nota, afirmando que “a propósito de contar a história da Lava-Jato, o cineasta incorre na distorção da realidade e na propagação de fake news para atacar a ela mesma e ao ex-presidente Lula”.


 

José Padilha: “se Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema”

   José Padilha está levando no deboche as críticas. Para ele, a série “é uma obra-comentário. Na abertura de cada capítulo está escrito que os fatos estão dramatizados; se Dilma soubesse ler, não estaríamos com esse problema.”


   Ele argumenta ainda que a série discute a corrupção sistêmica no país, que independe de partidos políticos e está presente em diversos setores. Algo, aliás, que a maioria dos brasileiros sente na própria pele.


   Na ficção, todos os envolvidos nas denúncias e condenações da Lava-Jato têm seus nomes modificados. Higino é Lula; Janete, Dilma; a Petrobras vira PetroBrasil e a PF, Polícia Federativa. Mas, quem acompanha o combate ao maior sistema de corrupção do mundo, sabe que qualquer semelhança não é mera coincidência.


   Padilha também debochou sobre o eventual cancelamento de assinaturas da Netflix: “Quem cancelar, vai perder a 4ª temporada de Narcos”, ironizou ele.


   Polêmicas à parte, as investigações e condenações da Lava-Jato não têm como ser contestadas. Há provas, poderosos atrás das grades, sentenças judiciais consolidadas, a força-tarefa é elogiada por vários países do mundo e tem o apoio da maioria dos brasileiros. O juiz Sergio Moro e sua equipe já ganharam diversos prêmios – também incontestáveis.


    Infelizmente, a realidade no Brasil hoje é muito mais cruel do que qualquer roteirista possa levar à ficção. E, se O Mecanismo já está incomodando tanto, é sinal de que Padilha, mais uma vez, acertou a mão!


    Vale a pena assistir!


 #omecanismo, #netflix      


   


     
  
    

MENTIRAS: O LADO CRUEL DA ERA DIGITAL ONDE NEM TUDO É O QUE PARECE!

 

  O que é verdade? O que é mentira? O que é real? E o que é virtual? Passei a última semana pensando sobre isso, porque parece não existir mais linha divisória entre essas questões. Está tudo junto, misturado e confuso!

 Muitas pessoas estão se perdendo ou fazendo com que outras se percam nos labirintos dos perfis falsos na internet e do consumo desenfreado de informações superficiais; outras bizarras. Tem gente ainda que mostra na rede uma vida que não condiz com sua própria realidade, tentando ser o que jamais foi.   


  As fotos do instagram não refletem necessariamente o mundo real. Aplicativos fazem incríveis maquiagens, mudam a cor dos seus olhos, do cabelo, o tamanho da boca (hoje aparecem enormes) com um simples toque. O photoshop define as medidas do corpo. Afina daqui, aumenta dali… e surgem as belas personagens (aliás, todas muito parecidas).


  Outros apps colocam a pessoa em cenários que ela só conhece de fotos. Basta fazer um recorte na imagem original, escolher o fundo preferido e pronto: em poucos segundos estará no alto da Torre Eiffel, em Paris, no topo de algum edifício de Nova York ou em uma praia paradisíaca das ilhas Maldivas, no meio do Pacífico – com direito a muitas curtidas e comentários.


     Só que tem um detalhe: ninguém consegue ser o que não é, ou o que não se preparou para ser. As mentiras até podem surtir algum efeito, trazendo uma certa fama, mas elas não se sustentam. Aliás, tudo o que é ilusório dura pouco, principalmente nas mídias sociais.


 

O jovem que ‘criou’ um falso restaurante em Londres

   Um caso recente mostra que “brincadeirinhas” virtuais são perigosas. No final de 2017, o britânico Oobah Butler, um rapaz de 26 anos e que colabora com um site,  inventou um restaurante em Londres, conseguiu registrá-lo no site de viagens TripAdvisor, usando apenas um celular, uma página da web e avaliações falsas enviadas por seus amigos.

A página do restaurante na web, a casa e as fotos de pratos reais e as publicadas



  As imagens do lugar eram da casa onde ele morava e os pratos de comida foram fotografados pelo próprio. Em pouco mais de quatro meses, o suposto The Shed at Dulwich (endereço tipo secreto que só atendia mediante reservas) era o restaurante número 1 no ranking do site. Os pedidos de reserva começaram a bombar. Críticos gastronômicos queriam conhecer a casa. Ele chegou até a vender comida congelada, improvisando jantares no jardim.


  Mas, a farsa acabou descoberta e o TripAdvisor eliminou o link. Só que ficou o alerta para os usuários e também para o mercado: o maior site de viagens do mundo, que oferece certificado de excelências, também pode ser facilmente fraudado.  

As fotos analisadas por especialistas mostram as evidências de manipulação nas imagens


  Em julho de 2017, uma blogueira de viagens, muito popular no instragam, foi acusada por alguns dos seus seguidores de estar manipulando as fotos dos destinos que postava ao redor do mundo.     
   O caso foi contado pelo jornal britânico The Times, que analisou várias fotos postadas por Amelia Liana, nos Estados Unidos e até na Índia. 

Na imagem real do skyline, a Torre da Liberdade

  Uma que mais chamou a atenção dos especialistas em fotos convidados pelo jornal foi a que ela admirava o skyline de Nova York. Na imagem, não aparecia o One World Trade Centre (a antiga Torre da Liberdade), que foi concluída em 2013 e, portanto, deveria estar na paisagem.


  No palácio Taj Mahal, na Índia, eles também estranharam os pássaros no céu, a sombra interrompida da blogueira andando ao redor da piscina e a falta de pessoas na foto em uma das atrações mais concorridas do país.   
  
   No dia seguinte à reportagem, a blogueira desmentiu as acusações em sua própria conta do instagram, mas tirou a foto do feed. 


  Nesta sexta, dia 9, li na mídia a história de uma outra blogueira americana que se prejudicou para aparecer no instagram em lugares luxuosos e restaurantes finos, mostrando um lifestyle que não era o seu.


  Ela conquistou 27 mil seguidores, mas também uma dívida de US$ 32 mil (mais de R$ 90 mil). No final, desativou as contas nas mídias sociais e precisou viver uma vida real para pagar suas contas. 


   Como diz o dito popular, o que vem fácil, vai fácil. Uma regra que está virando rotina nestes tempos de posts fake viralizados nas mídias sociais! Nada é o que parece na internet. Então, seja você mesmo e preserve o seu conteúdo, porque esse castelo virtual da fama é de areia!


    

EXÉRCITO NO COMANDO DA SEGURANÇA NO RIO X BLOCO DO MIMIMI INÚTIL!

 
     O Brasil é um país muito curioso. Agora, alguns criticam a intervenção militar na segurança pública do Rio, onde a situação saiu fora
de qualquer controle. E o Estado deu provas suficientes de que não tem a mínima condição de
colocar a casa em ordem.  

  Até esta quinta-feira, 16 de fevereiro, a maioria
se mostrava escandalizada com os assaltos, os arrastões, a morte de mais de 100
policiais nos últimos meses, as crianças feridas e mortas por balas perdidas, a dor das famílias que perderam filhos, maridos, esposas. Os cariocas pediam socorro!

  Muitos
também se escandalizaram com o que aconteceu na cidade antes e durante o
Carnaval – os vídeos viralizaram nas mídias sociais, enquanto as pessoas dançavam nas ruas como se nada estivesse acontecendo! Mas, aconteceu muita coisa e os números dessa violência nunca saberemos ao certo.

A RATAZANA GIGANTE NO DESFILE DA BEIJA-FLOR, A CAMPEÃ DE 2018
  O prefeito foi para o exterior e o governador Pezão só acionou um esquema
emergencial de segurança na terça-feira, 13, quando vários moradores, turistas e até artistas, como Juliana Paes e a banda Capital Inicial, tinham sido assaltados. Na passarela do samba, o caos do país e a precária situação do Rio viraram enredos e estamparam carros alegóricos. Os turistas lotaram a cidade, mesmo sabendo que correriam riscos: o Rio foi o destino mais procurado pelos brasileiros no Carnaval.

  Na quarta-feira de cinzas, 14, Pezão – em uma entrevista para a Globo – alegou que dimensionaram mal o
evento mais concorrido do estado há décadas, como se o Carnaval fosse uma festa surpresa! E finalizou: “Acho que houve um erro da nossa parte.” 

  Infelizmente,
o Rio – a exemplo de outras capitais brasileiras – chegou ao fundo do poço. A
corrupção “matou” o Estado e o crime nunca esteve tão organizado. Os
comprovadamente corruptos são presos pela Lava-Jato, mas a instância maior da Justiça manda
soltá-los, indignando a sociedade civil. 
  
  Então,
qual seria a saída? Deixar tudo como está para ver como é que fica,
principalmente em um ano eleitoral? Acreditar que a falta de segurança pública no Rio é um simples caso de polícia e que tudo seria resolvido nas urnas?

  Não
estaria na hora de os brasileiros começarem a valorizar a vida humana que está
acima de partidos políticos, ideologias e interesses pessoais dos que
ganham muito com o crime, o descaso do próprio governo e a corrupção? Somente indignação e revolta pelas mídias sociais não resolvem o problema. É preciso ação!

    De fato, a função do Exército não é policial. Em uma situação normal, as Forças Armadas não deveriam estar nos morros tomando conta de brigas entre quadrilhas do tráfico e evitando assaltos nas ruas. Os soldados são treinados para a guerra. Mas, o que é hoje o Rio senão o palco de uma sangrenta guerrilha urbana?

  Ora,
vamos deixar de lado a hipocrisia, o mimimi de sempre e entender que a impunidade tem um preço alto. O resultado agora é este: intervenção militar para permitir ao cidadão o
direito de ir e vir, sem tomar um tiro e morrer no meio do caminho.

    Aos eternos críticos de plantão – sabe aquela turma do quanto pior, melhor? – fica a pergunta: que solução eles dariam ao Rio de Janeiro, fevereiro, março…?