O NATAL SEM LUZES DO BRASIL!

 O que aconteceu neste final de ano no Brasil que o Natal lembra mais um dos muitos feriados prolongados e Papai Noel parece ter dito um “tchau, queridos”? E não é culpa do calendário, não, que marca o dia 25 de dezembro em uma segunda-feira. 


 As ruas não estão iluminadas como antes (quem aguenta pagar a conta de luz, que teve aumentos estratosféricos ao longo do ano?). E hoje a gente pensa duas vezes antes de deixar o pisca-pisca da árvore de Natal ligado. Só à noite, um pouquinho, e olhe lá.


 Até mesmo as luzinhas made in China desapareceram de muitos edifícios da cidade, que antes reluziam na noite. A avenida Paulista, com suas fachadas que atraíam milhares de pessoas, continua movimentada. Porém, bem menos iluminada em relação aos anos anteriores. Palco das grandes manifestações dos últimos tempos, os gritos dos brasileiros indignados ficaram registrados e soam mais forte que os sinos de Natal.


 São Paulo não está fervilhando. Ao contrário: silenciou nestes últimos dias. Sim, temos a árvore do parque Ibirapuera e o show de luzes da fonte. Mas, também não é nada grandioso diante da imensidão do Brasil e dos cenários encantados das cidades europeias (mesmo que minúsculas), e americanas exibidas dia e noite nas mídias sociais.


  Nos grandes shoppings não vi nos últimos dias lojas lotadas, filas enormes em estacionamentos e multidões caminhando pelos corredores. Claro, eles estão mais movimentados, mas as lojas não, embora as televisões digam o contrário porque precisam preencher a grade com aquelas pautas típicas de final de ano. Até mesmo as praças de alimentação exibem mesas e cadeiras vazias.


  O dinheiro anda curto, claro, e os preços nas alturas, embora os índices oficiais apontem uma inflação decrescente. Isso não se aplica ao comércio, aos serviços e ao nosso dia a dia. Tudo está muito caro por aqui. Assim, sobram produtos (principalmente os de Natal) nos supermercados que exibem prateleiras cheias e corredores vazios.


   Culpa da crise? Em parte, sim. Mas, o brasileiro tem cultura de crise econômica e se acostumou ao longo do tempo a transitar em situações difíceis. Quem tem mais de 30 anos, já passou por Natais extremamente inflacionados.


  Então, o que acontece com esse povo alegre e cheio de jogo de cintura? O brasileiro perdeu praticamente tudo – o orgulho da pátria, o emprego, a confiança em dias melhores, a esperança de que o gigante fosse acordar e com sua força excepcional arrancaria todas as ervas daninhas que infestaram o país.


  Houve vitórias imensas, mas também decepções profundas. Fica até mesmo difícil desejar um Feliz Natal ou votos de um próspero ano novo como antes. Porque sabemos que há um mar de dificuldades pela frente e ninguém está em contagem regressiva para o término de 2017, porque não temos perspectivas para 2018. E essa energia de ódio, revolta contra a impunidade e a corrupção contaminou as pessoas.


  O crime organizado roubou tudo o que pôde e uma sociedade refém deste sequestro moral não tem absolutamente nada para festejar.


  As luzes do Brasil se apagaram – e não foram apenas as de Natal!    Elas só voltarão a brilhar no dia que o brasileiro recuperar a sua esperança no futuro (está difícil!!!)


  Mas, para que isso aconteça, é preciso sair da zona de conforto e, apesar da tamanha desilusão, lutar com todas as forças para afastar essa gente que levou a nossa dignidade enquanto nação!


  

MASSACRE VIRTUAL: SALVE-SE QUEM PUDER!

  Imagine você comprando uma revista na banca ou recebendo o jornal que assina online com manchetes cheias de palavrões, frases vulgares ou ofensas pessoais carregadas de ódio?


 Ou então, algum apresentador de TV, jornalista ou comentarista usando o microfone da emissora para fazer ofensas sobre a sua vida particular, revelar diagnósticos de doenças, colocar vídeos com desavenças familiares, traições etc, tornando público o que não interessa a ninguém?


 Como se sentiria diante dessa situação? Agredido e profundamente irritado pela sua privacidade invadida, exposto a comentários da parte de pessoas que nem te conhecem, muito menos sabem o que acontece em sua vida, mas estão dando opinião.


 No caso do jornal impresso ou online, com certeza você iria mandar uma carta para o diretor de redação, exigiria um direito de resposta e até mesmo a retratação por parte da publicação. O mesmo faria em relação ao funcionário da emissora de TV que o ofendeu publicamente, jogando no ar as suas mazelas. E ainda poderia entrar na Justiça com um processo por injúria ou difamação. 


  Era assim que a comunicação funcionava e havia regras de conduta até… surgirem as mídias sociais. Elas deram voz ao mundo e poder ilimitado de expressão. Surgiram com um conceito positivo: o de aproximar as pessoas, romper barreiras de distância, língua, raça… 


 O problema é que não foram ainda criadas normas para regulamentar a tribuna livre. Aqui no Brasil, onde também vivemos o maior déficit ético da nossa história, o massacre virtual está rolando solto. E salve-se quem puder!


  O fato de alguém ter um perfil no Facebook ou uma conta no Twitter não lhe dá o direito de sair escrevendo o que quer. Não é censura, mas uma questão de bom senso, de educação, de princípios e de respeito, porque outras pessoas estarão lendo, comentando e compartilhando. O feed de notícias do Facebook, por exemplo, é hoje o jornal do mundo, com uma audiência esmagadora, diária e ininterrupta.


 Ao contrário da TV que era desligada quando o programa terminava ou do jornal velho que forrava a gaiola do passarinho, as notícias hoje ficam circulando o tempo todo e são exaustivamente compartilhadas. E os programas de rádio e TV também estão dentro do Facebook e dos canais do Youtube podendo ser acessados sem prazo de validade.


 A pessoa acessa um comando no seu smartphone e entra ao vivo, falando o que bem entende e mesmo quando não entende absolutamente nada sobre o que fala. O número de “especialistas” online ganha proporções gigantescas.


 Sem contar com as notícias falsas que são viralizadas porque ninguém tem paciência para observar, fazer uma checagem simples se o que estão passando adiante é verdadeiro ou falso. Os posts são compartilhados no impulso, pelo título. Há os palavrões – agora escritos com destaque em quadrinhos de fundo colorido, ou xingamentos que são postados o tempo todo. Você se sente bem lendo isso? Lembre-se que é o seu próprio editor.


   Por que resolvi falar sobre o assunto? Sou a favor da censura? Sou contra a liberdade de expressão, a modernidade, a internet, a conectividade? Claro que não! Adoro a internet, não consigo ficar muito tempo longe dela e é também uma de minhas ferramentas de trabalho.


  Mas, ando incomodada pela forma com que muita gente está sendo desconstruída nas mídias sociais, sem direito de defesa ou qualquer pedido de desculpas. É um linchamento diário, que destrói carreiras, reputação. E fica tudo registrado nos sites de busca, não? Essas palavras escritas com tanto ódio e intolerância entram para o histórico das pessoas. É cruel!


  Pense nisso antes de sair dando sua opinião seja sobre política, economia, comportamento, ideologia, celebridades… Você tem o direito, sim, de se expressar desde que não massacre ninguém, porque amanhã pode ser igualmente massacrado. 


 Mídia social não é divã, ringue, tribunal de inquisição ou válvula de escape para eventuais frustrações. Mídia social é coisa séria, ela amplifica a nossa voz e hoje tem mais poder do que a própria imprensa tradicional.


 Que tal usar essa poderosa ferramenta para construir, melhorar o que está ruim, se aproximar das pessoas, compartilhar coisas boas e ajudar a promover mudanças – especialmente no Brasil atual?

Afinal, todos nós temos telhado de vidro, nesses tempos virtuais ele não é mais blindado contra apedrejamentos e você pode ser a próxima vítima!
     
  
   

       

   

A ARTE, A CRIANÇA E O HOMEM NU!

A polêmica do momento envolve de novo arte e crianças. Desta vez, no MAM, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde uma menina aparentando 5 anos participou de uma performance tocando um homem nu, na abertura da mostra Panorama da Arte Brasileira.
Alguém filmou e jogou o vídeo no ar. Nas cenas, a garotinha demonstra estar constrangida. Sou a favor da arte, da liberdade de expressão e contra a censura. Mas, defendo também o bom senso e o respeito à infância que deve partir dos pais.
Sou também mãe e, se minha filha tivesse essa idade, eu a levaria ao teatro, ao cinema, a uma livraria ou a museus com acervo mais condizente, como o Catavento. À noite, lhe contaria uma bela história antes de dormir… Essas coisas que fazem parte do universo infantil e ajudam na formação dos pequenos.
Mas, a menina foi levada ao museu para participar da “experiência do toque”, provocando reações indignadas dos internautas nas mídias sociais. O vídeo viralizou, a criança agora está exposta desnecessariamente e a própria mãe sendo alvo de comentários – muitos deles impublicáveis, é claro!
O MAM divulgou uma nota dizendo que a perforrmance La Bête, na abertura da mostra na terça-feira, 26, “não tem conteúdo erótico e trata-se de uma leitura interpretativa da obra Bicho, de Lygia Clark, artista historicamente reconhecida pelas suas proposições artísticas interativas.”
O museu ressalta que sempre sinaliza aos visitantes qualquer tema sensível à restrição de público. “A sala estava devidamente sinalizada sobre o teor da apresentação, incluindo nudez artística. E a criança que aparece no vídeo estava acompanhada de sua mãe durante a abertura da exposição.”
Então, é preciso separar o joio do trigo antes de sair disparando flechas contra a arte, à obra de Lygia Clark, a partido político ou ao próprio MAM. A exposição não era infantil, a sala estava sinalizada sobre o conteúdo e a responsável por toda essa polêmica é a mãe da menina.
Além de expor a filha desnecessariamente, essa atitude mostra que a erotização atual das crianças é induzida, em muitos casos, pelos próprios pais. São eles que devem “proteger” os seus filhos – e não os curadores de museus, a escola, a internet, o Ministério Público…
O mais assustador é que os debates – ou seriam embates? – entre os diversos setores da sociedade mudaram completamente o foco da questão. Ou seja: em vez de analisarem o comportamento da mãe e a exposição da criança se voltam para a arte ou nu artístico. A discussão aqui é comportamento.
Que a história da menininha e o homem nu mostre o quanto as crianças estão vulneráveis e como nossa sociedade anda perturbada, anestesiada e sem discernimento!

QUANDO A INFORMAÇÃO IRRESPONSÁVEL VIRA UMA BOMBA NA INTERNET

 Nesta terça-feira, 29 de novembro, o Brasil amanheceu de luto. Um acidente aéreo, na Colômbia, matou 76 pessoas, entre elas os jogadores de futebol do clube Chapecoense, jornalistas e convidados. E, em meio às primeiras notícias, os internautas começaram a fazer uma campanha para que não fossem compartilhadas fotos dos mortos e que respeitassem a dor alheia.


  A revolta foi causada pela postagem do portal Catraca Livre, que publicou imagens dos jovens, com o título: Veja selfies das pessoas um dia antes de morrer. O portal já tinha publicado 3 outros posts sobre acidentes aéreos e medo de avião.


  Como se não bastasse, vários brasileiros começaram a receber, via whatsapp, imagens de cadáveres e destroços do avião. Multiplicaram-se pelas mídias sociais pedidos de “parem com isso”. 


 O site em questão teve milhares de descurtidas. E a avidez pela audiência sofreu efeito inverso. Segundo o Meio & Mensagem, o perfil da página do Catraca Livre no Facebook perdeu 10 mil seguidores por hora durante a tarde.


 A internet liberou, globalizou e agilizou, mas também banalizou a informação. Infelizmente, muitos não conhecem (ou fingem não conhecer) o poder da palavra, seja ela escrita, falada ou traduzida pelas imagens.


 Não importa aonde estejam escrevendo. É preciso ter consciência que apenas uma frase (ou uma foto) pode destruir a carreira ou o projeto de vida de uma pessoa e, consequentemente, a deles mesmos. Para isso, existem os editores, que dizem: isso pode, isso não!


 É preciso entender que informação também é energia. E se for mal trabalhada, transmite sentimentos ruins a quem lê ou recebe a mensagem. Foi o que aconteceu com os internautas que, de imediato, detonaram o portal. O post virou uma bomba e acabou tendo tanta repercussão (negativa, é claro) quanto o acidente.


 Quem escreve, deve informar sem chocar, destruir reputações, mentir ou provocar a ira alheia. Sim, vivemos uma era digital, repleta de opiniões e manifestações. Mas, não precisamos tripudiar sobre a desgraça para ter visibilidade ou ganhar seguidores. O que dá audiência é bom conteúdo!


 A cobertura desta tragédia também revela o quanto as pessoas estão se auto degradando, perdendo a noção de valores, desrespeitando aos outros e, principalmente, a si mesmas. 


 Quando não sabem como se comunicar, é melhor que fiquem calados. Ou compartilhem solidariedade, palavras positivas e de força. Afinal, nós mesmos poderemos ser os personagens da próxima tragédia!

  #ForçaChapecó
 

VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA O VERDADEIRO HALLOWEEN?

 O ser humano tem o hábito de se apropriar das antigas tradições, mudando o seu real significado. Assim, rituais sagrados de grandes civilizações do passado acabaram, ao longo da história, virando folclore, piada, brincadeiras e até baladas, movidas a álcool, máscaras e música eletrônica. É o caso do Halloween, comemorado em 31 de outubro. E que no Brasil foi batizado de Dia das Bruxas

  Todo ano as cenas se repetem: surgem figuras sinistras, outras vestidas de super heróis, com máscaras e capas, especialmente nos Estados Unidos, onde o Halloween é, de fato, uma data super popular. Aqui, também virou uma festa à fantasia.


  Então, eu me questiono: será que as pessoas conhecem o significado real dessa data? Sabem por que a abóbora é um dos principais símbolos do Halloween? 


 As cenas de hoje estão mais para “abobrinhas”…


 O Halloween não nada a ver com fantasmas, vampiros e zumbis ensanguentados, encenando um verdadeiro show de horrores. Para os antigos, nunca foi essa folia macabra. Muito menos é festa à fantasia ou está vinculada a bruxas horripilantes, de narizes pontiagudos e unhas envergadas, cruzando o céu com suas vassouras. Nenhum desses fatores correspondem à verdadeira origem da celebração.

UM RITUAL SAGRADO
 

  Entre 31 de outubro e 1º de novembro, os celtas – que viveram principalmente na Irlanda – realizavam o Samhain, ritual em que comemoravam a temporada de colheitas e a chegada do outono. Eles agradeciam pela fertilidade dos campos e também preparavam a população para os meses mais frios. Esses rituais, entre outros, eram repetidos a cada equinócio, cada qual com um objetivo específico (veja foto acima). 


GOSTOSURAS OU TRAVESSURAS?



  Os povos antigos usavam máscaras para espantar os maus espíritos que, segundos eles, se aproximavam nas longas e escuras noites de inverno. E costumavam oferecer doces para “agradar” a esses seres das trevas e também para protegerem suas crianças. Daí, a origem da frase “gostosuras ou travessuras”?


 A abóbora representa a prosperidade. Tanto que até hoje, os norte-americanos (que conheceram essa tradição com a imigração irlandesa) comemoram a chegada do outono, enfeitando a fachada de suas casas, comércio, canteiros e praças com abóboras, além de outros símbolos ligados aos desejos para uma boa colheita.  

  Quando a Igreja Católica passou a dominar o Ocidente, ela também se apropriou dos rituais sagrados dos antigos. Dessa forma, o Samhain se transformou em uma homenagem aos mártires que não constavam do calendário romano e aos mortos dos familiares. O nome Halloween é derivado da expressão All Hallows Eve, que significa Dia de Todos os Santos

QUEM SÃO AS VERDADEIRAS BRUXAS?


 Não voam, são lindas, sábias, irradiam o amor e curam



   As bruxas não voam, e nunca voaram em vassouras. Participaram da história do mundo, desde o início dos tempos, como mulheres sábias, curandeiras, que irradiavam o amor e praticavam a cura por conhecerem intuitiva e profundamente o poder das ervas. Já nasciam com o dom aguçado da visão e o conhecimento da medicina natural.


 Elas atuavam como parteiras, ajudando no nascimento de milhares de crianças. Faziam as mais diversas cirurgias, usando seus unguentos para anestesiar e aliviar a dor em uma época, permeada por muitas guerras e doenças, em que as pessoas eram operadas com a lâmina de adagas, a sangue frio. 

 

Essas mulheres sabiam como cicatrizar feridas – do corpo e do espírito. As que se dedicavam somente às ervas e à cura eram denominadas feiticeiras (ou curandeiras). E as que conheciam o poder da magia, por dominarem os elementos (água, terra, fogo e ar), eram chamadas de bruxas.


  Muitas atuavam nos dois campos: na cura e na magia. Os homens também possuíam esse dom. Grandes feiticeiros e bruxos deixaram seu legado. E mais: nenhum rei tomava qualquer decisão sem antes consultá-los. Eram pessoas de grande respeito e prestígio na Corte.


ÍSIS, A GRANDE FEITICEIRA

  No Antigo Egito, eram as sacerdotisas e os sacerdotes que protegiam, curavam e, como grandes estrategistas, aconselhavam os faraós, pertencendo à alta hierarquia dos templos.


 Ísis, que não é uma deusa como muitos acreditam, foi a primeira grande feiticeira, que ajudou muito o povo egípcio. Não era uma divindade, mas sim uma mulher que interagia com as pessoas, sendo a grã-mestre das sacerdotisas, iniciadas em seus templos. Ísis deixou como legado o verdadeiro conhecimento. Com ela, iniciou-se a ciência e a arte da magia.  

 Portanto, bruxos e bruxas estiveram presentes em todas as civilizações, atuando como médicos dos reis e de seus familiares. Foram cientistas ancestrais e através dos seus laboratórios, instalados nas florestas, surgiram inúmeros medicamentos. Ocorre que os homens, ao longo dos séculos, foram se apropriando das essências que eles criavam para produzir remédios.
    

QUEBRANDO O PRECONCEITO

    Mas, então, você pode questionar: de onde surgiram todos esses estereótipos tão enraizados na história contemporânea, vinculando essas pessoas (de grande sabedoria e poder) somente ao mal ou aos adivinhadores? Se bruxas e magos foram alguns dos maiores cientistas ancestrais, por que acabaram transformados em seres horripilantes depois de tanto contribuírem para a evolução do planeta?  

   Primeiro, pela própria Igreja Católica que associou esses homens e mulheres, de grande evolução mental e espiritual, ao demônio, igualmente sinônimo de mal. Na Idade Média e no tempo das Cruzadas, foram perseguidos, presos e queimados em fogueiras, sofrendo os mais variados tipos de atrocidades. Os corpos foram violentados, viraram pó, mas a Inquisição não conseguiu transformar seu conhecimento em cinzas.

 A INFLUÊNCIA DE HOLLYWOOD

 

No século 20, não tinha mais “caça às bruxas”. Mas foi a vez de o cinema se apropriar das antigas tradições de templos e reinos, usando criaturas fictícias, para dar mais ênfase aos filmes. 

 A partir dos anos 1960, Walt Disney criou o seu reino mágico com centenas de personagens encantados, entre eles as bruxas más que voavam em vassouras, levavam Branca de Neve a morder a maçã envenenada, que usavam a magia para manter-se jovens eternamente e colocavam em sono profundo a bela adormecida. 

  Mas, reparem, que sempre existia uma “bruxa do bem”, tanto nos contos infantis quanto nos filmes da Disney, para proteger os heróis e heroínas na luta contra as trevas. A fada madrinha transformou uma abóbora (olha a abóbora novamente!) em carruagem para Cinderela ir ao encontro do príncipe.

 Porém, a apropriação mais indébita do Samhain surgiu nos anos 1970, quando Hollywood, em inúmeros filmes, associou o Halloween ao terror, criando monstros e toda variedade de zumbis. De lá pra cá, essa errônea visão só ganhou reforço. 

 Porém, no século 21, na refilmagem de Malévola – com a brilhante interpretação de Angelina Jolie – a magia verdadeira voltou a se manifestar na ficção. E Malévola venceu o mal com o amor do seu coração. Aliás, como faz uma verdadeira bruxa. O resto é folclore e um esoterismo sem qualquer base científica!

 Pense nisso antes de vestir a sua fantasia no Halloween ou encher a casa de abóboras…sem saber exatamente o que está fazendo.
  
#halloween #diadasbruxas #origem #feiticeiras  

O BRASIL MOSTRA SUA ESSÊNCIA NA FESTA DE ABERTURA QUE ENCANTOU O MUNDO

  Eu não estava no Maracanã, mas a energia que aquele estádio, lotado e colorido, irradiava era tão forte que foi contagiando a todos, independente da distância. E gerou um sentimento positivo de emoção, captado pelos brasileiros e pela imprensa internacional, que interagiu o tempo inteiro nas mídias sociais com elogios.

   Não dava para desgrudar os olhos da festa.
   A cada cena uma nova surpresa.
   Sem luxo, mas com criatividade.
   Sem ostentação, mas com cenários impactantes e mensagens que tocavam nas feridas e no coração do mundo.

  Muitos atletas beijavam os tubinhos com as sementes do Jardim que será semeado no futuro, a partir do Brasil, por representantes dos cinco continentes.


  A delegação (inédita) dos refugiados trouxe uma mensagem de força, coragem e superação. Momentos inéditos em uma cerimônia de jogos olímpicos, assim como vários outros.


  Enfim, foram muitas emoções ao ritmo do samba e da bossa nova, a nossa música; e da alegria, nosso DNA.


  Da abertura com Paulinho da Viola cantando o Hino Nacional, ao som de violão, passando pelo funk carioca, ao desfile de Gisele Bündchen – uma mulher linda por dentro e por fora, que jamais fala mal do seu país – tudo foi se encaixando nesse tabuleiro colorido, criado pelo diretor Fernando Meirelles e sua talentosa equipe. 


 Essas imagens inspiradoras quebraram a tensão pré olímpica de passar ainda mais vergonha do que já estamos passando diante de 4 bilhões de pessoas que assistiam à cerimônia ao redor do mundo. Sentíamos tanto medo. Da insegurança, do fiasco, dos protestos, dos terroristas… 


 A paz prevaleceu e a festa nos deu um respiro, trazendo alento àqueles que vibram a favor do Brasil e sofrem diante dos seus graves problemas econômicos, políticos e, principalmente, morais.  


  Simbolicamente, milhares de brasileiros também depositaram suas sementes de esperança no futuro de um país melhor no Jardim dos Atletas. Como disse o jornal The New York Times em seu site, “a abertura dos jogos olímpicos no Rio já entra para a história”.


  Pena que muitos ali não tiveram olhos para enxergar além de suas paixões, nem o coração aberto para assimilar as importantes mensagens transmitidas pelo universo olímpico, algumas caídas do alto do Maracanã. E usaram a voz para vaias, repetindo o vexame da Copa de 2014, tão constrangedor quanto.


 Isso é falta de educação e, principalmente, de respeito aos atletas que vieram de tão longe, até mesmo de países em guerra, para participar do maior espetáculo mundial do esporte, que é apartidário. A política não faz parte dessa plateia. 



 Ah… mas deixa para lá, porque essas vozes ressentidas não conseguiram quebrar a magia da sexta-feira, 5 de agosto, uma noite que ficará marcada na lembrança de cada um de nós. 



  Aqueles que conseguiram desfrutar da energia irradiada pela festa de abertura, sob o Cristo Redentor iluminado de verde e amarelo, acordaram neste sábado (6) felizes e com a esperança revigorada para recuperar a dignidade enquanto Nação.


  Afinal, a grande árvore nasce da pequena semente. Ontem foram muitas e iluminadas pela pira olímpica transformada em sol!


 #rio2016, #OpeningCerimony, #olympicgames   

IMPRENSA INTERNACIONAL ALERTA TURISTAS SOBRE OS PERIGOS DO RIO NAS OLIMPÍADAS

 

   A duas semanas da abertura dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, sites internacionais de viagens produzem
matérias para orientar o visitante a se manter seguro na cidade maravilhosa, ou melhor, perigosa.  E alguns não economizam nos alertas, como se
estivessem falando a um turista prestes a desembarcar em uma zona de guerra.



   Alguns dos principais jornais do mundo também demonstram sua preocupação em relação à falta de infraestrutura para a realização de um evento desse porte no Rio de Janeiro. Um dos colunistas do The Washington Post escreveu que, se acontecer alguma tragédia, a responsabilidade será inteiramente do COI (Comitê Olímpico Internacional).


 O site
World Nomads, em sua seção sobre viagens seguras, abre o texto com um vídeo,
classificado pelo editor, Phil Silvester, como chocante. Nem vou reproduzir o vídeo nesse post, porque as cenas de um arrastão, infelizmente, são rotina para nós.


 Silvester explica que essas
imagens foram feitas antes da Copa do Mundo, no Rio, em 2014. O título do post é Rio Street Crime – tips  for visitors
 (Crimes de rua no Rio, dicas para visitantes).
 “As imagens mostram uma gangue
vinda da favela para assaltar em uma movimentada rua de comércio”, diz o editor.
E prossegue: 

 “Descaradamente arrancam joias do pescoço das pessoas, roubam celular,
players de música e fone de ouvido, tentando ainda rasgar mochilas dos ombros
dos transeuntes
”.

  
 Para ele, “a coisa
mais chocante é que ninguém tenta impedi-los, embora alguém pudesse dar-lhes um bom
soco na cara ou um policial sacar sua arma”. Ele diz ainda que “os cariocas
parecem aceitar a situação como normal ou pelo menos eles percebem que não há
nada o que possam fazer sobre isso.”
 

O mapa publicado pelo World Nomad                    Foto reprodução

 A partir dessas
observações e do vídeo – que realmente assusta qualquer um que venha de um país mais civilizado -, o site dá as
dicas de como evitar crimes nas ruas do Rio de Janeiro.

    1) O centro da cidade é apenas um dos muito lugares
onde simplesmente é melhor não ir. Há muitos locais perigosos no Rio, mas este
é um dos mais notórios. Pergunte ao seu hotel sobre os lugares que devem ser
evitados e compartilhe em segurança seus planos de passeios turísticos
para ter certeza de que não irá a uma área problemática.
    2) Não use joias. Você já viu no vídeo quantas
correntes e colares a quadrilha levou. Não seja mais um alvo. Esconda celular e
câmera fotográfica. E esqueça de ouvir música, porque os fones de ouvido
brancos mostram que você tem algum gadget na bolsa.

     3) E se você resistir? Provavelmente poderá viver
uma situação desagradável. Lembre-se que a maioria dos habitantes não fez nada.
Alguns entregaram seus objetos de valor para não correr riscos ou sofrer lesões.
A esta altura, o
turista já deve estar sentindo frio na barriga e pensando duas vezes se vai
valer a pena encarar a violência urbana em nome do esporte olímpico.

 O site vai
além e aconselha-o a fazer seguro c
ontra roubo, mantendo recibos de compra dos
produtos que devem ser apresentados como prova em um eventual boletim de
ocorrência.
 E também a vir com um
seguro saúde “para cobrir despesas médicas decorrentes de um incidente em que
você seja ferido.” É alarmante!
  Mas é assim que o Brasil, e especialmente a
cidade sede das Olimpíadas, são vistos hoje no exterior. Cerca de 20 mil norte-americanos já desistiram da viagem. Eles estão errados?
 Claro que não. É impossível maquiar a realidade, muito menos dizer que há exagero ou ainda que
essas informações sejam falsas para denegrir a imagem do país.
   
 O Brasil se candidatou a ser sede de mega eventos internacionais, que poderiam ser
maravilhosos e positivos, se antes tivesse arrumado a própria casa para receber visitantes
do mundo inteiro.

  Mas, as
Olimpíadas acontecem no lugar e no momento errado. Porque o clima aqui é de
instabilidade política, econômica e social – o que inclui o aumento da
criminalidade.

 E, como se não bastasse, ainda há ameaças de atentados terroristas, conforme alertaram os serviços de inteligência internacionais -um quadro muito mais complicado do que na Copa, há dois anos.

  É bom lembrar que as dicas para os
visitantes estrangeiros valem também para os brasileiros que irão aos jogos.
 Como aconselha o site, “é melhor não correr riscos”.
 Nós, os anfitriões, também sentimos muito medo!

ELA SÓ PENSA EM VIAJAR… E NÓS QUEREMOS TRABALHAR!

  Cara
presidente
Dilma Roussef
 No último sábado, 4 de junho, a senhora usou
as redes sociais para criticar o governo de transição por tê-la impedido de
usar o avião da
FAB para rodar o país. E mais: disse que não vai obedecer.

Como
assim?


 A senhora sofreu um processo de impeachment e será julgada pelo Senado
Federal. Não é pouca coisa. Está afastada temporariamente de suas funções e,
assim como todos, precisa obedecer ordens, sim!
 Nós, cidadãos brasileiros, também adoramos cruzar
estradas e oceanos. Apesar de todas as dificuldades, adoramos viajar com as
nossas famílias, amigos, companheiros. Mas, planejamos, financiamos passagens,
pagamos no cartão de crédito e o que é mais importante, bancamos com o dinheiro
do nosso trabalho.
  Por
isso mesmo, ficamos muito frustrados quando tivemos de abortar todos os planos
de viagens por conta da crise econômica que o seu governo causou,
desvalorizando o real e engolindo o nosso poder aquisitivo, algo que custamos
tanto a conquistar. E que valorizávamos muito!
 Sem falar nas inúmeras agências de viagens e
outros serviços ligados ao turismo que quebraram por falta de passageiros,
aumentando ainda mais o número de desempregados, hoje na casa dos cerca de 14
milhões. 

As que não faliram, a exemplo dos demais setores da economia,
enfrentam inúmeras dificuldades financeiras e fazem malabarismos para
atravessar a crise, com dignidade e trabalho.
 Como era bom planejar o futuro e ter esperanças.
Hoje, precisamos matar um leão por dia para sobreviver…  

 Por que?
 Porque a senhora viajou demais (aliás, em
todos os sentidos).  E os seus tours pelo
mundo torraram milhões do tesouro público. Afinal, as viagens oficiais incluíam
comitivas gigantescas, suítes presidenciais de hotéis cinco estrelas, aluguel
de carros de luxo etc etc.
 Lembra da frota de 8 limousines alugadas nos
Estados Unidos, cujo dono, um brasileiro residente nos EUA, teve de apelar às
redes sociais para receber? A senhora pode ter esquecido, mas nós lembramos de
tudo, porque essa mania de grandeza e a corrupção desenfreada afetaram profundamente nossas vidas.
 Cara presidente, sabia que nos chamados países
de primeiro mundo os governantes só utilizam voos comerciais em seus
compromissos externos de trabalho? E que o príncipe William, da coroa
britânica, viajou recentemente em classe econômica com sua mulher, a duquesa de Cambridge? O presidente argentino Macri, também faz o mesmo.

 Por que com a
senhora, não? O que a diferencia dos demais chefes de Estado?

Assim, nós deixamos de viajar (e estamos de cintos mais que apertados e mudamos
radicalmente nossas vidas), para bancar as suas viagens, que agora não são
oficiais.

 Por que tanta ostentação? Não fazemos parte do Golfo Pérsico, nossos
minguados “petrodólares” evaporaram com a quebra da Petrobras, e a senhora não
é uma “sheikha” árabe.
Em sua
página do Facebook, a senhora disse que “é um escândalo que eu não possa viajar
para o Pará, para o Ceará. Isso é grave. Eu não posso, como qualquer outra
pessoa, pegar um avião (comercial). Tem de ter todo um esquema garantindo a
minha segurança. Vou viajar.”

 Ora, se as viagens não são oficiais, por que não freta um
jatinho, como fazem os executivos ou celebridades, que não podem se expor? Não
está proibida de viajar, desde que não seja com o nosso dinheiro.
 O motivo das viagens, segundo alega, é
defender seu mandato. Ora, a senhora precisa defendê-lo junto ao Senado em vez
de fazer “turismo comício” pago pelo contribuinte. Portanto,
Brasília é o endereço. Ou Porto Alegre, para visitar a sua família.
 Por falar nisso, a senhora recebe o seu salário integral, como determina a Constituição e, segundo revelou a
Veja, tem 200 funcionários, 160 no Palácio da Alvorada, 7 no escritório
político de Porto Alegre e os demais na Granja do Torto. Já não está de bom tamanho?
Os mais de 54 milhões de eleitores que a elegeram – e os que não votaram na sua chapa também –
estão pagando por isso. Se somos nós quem bancamos, temos todo o direito de
exigir que fique no seu “trono” até que a situação política se resolva. Porque nós precisamos trabalhar e a economia do país, voltar ao eixo.
 Nós, brasileiros, merecemos respeito cara
presidente!
 Já parou para pensar nisso?

BREGA, SEM NOÇÃO E DO GABINETE!

  Os que trabalham com turismo, os viajantes experientes e as pessoas de bom senso sabem o quanto o setor é tratado com profissionalismo e respeito mundo afora.


  Não é o caso do (des)governo brasileiro que, em vez de movimentar com seriedade esse poderoso mercado, o detona dia a dia. Basta lembrar que a própria presidente fala mal e pede sanções para o país no exterior. Mas Dilma não está só nessa empreitada… 


  Em ano de Olimpíadas no Rio, o Ministério do Turismo ficou acéfalo. E quando o novo titular (que caiu ali de pára-quedas e não entende nada do setor) assume a pasta, somos brindados com essas fotos (com caras, bocas e decotão) de sua mulher, Milene Santos, feitas no gabinete do Estado, intitulando-se a “a primeira dama do Ministério do Turismo do Brasil”.


 As imagens foram postadas no Facebook da ex miss Bumbum dos Estados Unidos, como ela mesma se define. E o marido-ministro ainda interagiu…

No pando de fundo deste ensaio bizarro, estão o Elevador Lacerda e o Cristo Redentor.

 Nós é que ficamos com cara de paisagem!


  
   
  

CRISE ATINGE 89,5% DOS BRASILEIROS; A CORRUPÇÃO É O MAIOR PROBLEMA NACIONAL, DIZ PESQUISA

  A crise afeta de forma significativa a vida
dos brasileiros e todos os setores da economia. 
Para 78,6%, o grande problema nacional hoje é a corrupção. Em
segundo, vem a crise política (
46,3%). E um dado importante é que 85,9% dos
brasileiros foram obrigados a ajustar o orçamento doméstico.


 E, o que é pior: 44,3% dos entrevistados estão com as
suas finanças descontroladas.

 A pesquisa foi feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC)
e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em todas as capitais
e cidades do interior do país, para mapear o impacto da crise. E os resultados do estudo são preocupantes.

 Quatro entre dez brasileiros convivem com desemprego dentro
de casa ou conhecem alguém que tenha sido demitido nos últimos seis meses ou
ainda fechado o seu negócio. E hoje mais de 1/3 não se sentem seguros em seus
empregos.
FORTES TEMORES

A população, segundo o estudo, revela estar assustada e
insegura.
E quais seriam os principais temores em 2016?
O maior deles é não conseguir pagar suas contas básicas
(48,2%, cerca da metade da amostra).
Outros 41,1% temem que o país não consiga superar a crise.
38,4% sentem receio de ter de pagar mais impostos.
34,9% têm medo de não conseguir honrar o pagamento de suas
dívidas
E 32%, perder o emprego.
CORTE DE GASTOS
A pesquisa mostra uma mudança drástica no padrão de vida da
população.
Os brasileiros desistiram de…
Comprar serviços ou produtos com os quais estavam
acostumados (79,1%)
.
Viajar (75,5%).
Gastos com produtos de beleza (56,8%).
Ir à academia (25,9%)
Abandono de cursos de idioma, escolas particulares e
faculdades (25,1%)
.

 Essa amostragem revela por que a
última manifestação contra o atual governo reuniu cerca de 6 milhões de
pessoas. A maioria não acredita na melhoria da economia a curto prazo. 
 Que os políticos fiquem atentos,
especialmente no dia 17, quando será votado o impeachment da presidente
Dilma Roussef.

 Os brasileiros nunca estiveram tão atentos!