Os paulistanos estão muito endividados: outubro registrou um novo recorde histórico com 452,5 mil famílias sem condições de pagar dívidas em atraso. Esse número representa um percentual de 11,2% do total de lares da cidade de São Paulo.
Os dados são da FecomercioSP (Federação do Comércop de Bens, Serviços e Turismo do Estado). A situação é pior entre famílias que recebem até dez salários mínimos. Nesse grupo, 14,8% afirmam não ter condições para quitar contas atrasadas.
Já entre os que têm renda superior, esse índice é de 3,9%. Segundo a pesquisa, no total 977,4 mil lares têm algum tipo de dívida em atraso.
Para a Fecomercio, embora os índices de inadimplência apontem leve melhora (caíram de 24,6% para 24,1%, em outubro), “não é possível afirmar que haja uma tendência de queda.
Tanto que o percentual de famílias que ganham mais de dez salários mínimos e estão com as contas em atraso é o maior já registrado desde 2010 (12,4%). No outro grupo, o índice é de 28,8%. Portanto, a dificuldade no acerto de contas não escolhe classe social.
Outro dado que revela as dificuldades enfrentadas pelas famílias é a parcela de renda comprometida com dívidas, de 31,5% -o maior nível desde 2010. A fatura do cartão de crédito (82,8%) lidera o ranking entre os paulistanos endividados.
A pesquisa mostra ainda que o tempo médio de comprometimento da renda com o pagamento dessas dívidas é de oito meses.
