Dificilmente, a Itália vai esquecer 2020. Primeiro país europeu a se tornar epicentro do coronavírus, em março, os italianos enfrentam agora novo lockdown, impactando fortemente a economia.
Ao alugar quartos para as autoridades regionais, por uma diária de 30 euros, a rede hoteleira busca uma forma de minimizar os prejuízos causados pela pandemia. A maioria está com suas contas no vermelho.
Em setembro de 2019, os hotéis do país tinham um índice de 90% de ocupação e as principais cidades estavam lotadas de turistas do mundo inteiro.
Mas, tudo virou do avesso a partir de fevereiro de 2020, quando foi fechada a região da Lombardia, a primeira a sofrer bloqueio total. Os dois últimos dias do Carnaval de Veneza acabaram cancelados, pegando de surpresa os visitantes. A partir daí, o bloqueio foi total.
Segundo a Federação dos Hotéis, houve uma sensível recuperação em julho e agosto com a reabertura da economia durante o verão europeu.
Mas, o pesadelo do lockdown voltou em outubro com a segunda onda da doença. Na semana passada, foram registrados na Itália mais de 30 mil casos de pessoas infectadas e elevado número de mortes.
Assim, não restou à rede hoteleira outra opção a não ser disponibilizar quartos – há 169 deles – para abrigar pacientes assintomáticos em quarentena e os que apresentam sintomas leves.
Nos hotéis, há atendimento médico, quartos lotados de balões de oxigênio e os funcionários não entram em contato com os pacientes.