O mundo da moda perdeu um de seus grandes símbolos: morreu Givenchy, um dos mais importantes nomes da alta-costura mundial. Hubert de Givenchy faleceu dormindo, no sábado, dia 10, no castelo onde vivia perto de Paris. Ele estava com 91 anos.
AUDREY HEPBURN EM BREAKFAST AT TIFFANY |
Nascido em uma família aristocrática francesa, o estilista foi um dos mais influentes da alta-costura mundial e grande amigo da atriz Audrey Hepburn para quem criou icônicos figurinos no cinema, exibidos nos filmes Sabrina, Cinderela em Paris, Breakfast at Tiffany e Bonequinha de Luxo, entre outros. Ele sabia como poucos revelar a elegância feminina, nos anos 1950 e 1960.
Givenchy tinha 20 e poucos anos quando abriu o atelier à Rue Alfred de Vigny, em 1952. A primeira coleção já foi um sucesso e a marca se tornou uma das mais famosas de Paris no pós-guerra. A maison foi vendida ao conglomerado LVMH, em 1988, por cerca de US$ 45 milhões.
O estilista vestiu algumas das mulheres mais poderosas do mundo, como a Duquesa de Windsor, a princesa Grace de Mônaco e a primeira-dama dos EUA, Jackie Kennedy Onassis. Mas, a relação com Audrey sempre foi muito especial.
Ambos se conheceram em 1953, quando a jovem atriz filmava Sabrina, em Paris, e o procurou para que ele fizesse o figurino. Givenchy declinou, alegando estar muito ocupado com a nova coleção. Mas ela o convenceu e, a partir daí, surgiu uma elegante parceria profissional, vencedora de um Oscar, e uma grande amizade entre os dois.
“Era um tipo de casamento. Nunca houve críticas entre nós, nem tristezas”, disse Givenchy ao jornal inglês The Telegraph, em 2015, quando – já aposentado – lançou um livro, cujo o título é To Audrey with love. A obra trazia os desenhos das roupas que ele criou para ela e para as demais clientes famosas.
Essa amizade foi sólida até 1993, quando a atriz morreu vítima de câncer. Mas, Givenchy sempre falou sobre ela com muito carinho. “Eu sempre respeitei o gosto de Audrey. Ela não era como outras estrelas do cinema. Gostava de simplicidade.”
Para o jornal francês Le Figaro, a morte de Givenchy encerra uma época: “Ele foi um dos últimos grandes nomes dos anos de ouro da alta-costura.”
Porém, a elegância com que este mestre da elegância captou a essência feminina e todo o seu legado são atemporais!