Acostumado com as happy hours, regadas a música ao vivo, ou com os almoços executivos do Itaim, o descolado e cosmopolita Café Voyage, aberto há seis meses na rua Atilio Inocentti, virou palco na quinta-feira (10) de um encontro cabeça, ou melhor dizendo, um café cultural, com sotaque mezzo francês, mezzo brasileiro.
Os sócios da casa Cacá e Fábio Hakim receberam a consulesa da França, Alexandra Loras, que reuniu convidados, amigos, jornalistas, advogados, formadores de opinião e até fashionistas para falar sobre diversidade cultural, racismo e especialmente sobre o aprendizado que ela vem adquirindo nesses últimos três anos no país, não apenas como diplomata e mulher do cônsul geral da França em São Paulo, Damien Loras, mas também como uma mulher comum.
Alexandra, Cacá e Fábio Hakim e Sheila Grecco Fotos Ali Karacas |
Simone Galib, Alexandra Loras e a designer Serpui Marie |
Eliane Dias e Mayara Silva |
O ator Daniel Satti: pausa para o brinde |
A designer Elisa Stecca e Paulo Tadeu |
O chef Edward Davies: um dos mais animados da noite |
Mariana Barros, que faz workshops para explicar a diversidade brasileira aos estrangeiros |
Alexandra, que nasceu e cresceu em Paris, mergulhou de cabeça nas raízes brasileiras – da religião, passando pela história, os costumes e a própria cultura – para tentar entender o que, muitas vezes, nem os brasileiros entendem (ou ainda não trouxeram à consciência), ou seja, o tamanho da diversidade do Brasil, onde os estrangeiros são super bem acolhidos, mas sentem uma certa dificuldade para assimilar e interagir com a informalidade, ou seja, o chamado “jeitinho brasileiro”.
Foi um papo muito interessante, em que ela tocou também em algumas feridas, como o racismo (para muitos, não assumido) que existe aqui (como ocorre em outros lugares do mundo), exemplificando com suas próprias experiências do dia a dia. Mas disse que o Brasil é uma potência e que se considera “otimista” em relação ao futuro do país.
No cardápio da noite, champanhe da Salton made in Brazil para os convidados de uma francesa legítima e água mineral francesa Perrier, aliás, uma maneira super criativa de homenagear os dois países. Ulalá!