A chance de a variante Ômicron provocar internações é 45% menor do que a Delta. A constatação é do primeiro grande estudo britânico, anunciado pelo cientista sênior Neil Ferguson, conhecido no Reino Unido como o “professor lockdown”.
Sua equipe no Imperial College London, que avaliou mais de 3 mil pessoas nos 14 primeiros dias de dezembro, descobriu também que, além de menor chance de hospitalização, os internados têm 45% de probabilidade de passarem a noite nos hospitais do sistema público de saúde.
O mais curioso é que na semana passada, o mesmo Ferguson tinha alertado que poderia haver até 5 mil mortes diárias causadas pela variante no Reino Unido.
Mas, agora ele afirma que “não haverá nada como o que vimos em 2020, com UTIs transbordando de pacientes”.
O estudo revelou também que, mesmo para uma pessoa não vacinada e que nunca teve covid e, portanto, sem imunidade, havia um risco de apenas 10% de ser hospitalizado pela variante Ômicron.
Já para alguém que foi infectado recentemente, a chance de hospitalização foi reduzida em 69% tanto nos vacinados, quanto nos não vacinados.
As conclusões do estudo talvez possam explicar por que na África do Sul – onde até 70% das pessoas têm imunidade por infecções anteriores e apenas um quarto é atacada – os registros de hospitalizações diárias são menos de 400.